quinta-feira, janeiro 31, 2008

CHUVAS DE VERÃO

Centenas de desabrigados e dezenas de

alagamentos na Grande Florianópolis

As fortes chuvas, registradas desde a noite de quarta-feira, até quinta, 31de janeiro, já provocaram muitos estragos na Região Metropolitana. Em Florianópolis, vários bairros permaneceram alagados, durante horas. Em Palhoça, o prefeito Ronério Heiderscheidt decretou “estado de emergência”, na manhã de quinta-feira. Até o final da tarde, o número de desabrigados era de mais de 300 pessoas. Em São José, a situação também era caótica, levando o prefeito Fernando Elias a disponibilizar seis escola, para recolher os desabrigados.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa do Cidadão de São José e o 7º Batalhão da Polícia Militar trabalham, intensamente, para auxiliar as comunidades vítimas dos alagamentos no município. A Defesa Civil de São José disponibiliza o número: (48) 3247 8123 para emergências. Telefones úteis, em Florianópolis: Guarda Municipal - 153. Emergência da Defesa Civil - 199. A Prefeitura de Palhoça disponibilizou um canal direto para a população castigada pelas chuvas. São quatro números de telefones: (048) 3279-1796/ 3279-1739/ 3279-1762 e o fax 3279-1780.

Alagamentos em Florianópolis

Segundo fontes da Prefeitura de Florianópolis e da defesa Civil, alguns bairros de foram atingidos por alagamentos. O bairro Santa Mônica foi um dos mais atingidos. Mas, Pantanal e Tapera também apresentaram áreas alagadas. As autoridades confirmaram a ocorrência de deslizamentos nos bairros Saco Grande, Morro da Queimada e Vargem Grande.

Apesar da intensidade da chuva, o sistema de drenagem funcionou no Centro da Capital, ocorrendo apenas pequenos alagamentos isolados, com muita água nas ruas. A situação exigiu a mobilização de várias autoridades. A Guarda Municipal de Florianópolis passou a prestar apoio à Defesa Civil do estado e da cidade. A atenção das autoridades está voltada, principalmente para as regiões de morros e encostas, onde há risco de deslizamento de terra e desabamento de casas.

Só se desloque de sua casa, em caso de extrema necessidade. Telefones úteis, em Florianópolis: Guarda Municipal - 153. Emergência da Defesa Civil - 199.

Palhoça: estado de emergência

O município de Palhoça decretou estado de emergência na manhã dessa quinta, dia 31. O prefeito Ronério Heiderscheidt adotou essa decisão, após horas de intensa chuva, que atingiu a cidade. Na quinta-feira, 31, às 14hs, aconteceu uma reunião de emergência, no gabinete do prefeito, com a presença de todo o seu secretariado, de representantes da Defesa Civil, Policia Civil e Militar, além do Secretário Regional da Grande Florianópolis, Valter Gallina. Objetivo: definir as prioridades da “Força Tarefa pró Palhoça”, no sentido de recuperar o município no menor tempo possível.

Segundo fonte da Assessoria de Imprensa da Prefeitura, os pontos críticos de alagamento no município estão concentrados na Ponte do Imaruim, Jardim Eldorado, Brejarú, Pontal e São Sebastião. A Prefeitura disponibilizou dois pontos de abrigos: no Caic, no bairro Passa Vinte, e no Colégio Dom Jaime Câmara, antiga Fucabem, no bairro Bela Vista. Também já foram liberadas as escolas públicas estaduais no município. Os desabrigados em Palhoça já ultrapassa o número de 300 pessoas.

O prefeito Ronério informou que a situação está sob controle. Mas, teme que, se a chuva persistir, é grande o risco de o quadro piorar, principalmente, em função da maré alta. “ Pedimos calma e tranqüilidade para a nossa população. Estamos pedindo ainda que fiquem em suas casas. Todos nós da prefeitura estamos empenhamos em resolver os problemas que estão surgindo”.

A Prefeitura de Palhoça disponibilizou um canal direto para a população castigada pelas chuvas. São quatro números de telefones: (048) 3279-1796/ 3279-1739/ 3279-1762 e o fax 3279-1780.

São José: desabrigados em escolas

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa do Cidadão de São José e o 7º Batalhão da Polícia Militar estão trabalhando intensamente, desde a noite de quarta-feira, 30, para auxiliar as comunidades vítimas dos alagamentos no município. A Defesa Civil de São José disponibiliza o número: (48) 3247 8123 para emergências.

Seis escolas no município já estão preparadas para abrigar as famílias, são elas: Centro Educacional Municipal São Luiz, bairro São Luiz (3247 3991); C.E. M. Morar Bem, bairro Serraria (3346 9944); C.E.M. Vila Formosa, bairro Forquilhas (3346 1553); Escola Básica Laurita Dutra de Souza, bairro Picadas do Sul (3257 0213); C.E.M. Professora Maria Iracema de Andrade (Barreirão), bairro Barreiros (3246 8743); e C.E.M. Maria Luiza de Melo, Kobrasol (3259 3222).

Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura

Baby Espíndola Repórter denuncia:

INPE estima que Amazônia perdeu cerca de

sete mil km2 de floresta, de agosto a dezembro de 2007

Estimativa baseada no Sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que o desmatamento na Amazônia pode ter atingido 7.000 km2, no período de agosto a dezembro de 2007. A maior parte dos desmatamentos se concentra nos estados de Mato Grosso (53,7%), Pará (17,8%) e Rondônia (16%).

“Os novos desmatamentos detectados pelo DETER entre agosto e dezembro de 2007 somaram 3.235 km2. Nos anos recentes, a área mapeada pelo DETER representou entre 40% a 60% do que é registrado pelo PRODES, nosso sistema que faz o cálculo anual detalhado da área desmatada. Deste modo, o INPE considera que entre agosto e dezembro de 2007 o desmatamento é da ordem de 7 000 km2, com uma variação para mais ou para menos de 1.400 km2”, explica Dalton de Morrison Valeriano, coordenador do Programa Amazônia do INPE, que opera os sistemas PRODES e DETER.

Este trabalho complementa o levantamento anual detalhado, feito pelo sistema PRODES do INPE, que usa imagens de satélites com resolução espacial entre 20 a 30 m (satélites LANDSAT e CBERS). O levantamento do PRODES é feito em escala anual com área mínima de mapeamento de 6,25 hectares, para o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte. O levantamento do PRODES, para o período entre primeiro de agosto de 2006 a 31 de julho de 2007, foi concluído em novembro de 2007, e apontou um desmatamento de 11.224 km2, com uma margem de erro de 4%.

O DETER é um levantamento rápido feito mensalmente pelo INPE, com dados de resolução espacial de 250 m. Com este sistema, é possível detectar apenas os desmatamentos cuja área seja maior que 25 hectares. Devido à cobertura de nuvens nas imagens do período, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo DETER.

