quinta-feira, outubro 23, 2014

A DESTRUIÇÃO SILENCIOSA DO RIO ARIRIÚ



“Sentado” à beira do riacho, à sombra de uma figueira, o velho sofá parece aguardar o rabo do antigo dono
Fotos: Baby Espíndola Repórter

O que os ribeirinhos estão fazendo com o Rio Aririú, deve ser entendido como crime. Não apenas um crime ecológico, conforme as leis em vigor. É um crime de falta de respeito, de ausência total de consciência e cidadania.

Jogam de tudo no rio, que também é conhecido como Rio Pacheco, porque corta o bairro com esse nome, para depois desaguar na Barra do Aririú. Mas, é o Rio Aririú, que nasce lá para as bandas do Alto Aririú, ainda em terras de Palhoça, na divisa com Santo Amaro da Imperatriz.

As fotos mostram a degradante imagem de um sofá velho. As peças menores foram arrastadas pelas águas das últimas chuvas. Só o trambolho mais pesado, permanece há bem mais de dois meses, na margem esquerda do rio, perto da Mercearia Pacheco.

O pior de tudo é que, justamente, as pessoas que jogam no rio, tudo o que não interessava mais, são as mesmas que se alvoraçam, como marimbondos, se o rio sobe acima do nível normal, após uma intensa chuva. São elas as grandes responsáveis pelo assoreamento.

Além de plásticos, papéis, colchões velhos, restos de madeira e de lixo doméstico, que flutuam e são visíveis, o fundo lamacento do velho Aririú guarda “tesouros” ocultos.

No fundo das águas turvas, se acumulam geladeiras velhas, fogões inúteis, restos de eletrodomésticos em geral, pneus, peças de carro. Tudo que é considerado inservível, pelos ribeirinhos, é atirado ao rio. Detalhe importante. Os ribeirinhos de agora, não são nativos, são invasores das barrancas do rio.

Incrível como o Ministério Público Federal não dá atenção a esse fato. Talvez porque os ribeirinhos são os “pobri”, protegidos por ideologias falsamente socialistas.

Vale lembrar que o mesmo Ministério Público Federal anda assanhado, ameaçando demolir as obras de toda a colonização histórica, que cresceu à beira do mar e de lagoas.

A Lagoa da Conceição é o alvo preferido dos intransigentes defensores do meio ambiente. Mas, as “otoridades” federais já estão metendo o bico onde não devem, inclusive aqui na nossa Palhoça.

[23 10 14]






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