terça-feira, dezembro 20, 2005

BRASIL, VIRANDO UMA PÁGINA

O nosso País esta vivendo um momento muitíssimo delicado. É um momento de incertezas, que pode nos remeter a um futuro ainda mais sombrio.
Isso porque, da mesma forma como somos bombardeados por um festival de números altamente positivos, relativos à economia, às exportações, à distribuição de renda e ao emprego, também somos atacados, simultaneamente, por uma avalanche de denúncias, que desmoralizam as instituições, inviabilizam governantes, corroem princípios éticos e conduzem o Homem aos atalhos da descrença.
Com a redemocratização, com a salutar alternância no poder, mais recentemente, com a ascensão de um sindicalista ao posto mais alto da hierarquia da administração pública nacional, chegamos a sonhar com uma elevação da auto-estima da classe trabalhadora. Foi um sonho, apenas. Que os assalariados se transformariam em ricos de última hora, isso jamais projetamos. Mas, que os trabalhadores seriam tratados com mais dignidade e, além de tudo, que eles garimpariam motivos para terem orgulho do seu mandatário maior, isso era uma certeza irretocável.
Contudo, embora toda a esperança depositada, consolidada nos poucos segundos diante da urna eletrônica, os trabalhadores brasileiros sentem-se injustiçados – agora, mais do que nunca –, pois que já assimilaram a idéia de que foram traídos. Traídos e humilhados, pois que a traição, se existiu, veio de um igual, ou pelo menos se supunha que era um igual.
Assim sendo, aquele sonho altruísta – elevar o caráter da classe trabalhadora, melhorar sua condição –, continua sendo exatamente isso, na verdadeira acepção da palavra, um sonho, um distante sonho, distante e frustrante, pois que dele tão perto estivemos.
Da mesma forma, o desejo de se espalhar os benefícios da educação, também continua sendo apenas mais um item na planilha das vontades populares. Basta considerarmos que a educação de base não tem qualidade, que os professores são mal remunerados (e isso nos remete à situação primeira, quando nos referimos às mazelas que atingem a auto-estima da classe trabalhadora) e, principalmente, que o ensino de terceiro grau é inacessível a um grande número de brasileiros. Não nos esqueçamos, ainda, senhores, das falácias que apregoam a ignorância, a falta de conhecimento científico, como uma virtude e que tentam supulcrar a ciência, a sabedoria, com a própria lama corruptível do populismo.
Ao que parece, senhores, somente nossos princípios básicos, muito bem enraizados, de ética e moralidade, continuam inviolados, embora os incessantes ataques dos ensandecidos corruptores, mestres na faculdade da inversão de valores, que de todas as armas uso fazem, principalmente da mídia eletrônica. Verdade é, que conservamos, ainda, em relativo grau, uma considerável formação moral a partir do gen, filosofia de vida, conceitos e ensinamentos, de geração em geração, argumentação de resistência entrincheirada, guardada a duras penas.
São valores inalienáveis, que ainda nos confortam e nos dão forças para que possamos reconhecer, apesar de tudo, o quanto o trabalho é honroso – e, aí, temos um parâmetro, para nos afastarmos dos desonrados do dinheiro fácil, de procedência duvidosa. Vilipendiado, traído, enganado, mesmo assim o operário ainda infla o peito, para proferir um silencioso discurso, onde se subtende, há um arraigado clarão de honestidade, virtude e inteligência.
Difícil é o momento em que vivemos, mas não insuperável. Em quantas outras ocasiões, os brasileiros de boa fé, de princípios, já não superaram as adversidades e alcançaram o êxito, senão total, pelo menos parcial. Assim de novo será. Os brasileiros hão de virar mais uma página na história. E, na página anterior, aquela das letras da imoralidade, deverão ficar, impregnados como insetos, vermes e mofo, todos aqueles que nos traíram.

Aguarde




A partir de agora - e desde que eu me acostume com essa nova tarefa, que é de muita responsabilidade - tentarei transmitir o máximo de informações úteis possíveis.
Esta primeira página é só uma experiência, aos poucos vou me acostumendo e relatando fatos.
Também pretendo tirar alguma coisa da literatura engavetada.
Desde já, agradeço ao Allan Pyetro, o grande incentivador e criador desse blog.