O presidente da moto serra. E da coceira

A Ministra do Meio Ambiente vem abrindo, ao mundo, as porteiras da Amazônia, para escancarar as feridas abertas na floresta, pelo desmatamento irracional. Marina Silva, ecologista de carteirinha, considerada, por muitos, uma radical do verde, vem denunciando o que chama de “processo irresponsável de destruição da floresta”, com base em dados do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Do outro lado da trincheira do bate-boca cinza-esverdeado, está o presidente Lula da Silva. Em suas andanças pelas ruas, o presidente, que nunca é visto no gabinete de trabalho, no Planalto, tenta, desesperadamente, minimizar a crise. Em sua falácia irresponsável, o que lhe é peculiar, o quase-sempre-sindicalista chegou ao absurdo estratosférico de comparar o desmatamento a “uma coceira”.

Comparação extremamente infeliz! Como se a derrubada de árvores, que precisaram de décadas, algumas mais de um século, para se desenvolver, fosse um fato a ser resolvido com a ponta dos dedos, num toque mágico e reconfortante. Há que se advertir, ao sr. presidente, sobre os riscos de uma coceira. Dependendo do lugar, o dedo pode terminar com mau cheiro. Mas, nos comportemos, não sejamos dotados de futilidades ligadas às coceiras. Principalmente, porque, a maior floresta tropical do mundo, deve ser tratada como um santuário, que deve ser venerado, respeitado e preservado. Não se trata de uma relés coceira. São feridas, sim, na carne do verde.

O problema, para o governo, é mais grave do que se pode imaginar. Ocorre que Lula da Silva Castro-Chávez-Morales vinha, ostensivamente, alardeando sua posição de guardião, paladino da floresta. No ano passado, discursou, pomposamente, na ONU, arrazoado com números, que não se sabe onde ele foi buscar. Números milagrosos, que apontavam para uma considerável redução no nível de desmatamento no Brasil. Foi aplaudido, é claro, por gente de terno preto e gravata de grife, que bate palmas burocraticamente, e que só pensa no lucro fácil e na exploração de qualquer coisa, inclusive de povos.

Porém, imediatamente, a imprensa internacional reagiu, alertando para a degradação ambiental da Floresta Amazônica. Mas, o alerta não chegou a repercutir no Brasil, onde Lula da Silva é blindado contra tudo e todos. Mas, ao que tudo indica, a história está mudando: as páginas verdes do discurso presidencial estão adquirindo uma tonalidade acinzentada. O problema, é que, no caso do meio ambiente, a redoma de vidro se estilhaçou e expôs à Nação e ao mundo, não um intransigente defensor da floresta, mas um presidente relapso, que fala sem usar a razão, sem se utilizar de números confiáveis. Na verdade, hoje, a opinião pública internacional vê Lula da Silva não como um general-guardião da floresta, mas, sim, como o presidente da moto serra. Mmuito mais preocupado em tratar de coceiras. Até porque, os investimentos financeiros, financiamentos estatais, também incentivam e aceleram o desmatamento. Após a constatação de que a blindagem, que desde o primeiro mandato protege o presidente de todos os escândalos, inclusive o mensalão, estrategistas do Palácio do Planalto saíram em socorro do estapafúrdio, escalafobético, Lula-lá. Tentam apagar um incêndio. Se esforçam para impedir que a nova imagem, de um presidente ligado à moto serra, se espalhe mundo a fora, principalmente nos países desenvolvidos. De tudo fazem, os guardiões do Planalto, para preservar a imagem de defensor do verde, que muito bem foi colada em Lula.

O discurso de protetor do verde não se transformou em realidade, porque, infelizmente, no Brasil, leis são criadas para a retórica de seus mandatários, que não investem, de fato, na preservação. E, de quem é a culpa, se leis não são cumpridas? Quem é o chefe da Nação? Não pode ficar dizendo que não sabia de nada. Há que se admitir que, sem fiscalização eficiente, de nada servem baús recheados de leis, decretos e normas.

Retirem, finalmente, a blindagem, e os brasileiros e o mundo verão que, em quase tudo em que se envolve, Lula da Silva age de maneira leviana, frívola e irresponsável. Assim, aconteceu ao tratar da questão Floresta Amazônica, principalmente quando discursou na ONU, com o peito inflado, soberbo, como o uirapuru, a excêntrica ave da mata. O presidente tentou, de forma oportunista, se utilizar de um certo terrorismo do aquecimento global, para conquistar dividendos eleitoreiros, na interminável caçada à cadeira de estadista. Não parou para pensar que não se pode empurrar para debaixo do tapete um problema tão imenso, em todos os sentidos, com sete mil quilômetros quadrados. O INPE denuncia: “A Amazônia perdeu cerca de sete mil km2 de floresta, entre agosto e dezembro de 2007”. A estatística dantesca se refere a um período curto, de apenas quatro meses. Justamente, nesse período de tempo, Lula da Silva discursou na ONU.
E agora, o presidente da moto serra reaparece num cenário hostil, vestindo cinza, com os olhos em chamas, para, inescrupulosamente, comparar o “desmatamento irresponsável”, a destruição da mata, a uma simples coceira. Desmatamento irresponsável, são palavras de sua amiga ministra, sr. presidente.

(Texto: Baby Espíndola)

Florianópolis, vista do Morro da Cruz, um cartão postal para o mundo

O verde exuberante da montanha contrasta com o concreto.
Abaixo, a Capital de Santa catarina, com as baías Sul e Norte









A cidade de Florianópolis, com suas baías deslumbrantes, vista do alto do Morro da Cruz, a mais de 450 metros do nível do mar, é algo de espetacular. O Morro da Cruz, com o seu mirante, é ponto obrigatório aos turistas.

Este é um artigo destacado. Clique aqui para mais informações.

Florianópolis é a capital do Estado de Santa Catarina e uma das três ilhas-capitais do Brasil. Originalmente denominada Nossa Senhora do Desterro, em alusão à sua padroeira, ou simplesmente Desterro, seu nome foi alterado ao fim da Revolução Federalista, em 1894, em homenagem ao então presidente da República Floriano Peixoto. Deste nome deriva o apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida.

Destaca-se por ser a capital brasileira com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH), da ordem de 0,875, segundo relatório divulgado pela ONU em 2000. Esse índice também a torna a quarta cidade brasileira com a melhor qualidade de vida, atrás apenas de São Caetano do Sul e Águas de São Pedro, no estado de São Paulo e Niterói (RJ) [1].

Localiza-se no centro-leste do estado de Santa Catarina e é banhada pelo Oceano Atlântico. Grande parte de Florianópolis (97,23%) está situada na Ilha de Santa Catarina, onde, somadas às continentais, existem cerca de 100 praias.

A imagem "cartão-postal" que a identifica é a famosa Ponte Hercílio Luz (inaugurada em 1926), primeira ligação rodoviária entre a ilha e o continente

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma cidade que encanta aos turistas. Quem visita, não quer mais voltar

Segundo dados do último levantamento do IBGE, o município de Florianópolis, com área de 436,5 Km2, está localizado entre os paralelos de 27º50' de latitude sul e entre os meridianos de 48º25' de longitude oeste. Possui, em seu cenário natural, praias, promontórios, costões, restingas, manguezais e dunas. Sua morfologia é descontínua, formada por cristais montanhosos que chegam a 532 metros de altitude no morro do Ribeirão da Ilha.

Unindo as duas porções do município temos três pontes: a mais antiga, a Hercílio Luz, verdadeiro cartão postal de todos os catarinenses, a segunda a ser erguida, a Ponte Governador Colombo Salles e, a mais recente, a Ponte Governador Pedro Ivo. O canal sob as pontes é estreito, tem 500 metros de largura e com uma profundidade que já atingiu 28 metros, formando as baías sul e norte.

Limites Geográficos

Os limites geográficos do município estão assim configurados: dividido por duas porções de terras, uma refere-se à Ilha de Santa Catarina, que possui uma área de 424,4 Km2 de forma alongada no sentido norte-sul - 54/18 Km (a leste é banhada pelo oceano Atlântico, a norte pela baía norte e a sul pela baía sul); e a outra porção, localizada na área continental, com área de 12,1 Km2, conhecida como continente, e limita-se a oeste com o município de São José.

Antiga denominação do Morro da Cruz

Pau da Bandeira - assim era chamado o Morro da Cruz, na época em que Florianópolis ainda era Nossa Senhora do Desterro. A justificativa para o nome é que, há muitos anos, foi colocado um posto semáforo em seu ponto mais culminante, para avisar, através de códigos, a chegada das embarcações ainda em alto mar.

Naquele tempo, a Capital ainda era uma pequena cidade, cujo acesso entre os bairros do Centro e da Trindade era uma aventura. Por isso, muitos cortavam caminho por uma parte do morro, que compõe o maciço do Morro da Caixa.

Apesar das dificuldades de acesso à época, o morro já era visitado, com freqüência, tanto por moradores da Capital, como por excursionistas. O caminho pela estrada do Pau da Bandeira era a passagem mais curta entre a capital e a freguesia do bairro da Trindade. Hoje, o acesso é pela Rua do Antão (via Beira-Mar Norte), cujas curvas sinuosas permitem uma vista panorâmica da cidade.

O Morro da Cruz é um ótimo ponto de referência para as pessoas que visitam a Ilha. Embora não seja o ponto mais alto da Ilha de Santa Catarina, com 450 metros, é o de mais fácil acesso e o que proporciona o visual mais completo devido à sua localização. De lá pode-se ter uma visão geral das duas Baías, das pontes Hercílio Luz, Colombo Salles e Pedro Ivo Campos. Além disso, do patamar junto à cruz, avista-se grande parte da Ilha, o bairro da Trindade, as pistas do aeroporto e parte da costa leste de Florianópolis, banhada pelo Oceano Atlântico. Também é no Morro da Cruz que está localizada a maioria das emissoras de televisão.
Fonte: Guia Floripa

Fotos: Baby Espíndola

A imprensa, o socorro nosso de cada dia

Recente pesquisa da Edelman Brasil, indica que quase 64 por cento dos brasileiros confiam na mídia. Isso decorre do fato de que o Estado/Nação, os governantes, a classe política, abandonaram o cidadão. Pessoas mais humildes recorrem, diariamente, em todo o país (e, aqui, não é diferente), a programas de televisão, de emissoras de rádio, jornais, em busca de socorro para problemas de saúde, saneamento básico, violência urbana, transportes, entre outros. Saúde (made in falida CPMF) e segurança (no reinado do crime organizado) são os temas que mais pautam as atividades dos programas e jornais populares. Isso porque, é mais fácil confiar num jornalista, do que num político: Essa é a leitura que se faz dos números.

Na opinião do coordenador da pesquisa no Brasil (pois a instituição pesquisou o mesmo tema em outros países), “o brasileiro está se tornando um cidadão mais crítico e exigente”. Menos mal. Chega de povinho que se mata por pão e circo, embora a imprensa tenha registrado, nos últimos dias, cenas lamentáveis de baianos, criando a maior confusão, em meio a sangue, suor e cerveja, para conseguir ingressos para o Carnaval. Pelo mesmo motivo, aqui, em Florianópolis, gente da classe média alta acampou, durante dias, em volta do sambódromo Nego Quirido. Tudo pelo pão e circo.

Disse, mais ainda, o coordenador da pesquisa, também presidente da Edelman Brasil, Ronald Mincheff: “O brasileiro está cobrando mais do governo, está cobrando mais de empresas, está cobrando envolvimento social e responsabilidade social. O Brasil está amadurecendo e o brasileiro está amadurecendo”. Mas a classe política... Quanta diferença!

Como o cidadão cobra e o governo não dá uma resposta à altura da reivindicação, esse canaliza suas esperanças para outro setor, mais atuante: a mídia. Tanto é que, em outros países, como Suécia, Holanda, Bélgica, onde o poder público está mais presente, os governos tiveram notas bem maiores. No Brasil, para alguns analistas, a fragilidade do governo pode estar dando, à mídia, uma importância cada vez maior.

Voltemos aos números. Em primeiro lugar, bem lá no alto do pedestal da confiabilidade, os pesquisados colocaram a mídia, a imprensa, seria a palavra mais exata. O que aumenta, em muito, nossa responsabilidade, como jornalistas. Precisamos ser os porta-vozes dos brasileiros, abandonados pelos governantes e políticos. Isso é um fato irreversível. Devemos sim, assumir essa atitude. Mas, da mesma forma, não podemos agir como os políticos, buscando um populismo barato e perigoso, como vem acontecendo com programas de televisão, inclusive alguns gerados a partir de Florianópolis para todo o estado. Programas que usam o povo em benefício de seus apresentadores, na caçada implacável de números positivos no Ibope. São os propagadores da desgraça, eles, que babam sangue, arrotam arrogância, e assim, como os políticos, também estão enriquecendo, graças ao infortúnio de milhares. Números altos no Ibope, significam mais publicidade no horário, que se traduzem por melhores salários aos afortunados da telinha.

Em segundo lugar, na pesquisa, aparecem as empresas brasileiras, com 61 por cento, seguidas pelas Ongs, com 51 por dento. A mesma pesquisa revelou que a confiança do povo no Governo Federal caiu de 54 por cento, em 2004, para magros 22 por cento, no final de 2007. Pelos mesmos motivos. A autoridade constituída está voltando as costas ao cidadão, está negando seus direitos elementares de acesso à segurança, à saúde, só para citar duas grandes lacunas, crateras sociais que crescem espantosamente no governo populista de Lula da Silva Castro-Chávez-Morales. Principalmente, nesses dois serviços essenciais à população, há muito discurso, muita bravata e pouca ação. O resultado da pesquisa, para a turma da república do mensalão, só não é mais desastroso, se comparado com a Polônia, onde o governo recebeu míseros 11 pontos.

Com toda certeza, essa pesquisa, da Edelman Brasil, não foi realizada entre a clientela do bolsa-voto. Pois, sempre que são convocados a opinar sobre o desempenho do governo, os enclausurados do porão da ignorância e da miséria que, por comodismo, se conformam com migalhas e não buscam horizontes mais amplos, esses clientes dos favores oficiais, elevam o “cumpanheiro” populista, que condena “azelite”, à estratosfera da popularidade. Esse bolsa-voto, convenhamos, faz muito sucesso. E dá voto, pode acreditar que dá.

Tromba d’água sobre a Casan

A Casan está acumulando a segunda derrota, para a Prefeitura de Palhoça, em poucos meses. Primeiro, o prefeito Ronério Heiderscheidt não renovou o contrato com a estatal, optando pela municipalização dos serviços, com os quais a população parece satisfeita, visto que não temos reclamações. E, agora, despenca outra “tromba d’água” sobre a Casan.

Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, “a Casan tem um prazo de 30 dias para cumprir a sentença judicial da ação cautelar, requerida pela Prefeitura Municipal de Palhoça, que determinou o valor de 0,34 centavos por metro cúbico da água tratada, produzida pela Estação de Tratamento de Água – Eta -, localizada em Palhoça”. Assim, inverteram-se os papéis. O município, que comprava água da Casan, agora está atrás do balcão de negócios, e até estipula os valores que a empresa deve pagar. A sentença foi proferida, em 23 de janeiro, pelo juiz José Maurício Lisboa, da Segunda Vara de Palhoça.

Pressão energética

E a luta continua. Agora, com a Celesc. Depois que o Sul de Palhoça, a região das praias, ficou sem energia elétrica, por quase oito horas, no Reveillon, o prefeito Ronério Heiderscheidt transformou a Celesc em novo alvo de sua metralhadora da municipalização. Horas depois do apagão, anunciou a intenção de romper com a estatal elétrica. Mas a Celesc agiu rápido. Numa manobra, que pode ser tratada como operação abafa, convocou uma reunião de emergência e prometeu, ao prefeito, investimentos da ordem de R$ 28 milhões, 500 mil, em três subestações, a serem construídas, duas na Baixada do Maciambú, e a terceira na divisa com São José.

Como já conhece a novela Casan, que prometeu investimentos que nunca saíram do papel, e temendo uma reprise via Celesc, Ronério acelerou o passo. Em visita de cortesia ao engenheiro Gilberto dos Passos Aguiar, que assumiu a Gerência da Celesc para a Região Metropolitana, o prefeito de Palhoça fez questão deixar claro a sua “preocupação com a questão energética no município”. E solicitou urgência no inicio das obras prometidas. Depois de muito cafezinho, temperado com boas intenções, Passos Aguiar passou a elencar as prioridades e prometeu atender as reivindicações.

EM TEMPO – Os empresários e consumidores em geral, da Região Sul, já estão armazenando velas, para evitar uma possível escuridão, durante o Carnaval.

Restaurante Popular

Versão Pachecos. É a sugestão, que o presidente da Câmara de Palhoça, Nirdo Artur Luz (Pitanta), encaminhará ao prefeito Ronério, nos próximos dias. Idealizador do protótipo, lançado, em 17 de maio de 2007, no bairro Barra do Aririú, onde cerca de 400 pessoas almoçam, diariamente, ao preço de um real, Pitanta considera viável abrir uma unidade do Restaurante Popular, no bairro Pachecos. Tomou essa decisão, depois que constatou que, diariamente, aproximadamente 100 pessoas carentes de Pachecos se deslocam até a Barra do Aririú, de bicicleta, até andando, para se alimentar “com um mínimo de dignidade”.

A gastança, na república do mensalão

Falta dinheiro para a saúde, para segurança, para investir em transportes. Mas, não falta dinheirama para a gastança na república do mensalão. Muita atenção: nos últimos quatro anos, o Governo Lula da Silva Castro-Chávez-Morales, gastou, em média, R$ 1,2 milhão por dia (isso mesmo, um milhão, 200 mil reais, a cada dia), com diárias, para financiar hotéis, alimentação e deslocamento urbano de seus funcionários e autoridades. O valor não inclui passagens aéreas, revela o Portal da Transparência, site oficial do próprio governo. Passagens aéreas e despesas com o Aerolula entram em outra conta.

Pega-rapaz

Aquela “carreta”, carregada de alto-falantes e cornetas, mais parecendo uma penteadeira de puta, que os adolescentes, os garotos sarados e outros marmanjos de mau gosto usam para infernizar a vida dos vizinhos, com som alto, já tem nome. Acabo de batizá-la de “pega-rapaz”. Trata-se de uma armadilha, que os infelizes do barulho montam para atrair homens. Porque as mulheres, essas mais delicadas e educadas, nem chegam perto das carretas de som, principalmente quando de trata de pancadão. E os coitados barulhentos, sempre terminam as noites em “casais”, homem com homem. São os praticantes do sexo em marcha à ré.

Desativação de lombada gera protesto no Alto Aririú


Lombada eletrônica, desativada há mais de seis meses: insegurança no bairro

Foto: Baby Espíndola

Baby Espíndola

A desativação da lombada eletrônica, na rodovia BR-282, bairro Alto Aririú, divisa de Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz, está causando apreensão entre moradores. Temendo a repetição de fatos lamentáveis, acidentes, com morte, como já ocorreu, os munícipes se mobilizaram e realizaram um abaixo-assinado, com mais de cem assinaturas, para ser entregue ao Dnit, com cópia ao prefeito Ronério Heiderscheidt. No documento, os moradores pedem a imediata reativação da lombada eletrônica, na estrada, que registra a movimentação de mais de 30 mil veículos por dia.

Alegam que, sem o instrumento de controle do trânsito, os veículos, inclusive carretas e bi-trens, estão cruzando o bairro, em velocidade não compatível com as condições da estrada. A rodovia é resultado de um processo de improvisação, estreita e com acostamento também improvisado. É que o traçado original da 282, naquela região, foi abandonado e, no improviso, as autoridades federais aproveitaram um trecho, de alguns quilômetros, de uma antiga SC, a chamada “estrada geral de Santo Amaro”, ligação deste município com Palhoça.

Reclamam os moradores, porque a lombada eletrônica, que permitia velocidade máxima de 50 Km/hora, foi desativada há mais de seis meses. Sua instalação aconteceu justamente para evitar acidentes, após vários registros, inclusive com vítima fatal. A única informação circulante é de que venceu o contrato da empresa que explora o equipamento e o Governo Federal ainda não concluiu outra licitação.

Enquanto isso, os moradores de ambos os lados da estrada estão sujeitos ao risco de acidentes, além de terem de arcar com prejuízos materiais. O motorista Adilson da Silva, um vizinho que mora próximo à lombada apagada, reclama que sua moradia, recentemente construída, já está rachando. Da mesma reclamação participa o comerciante Marlon Antônio da Silva. Ambos explicam que, “quando passam caminhões e carretas, em alta velocidade, as casas sacodem, e por isso racham”. Além disso, conhecem vários relatos de acidentes no trecho, antes da instalação da lombada. “Agora, ficou perigoso novamente”, dizem.

O abaixo-assinado dos moradores está em poder de Giovani Vieira, gerente do Posto Radar, situado bem ao lado da lombada. Ele é o porta-voz dos vizinhos, junto às autoridades do Dnit e Prefeitura. Giovani afirma que “qualquer atividade fica prejudicada no local, com os veículos transitando em alta velocidade”, numa estrada estreita, entre as moradias e comércio.

Recentemente, a lombada voltou a piscar, contudo, sem controle de velocidade. Só pisca, bem sem-vergonha.


sexta-feira, janeiro 18, 2008

Editorial

As incríveis semelhanças entre

Hugo Chávez e Idi Amin Dada

14 / 01 / 08

Hugo Chávez cruzou a fronteira da racionalidade, para vagar pelos campos minados da insensatez. Na mais recente aparição circense, em cadeia de rádio e tv, o venezuelano fez uma contundente defesa dos narco-guerrilheiros das Farc. Uma patética declaração, pois ninguém, dotado de um mínimo de dignidade, poderá defender seqüestradores: Só Hugo Chávez, que age como se fosse o maior comunicador e artista da Venezuela, onde fecha estações de tv, que não se curvam a sua surrada ditadura bolivariana. Na verdade, mais aparece na tv estatal e fala no rádio do que governa.

Merece citação, o fato de que o falastrão Hugo Chávez não deveria se manifestar sobre assuntos internos da Colômbia. Precisa ser mais prudente e diplomático, principalmente porque já se envolveu em um “arranca-rabo”, com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, bem mais sensato que o venezuelano.

Está mais que provado que Chávez não aprendeu nada com o famoso “Cala-te!”, pronunciado, secamente, em público, pelo Rei Juan Carlos, da Espanha.

Na visão caótica, perigosamente caótica de Hugo Chávez, os membros das Farc não são guerrilheiros. São “cumpanheiros”. Vale lembrar, que eles quase foram reconhecidos como membros de uma “autoridade”, algo parecido à “Autoridade Palestina”, no primeiro período do governo Lula, outro “cumpanheiro” de Chávez.

No seu modo intencionalmente confuso de ver os fatos, Chávez não os considera terroristas. São apenas “cumpanheiros” seqüestradores. Os bandidos das Farc, que costumam financiar campanhas de esquerda na América Latina, seqüestram vítimas inocentes e as mantém em cativeiro durante décadas. Então aparece o mocinho Hugo Chávez, montado num cavalo branco da cor da cocaína, para libertá-las, como aconteceu recentemente. Tudo pela paz. Quanta hipocrisia! Até porque, horas após a estapafúrdia declaração de Chávez, os “cumpanheiros” das Farc seqüestraram mais seis pessoas. Repito: tudo pela paz.

E, agora, esse tiranossauro vem a público falar de criminosos, narco-guerrilheiros, como "forças insurgentes que têm um projeto bolivariano, que aqui é respeitado”. Aqui, onde? Só se é na cozinha de Chávez. Homens e mulheres honestos, em todo o mundo, não respeitam seqüestradores e traficantes. Deveriam ser todos presos ou mortos, em caso de reação.

De acordo com o princípio de que “os semelhantes se atraem”, que conclusões podemos tirar dessa declaração espetaculosa de Chávez e de tudo que vem ocorrendo na América Latina? A pior possível.

Hugo Chávez (Castro-da Silva-Morales) nos faz lembrar de Idi Amin Dada, um excêntrico ditador, que governou Uganda, nos anos 70. Fazia várias declarações sobre um mesmo tema, em intervalo de horas, todas com pontos de vista diferentes. Se oferecia para mediar seqüestros (caso de Entebe). Comprava medalhas em antiquários, para pendurá-las, espalhafatosamente, no uniforme militar. Queria ser um estadista, mas nunca passou de um relés ditador sanguinário; sorridente, mas perigoso, imprevisível.

Uma superficial pesquisa, nos traz, do baú da história, informações sobre Idi Amin Dada Oumee. Nascido em Koboko ou Kampala, na década de 1920, falecido em Jidá, em 16 de Agosto de 2003), foi um militar e ditador de Uganda de 1971 a 1979. Da etnia kakwa, sua ditadura foi caracterizada por genocídios e requintes de crueldade utilizados nas execuções. Daí as alcunhas de "o talhante (açougueiro) de Kampala" e "senhor do horror", atribuídas a ele pelo povo ugandense. Segundo a enciclopédia Wikipédia, Idi Amin assumiu o governo de Uganda, quando era comandante-chefe das Forças Armadas, destituindo o antigo governo civil. Era defensor de Adolf Hitler e favorável à extinção do Estado de Israel. O seu reinado terminou em 1979, quando as tropas da Tanzânia, que nunca reconheceram o seu governo, o destituíram com o apoio dos ugandenses.

As semelhanças (inclusive a física, com exceção da cor da pele – um meio índio, o outro extremamente negro), entre Hugo Chávez e Idi Amin Dada são incríveis. Um pavão, perto de ambos, recolheria a cauda, por singela timidez.

E, para colocar um ponto final nesse assunto, pois que temos coisas muito mais interessantes a tratar, é bom que se diga: Quem gosta de chaves é chaveiro.

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Lobos predadores do dinheiro público atacam no Brasil

Tarefa difícil, essa do Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, de indicar um suplente à sua cadeira no Senado da república do mensalão. O primeiro suplente, Lobinho (Edson Lobão Filho), vai se licenciar para responder às acusações de uso de laranjas, em negociações suspeitas, que são investigadas pela justiça. Quase chegou ao Senado, arrastando correntes nos pés.

E o segundo suplente, Remi Ribeiro (PMDB-MA), que até já mandou talhar o terno da posse, também sobe as escadas da mais importante Casa da República, com fantasmas do passado arranhando sua imagem pública. Ribeiro, que é presidente em exercício do PMDB no Maranhão, foi denunciado pelo Ministério Público, depois de ser indiciado pela Polícia Federal, por crime de responsabilidade e peculato.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, ele é um dos alvos de uma acusação de apropriação indébita de recursos públicos na Prefeitura de São Bento (MA), onde foi tesoureiro. A denúncia mostra que entre 1989 e 1992 teriam ocorrido desvio de dinheiro e fraudes em licitações na prefeitura. O inquérito concluído em 2005 apontou dez pessoas como beneficiárias do esquema, entre elas, Ribeiro.

Ladrões do dinheiro público

Que leitura se faz desses fatos? Temos um Lobinho, na pele de cordeiro, que já foi devidamente afugentado das portas do Senado. Cães de pastoreio entraram em ação. E agora o Brasil precisa acender uma imensa fogueira, para escorraçar o outro predador do dinheiro público, o lobo Ribeiro.

Em tempo: o governo federal deveria mandar construir um imenso presídio, algo maior que o Maracanã, para abrigar os corruptos de Brasília, inclusive alguns palacianos. E que a justiça passe a punir esses ladrões do dinheiro público.


Lobão e Lobinho

Lobão assumiu o Ministério de Minas e Energia, sob apadrinhamento do dono do poder, senador José Sarney. Sarney manda fazer, Lula da Silva, o subalterno, executa sem piscar. Vale lembrar, que num passado, nem tão distante, os petistas perseguiam o então presidente Sarney, a quem chamavam de ‘ladrão e corrupto’.

Um grupo liderado pela ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, queria um ministro com perfil técnico. Ela e seus aliados estavam certos. Afinal, podemos estar à beira de um abismo energético. E Lobão nada entende do assunto, aliás, nunca administrou nada, nem a educação do filho Lobinho. Se tivesse educação, não estaria agora envolvido em denúncias de corrupção e sonegação de impostos.

Seu Lobão precisa saber, com urgência: Está acontecendo o que não poderia acontecer: o Brasil depende das chuvas para garantir o suprimento de energia. O que revela falta de planejamento. Se não chover... Surgirão, no horizonte, problemas de abastecimento, apagão. Não é história da vovozinha, não.


“Apagão, é boato”

Mas, tudo bem. Afinal, Lula da Silva já decretou: “Apagão de energia é boato”. Se o imperador falou, assunto resolvido. Mas, se o apagão acontecer (é bom bater na madeira três vezes), ele assumirá o papel de vítima. Vai dizer que não sabia de nada, sua fala favorita. O mais incrível, é que, no ano passado, o senador Edson Lobão discursou, no Senado, duas vezes sobre o racionamento de energia. Em abril e depois em julho. Parecia um vidente, um predestinado a prever o que poderá acontecer no futuro. Nas duas falas, alertou sobre “o risco muito alto de apagão”. Depois, à medida que se aproximava da Esplanada dos Ministérios, foi mudando gradativamente de opinião. Até se desmentir, ao assumir o ministério. Agora, aos pés de São Pedro, invoca forças dos céus, para exorcizar o fantasma do apagão. Vai precisar de muita reza braba, vela e galinha preta. Talvez, a dança da chuva, dos índios, resolva.


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“Machão” no trânsito

Quando um jovem rapaz passar por você, com o carrão em alta velocidade, ele todo agitado, buzinando, dando luz alta intermitentemente, exibindo aquele dedo às nuvens, para depois seguir, costurando no trânsito, em zigue-zague, você deve perdoá-lo. Pode ser um jovem que rompeu com o namorado e o seu novo amor, é um homem impaciente. Por isso a correria. É para chegar no local do encontro, no horário marcado. Entendeu?

Pirataria

Por e-mail, leitor confessa que tem “algo em comum” com o presidente Lula da Silva. É aposentado, gosta muito, muito, de viajar, e assistiu “Os Filhos de Francisco”, num DVD pirata. Meu amigo leitor, vão aqui alguns conselhos: curta a aposentadoria, se ela é merecida (a supressão de um dedo não é motivo para se aposentar); Só viaje se for com o seu próprio dinheiro (jamais às custas dos cofres públicos); E deixe a pirataria para a turma de Brasília.

Pega-rapaz

Aquela “carreta”, carregada de alto-falantes e cornetas, mais parecendo uma penteadeira de puta, que os adolescentes, os garotos sarados e outros marmanjos de mau gosto usam para infernizar a vida dos vizinhos, com som alto, já tem nome. Acabo de batizá-la de “pega-rapaz”. Trata-se de uma armadilha, que os infelizes do barulho montam para atrair homens. Porque as mulheres, essas mais delicadas e educadas, nem chegam perto das carretas de som, principalmente quando de trata de pancadão. E os coitados barulhentos, sempre terminam as noites em “casais”, homem com homem.

Pior aeroporto do mundo

Recente pesquisa deixou a turma da Infraero irritada. O Aeroporto Internacional de Brasília apareceu como sendo o pior do mundo. A pontualidade dos vôos não ultrapassa o índice de 27 por cento, o que é muito pouco.

Lula sobre as Farc

Finalmente, o presidente Lula da Silva (Castro-Chávez-Morales) fez uma declaração sensata, no que se refere ao panorama político da América Latina. Horas depois de ressaltar o excelente estado de saúde do ditador de Cuba, Fidel Castro, que está afastado do poder há mais de um ano, nosso presidente-viajante foi mais realista, ao condenar as ações das Farc. Lula da Silva, finalmente admitiu, publicamente, que as ações dos narco-guerrilheiros da Colômbia, são condenáveis, sob todos os aspectos. “Seqüestrar pessoas inocentes, é abominável”, disse o presidente. Disse e acertou. Mas, errou feio sobre a saúde de Castro. Pelas palavras do brasileiro, até parece que o cubano, de 81 anos, está preparado para as Olimpíadas de Pequim. Mas, na verdade, o ditador está mais pálido e amarelo que palha de milho.

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segunda-feira, janeiro 14, 2008

Editorial

O mistério da omissão presidencial

(14 / 01 / 08)

Recentemente, convivi, bem de perto, com um grupo de angolanos, no balneário Ponta do Papagaio, um paraíso que Palhoça, em Santa Catarina, oferece ao mundo. Constatei aquilo que já sabia. Jovens e adultos de alguns países conhecem, talvez, até mais, dos importantes temas, recursos naturais e problemas do Brasil, que uma grande maioria dos brasileiros.

Em Angola, a terra do poeta Agostinho Neto, que lutou pela independência e governou o país, a população, que fala o português como língua oficial, se interessa muito pelo gigante Brasil, por suas potencialidades inigualáveis, inclusive assiste a muitos programas de televisão gerados no Brasil, via tv por assinatura e internet. Talvez por isso, não compreendam muito bem uma faceta do governo Lula da Silva, segundo confessaram. A tv passa a eles a imagem de um super-Lula, blindado, sempre à frente dos acertos do governo, das conquistas da economia, mas jamais ligado aos fatos mais graves, das áreas da saúde – um caos! –, da segurança – uma tragédia! –, dos transportes – um absurdo! –, num labirinto de rodovias esburacadas, ferrovias sucateadas, hidrovias abandonadas e tráfego aéreo em sobressalto, o que pode nos proporcionar uma surpresa desagradável a qualquer momento.

Os angolanos, a exemplo de outros povos, amam o Brasil, confessaram. Mas não entendem, como o governo da República demora tanto a responde em situação de crise. No caso da tragédia com o avião da Gol, no Mato Grosso, que ceifou as vidas de 154 pessoas, ainda não foi esclarecido o mistério do tal “buraco negro”, onde não há sinal de radar, e por onde, sabe-se, entram os aviões carregados de armas e cocaína. Que coincidência! Mais grave, ainda, foi a reação do governo, no caso do acidente da Tam. O Brasil chorava os 199 mortos, mas o presidente assumia um silêncio comprometedor. Lula da Silva veio a público, somente 72 horas depois, para ler um texto no tp da televisão, numa vulgar interpretação do presidente chocado e triste. Não convenceu. Agiu como estrategista de última hora.

Nos ataques do crime organizado a São Paulo e Rio de Janeiro, também o governo foi omisso, e os angolanos, admitiram, ficaram chocados com a falta de uma posição oficial. Enquanto bandidos incendiavam as cidades governadas pelo PSDB e o antigo PFL (DEM), o governo da república fazia silêncio. Os criminosos, via telefonia celular, deram mais declarações que o presidente Lula da Silva. Inclusive anunciaram – e a polícia gravou a conversa – a intenção de “matar essa turma do PSDB e do PFL”.

Na República de Angola, basta uma série de assaltos numa mesma região, para provocar uma reação do poder central, na figura do presidente José Eduardo dos Santos, disseram os angolanos, que, por delicadeza, evitaram aprofundar comentários e comparações. Então, fui buscar informações, através de fontes confiáveis, para corroborar aquilo que os turistas angolanos me revelaram. No país africano, o presidente assume publicamente a responsabilidade de resolver aquele problema específico.

Foi assim, na Colômbia de décadas passadas, quando o país era dominado pelos narcotraficantes. O presidente de então, assumiu pessoalmente o comando de operações, inclusive aquela em que o exército colombiano, contando com a colaboração da polícia norte-americana, acabou com a farra de Pablo Escobar. Num momento de crise, a figura do chefe da nação estava à frente da operação. Por isso, hoje você pode andar, à noite, pelas ruas de Bogotá, e até Medellín, símbolo maior do cartel das drogas. Tanto é assim, que, recentemente, autoridades brasileiras, inclusive o Secretário de Segurança de Santa Catarina, Ronaldo Benedet, visitaram a Colômbia, na intenção de importar o modelo de segurança, lá implantado.

Ainda sobre as Farc... Se o atual presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, decidir atacar definitivamente as Farc, para amenizar os efeitos de seqüestros e do narcotráfico, certamente vai ter o apoio total dos colombianos. É uma decisão política, que precisa ser adotada. Meios tecnológicos existem, para localizar os guerrilheiros na floresta. As clareiras podem ser detectadas via satélite, on-line. Se qualquer garoto, com acesso à internet, é capaz de localizar a própria casa, a parir de um programa da Nasa, o Google Earth, porque essa suposta dificuldade em localizar os narco-guerrilheiros. É só uma questão de boa vontade. Se dizimadas as Farc, a entrada de armas e drogas no Brasil seria reduzida, consideravelmente.

Sabemos nós, é assim no mundo inteiro. Em qualquer momento de crise, o chefe da nação aparece em público para dar explicações, satisfação ao povo, para anunciar planos emergenciais e demonstrar solidariedade com a população. Quando o chefe da nação não assume seu posto de líder, é cobrado pela opinião pública.

No caso do Furacão Katrina, categoria “5”, que causou prejuízos de mais de dois bilhões de dólares, além de mais de mil mortes, principalmente em Nova Orleães, Estados Unidos, em 2005, a omissão presidencial custou caro. George W. Bush demorou a se manifestar, tentou se proteger na muralha da omissão, e foi duramente penalizado pela opinião pública. A popularidade do presidente americano caiu a níveis insustentáveis. E os números nunca mais foram positivos.

Já Lula da Silva (Cháves Morales), na figura do presidente omisso, nunca perde em popularidade. Ou realmente é blindado ao extremo, ou as pesquisas são realizadas só entre os clientes do bolsa-voto.

Nas muitas conversas noite a dentro, expliquei aos angolanos, que a tática PT/Planalto recomenda que o presidente nunca se exponha em situações desgastantes, que só apareça para o público, para gargantear conquistas da economia brasileira, que anda a reboque do boom mundial.

No caso da criminalidade, relatei uma experiência particular. Contratei um pedreiro, que falava mal do Lula candidato à reeleição, o dia todo. Porém, num dia em que fui até sua casa, num bairro favelizado de Florianópolis, região continental, para pegar uma caixa de ferramentas, fiquei surpreso ao ver uma foto enorme do presidente-candidato, na fachada da moradia, além de uma foto menor e uma estrela do PT no muro.

No retorno, ao sair da favela, depois de passar por pelo menos meia dúzia de olheiros do tráfico, todos fortemente armados, o pedreiro, voluntariamente, me explicou: “Aquela propaganda de campanha, é o meu salvo-conduto, é a proteção para minha família”. E revelou que, nas madrugadas, depois de fornecer drogas para os proprietários de carrões, os filhos da classe média alta e dos ricos, os traficantes davam rajadas de metralhadoras e de fuzis para o alto, e gritavam, sem parar: “Viva o cumpanheiro Lula. Quem votar no chuchu (numa referência a Geraldo Alckmin, leva bala no traseiro”.

Moral da história: os traficantes e seus clientes também votam. Por conseqüência da origem pobre, alguns consideram o presidente “um dos nossos, um pobre, um operário”. É onde vigora a tática do populismo, do deixa como está. Assim, ganha corpo a teoria do direito humanitário, com um presidente simpático, que tira dos ricos para dar aos pobres, que faz declarações polêmicas, alegando que ninguém pode fazer nada contra “esses meninos”, considerados vítimas da sociedade. Que não se pode fazer mudanças na legislação penal, sob forte emoção. Essas afirmações, Lula da Silva, o ex-pobre, pronunciou, na televisão, com os brasileiros em estado de choque, porque alguns adolescentes arrastaram, dias antes, uma criança até a morte, com um carro roubado, no subúrbio do Rio de Janeiro. Sem dúvida, foi essa a declaração mais inconsistente do presidente da República. O besteirol destaque de seu arsenal de gafes.

Editorial

Na Argentina pega o pau. No Brasil, o povo relaxa e goza

13 / 01 / 08

O caos aéreo não é um privilégio dos brasileiros. Também na Argentina, o céu não é de brigadeiro. Porém, uma diferença na maneira de reagir desses dois povos deve ser analisada. Os brasileiros se conformam com tudo, relaxam e gozam. Lá, nas terras portenhas, pega o pau, mas ninguém goza e muito menos relaxa.

Segundo notícia postada na internet, pela agência Reuters, “passageiros frustrados destruíram guichês e atiraram objetos nos funcionários da Aerolineas Argentinas, no principal aeroporto argentino, no sábado, 12 de janeiro, depois que a maior companhia aérea do país cancelou os vôos internacionais, pelo segundo dia consecutivo”. Tudo isso por conta dos “atrasos provocados pela greve dos carregadores de bagagem e pelo abandono dos guichês. A greve por melhores salários vem provocando atrasos no aeroporto situado em um subúrbio de Buenos Aires desde sexta-feira, 11”, afirmou a Reuters. Milhares de passageiros ficaram presos no local após a Aerolineas Argentinas cancelar seus vôos internacionais, segundo a imprensa local. A Aerolineas Argentinas é controlada pela Marsans, da Espanha, que detém 95 por cento da empresa, e o restante é do governo argentino.

As atitudes adotadas pelos argentinos, em períodos de crise, quando as autoridades tomam decisões que prejudicam a população, diferenciam esse povo de seus vizinhos da América do Sul. Medidas econômicas antipáticas e nocivas ao bolso do consumidor, ausência do Estado em áreas essenciais como saúde, educação, segurança, transportes, etc., são rechaçadas imediatamente, por uma significativa parcela da sociedade argentina.

Esse povo guerreiro, sempre que atacado ou prejudicado em seus direitos, sai às ruas, realiza panelaço e até quebra-quebra, como maneira de chamar a atenção dos governantes para problemas cruciais. O exemplo das Mães da Plaza de Mayo é clássico e respeitado no mundo inteiro.

Da mesma forma, quando empresas concessionárias deixam de prestar serviços essenciais, para os quais são autorizadas, a reação é imediata, como agora está acontecendo, no caso da Aerolineas Argentinas, que simplesmente cancelou vôos e nenhuma explicação deu aos argentinos.

Reações desse tipo, os protestos populares na Argentina, se não desencadeiam em violência extrema e não colocam em risco a vida dos próprios manifestantes e de terceiros, devem ser respeitadas. É o direito de um povo de reagir e se manifestar, quando é desrespeitado nos seus direitos mais elementares.

Aqui no Brasil, os brasileiros preferem relaxar e gozar. Infelizmente, procedem assim.

Historicamente, os brasileiros são cordeiros, omissos. Preferem futebol, samba, foguetório, cachaçada, cerveja, drogas ilícitas, festas e eventos. É um povo alegre, sempre de farra. Ri de tudo, mesmo quando é estuprado pelos políticos e administradores públicos. Considerável parcela dos adultos, é omissa até por ignorância. Quando se propõe uma discussão qualquer, em busca de solução para um problema grave, como saúde, segurança, por exemplo, logo alguém invoca o velho bordão: “Se a gente ficar só discutindo, vamos ficar loucos. Temos que relaxar”. Nesse quadro se encaixam perfeitamente um grande número de jovens, entrincheirados em eventos e mais eventos, trilhando o submundo das drogas.

No posto de trabalho ou na escola, na segunda-feira, eles comentam as baladas, bebedeiras e rodadas de drogas do fim de semana. Na terça, agendam as festas de quarta, dia nacional do sofá, recentemente trocado pelas algazarras das lojas de conveniências de postos de combustíveis. Na quinta, contam vitórias, lembram badernas, rachas com carros e motos, choram as vítimas do asfalto e do tráfico. E na sexta, passam a planejar as festas da noite do final de semana próximo.

Tudo isso, muito bem assessorados pelos gurus das rádios fm, que são capazes de agitar até mortos no terceiro dia. Assim age e reage uma boa parcela dos jovens, aqueles que herdarão o Brasil. Se hoje eles, inclusive os universitários, alienados e omissos, nada cobram das autoridades e dos políticos, se preferem permanecer encharcados de álcool e anestesiados pelas drogas, não terão herança no futuro. É do conhecimento nacional, que a classe média consome 65 das drogas ilícitas, que é comercializada no Brasil.

Felizmente, ainda podemos contar com as boas exceções: jovens que se divertem, mas que verdadeiramente estudam e até trabalham. São os chamados “caretas”. Num futuro bem próximo, eles serão os administradores das empresas públicas e privadas; serão os empregadores. E, os muitos loucos, extremamente alegres de hoje, cheiradores até de cueca suja, beberrões, destes, os que sobreviverem nas batalhas do trânsito e na guerra do tráfico, terão que se contentar com posições inferiores, subalternas, menos remuneradas. Serão os empregados, os comandados. Se é que conseguirão emprego, no cada vez mais competitivo mercado.

Recentemente, convivi, bem de perto, com um grupo de Angolanos, no balneário Ponta do Papagaio, um paraíso que Palhoça, em Santa Catarina, oferece ao mundo. Constatei aquilo que já sabia. Jovens e adultos de outros países conhecem, talvez, até mais dos importantes temas, dos recursos naturais e problemas do Brasil, que uma grande maioria dos brasileiros.

Aqui, no Brasil, impera o desrespeito com a nação, por culpa da alienação. Somente para citarmos um exemplo recente, o presidente da República jurou, nos últimos dias de 2007, que não haveria aumento de impostos. Até puxou as orelhas do ministro da Economia, Guido Mantega, que anunciou medidas tributárias para compensar a perda da CPMF. Mas, logo a seguir, o sr. Lula da Silva (Cháves Morales), autorizou o aumento do IOF, penalizando os brasileiros com mais impostos, uma sociedade que já paga a maior carga tributária do mundo. Mentiu à Nação, o presidente, que há anos age de maneira dissimulada, sempre dizendo uma coisa e realizando outra. E o pior aconteceu com a fala do ministro Mantega: quando cobrado pela imprensa, ainda saiu em defesa do chefe maior da república do mensalão. Na maior cara de pau, algo somente atribuído a quem perdeu qualquer noção de dignidade e ética, o sr. ministro disse que Lula da Silva, o falastrão, prometera que não aumentaria impostos em 2007. Mas, a declaração do presidente aconteceu nos últimos dias do ano. Ambos assumiram posturas nada condizentes com os cargos que ocupam. Não respeitaram os brasileiros.

Façam isso na Argentina, e o povo sairá às ruas para protestar. Seria um panelaço ensurdecedor. Aqui, no mais grave momento do apagão aéreo, uma crise sem precedentes, a ministra amiguinha de Lula da Silva, a loirosa Martha Suplicy, aconselhou o povo a relaxar e gozar. Quando ocorreu a tragédia com o avião da Tam, matando 199 pessoas em São Paulo, e a imprensa cobrou uma posição do Governo Federal, um de seus membros, outro amiguíssimo de Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, o ministro de qualquer coisa, fez gestos obscenos à Nação. Mais uma vez, o governo humilhou os brasileiros. Um gesto horrendo de um homem desqualificado, praticado no Palácio do Planalto, a poucos metros da mesa do sempre sindicalista Lula da Silva.

Omissão e alienação não podem fazer parte do currículo de um povo, que sonha com o progresso e a organização social.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Editorial

Do direito humanitário às benesses da justiça

10 / 01 / 08

Os brasileiros costumam dizer que a justiça no país “não funciona”. De certo modo, eles têm razão. Senão, vejamos. Um dos presos, no assalto a um supermercado, em Itajaí (leia matéria, neste site), é condenado a mais de 100 anos de prisão. Nicolau Werenicz, 59 anos, autor de roubos milionários, no Sul do país, desde a década de 1970, foi beneficiado com a saída temporária, e nunca mais se apresentou à justiça do Rio Grande do Sul. Era considerado foragido.

No estado de Santa Catarina, os juízes também costumam ser muito caridosos, na prática daquilo que se denomina de direito humanitário. Os senhores e senhoras da capa preta, liberaram um considerável número de sentenciados, para festarem, nas ruas, durante o Natal e o Reveillon. Até o dia 4 de janeiro, data prevista para o retorno, 250 bandidos, alguns acusados por estupro, homicídio, roubo, assalto, não tinham retornado à Penitenciária de Florianópolis e à Colônia Agrícola de Palhoça. O que os transforma em foragidos.

Questionemos! Não nos calemos! Cobremos uma postura mais apropriada da justiça. Como pode, um criminoso violento, perigoso, como esse tal Nicolau Werenicz, condenado a cumprir mais de 100 anos de cadeia, ser liberado para passar sete dias com a família. Ele passou sete dias, sim, com as famílias das novas vítimas, assaltando, roubando, ameaçando matar. Criminoso como Nicolau e esses que foram gentilmente liberados para as festas, na Grande Florianópolis, deveriam cumpri integralmente as sentenças. No caso de Nicolau, 100 anos são 100 anos. Nem um dia a menos.

Desde as décadas de 1970 e 1980, muito escrevi sobre os crimes praticados pelo bandido Nicolau. Um bom homem, segundo o juiz que o libertou. Um bandido violento, segundo os policiais. “Eu mato para não deixar provas", é a frase favorita de Nicolau. No assalto a um supermercado, em Itajaí, dois bandidos, parceiros de Nicolau, morreram, no intenso tiroteio com policiais. Felizmente, morreram.

Quando a imprensa, legítima representante da sociedade civil, questiona essas benesses da justiça, aqueles que representam o Poder Judiciário, instituição que deveria ser bem mais rigorosa no combate à criminalidade, alegam, simplesmente, que estão cumprindo a lei. “A lei que protege os bandidos”, diz a voz do povo. Liberam bandidos perigosos, em cumprimento à lei. Temos que admitir, são forçados a cumprir a legislação, mesmo sendo ela de procedência duvidosa. Mas, certamente, se as vítimas de estupro, latrocínio, homicídio, assalto, roubo, fossem sistematicamente familiares de membros do Judiciário, é óbvio que a justiça não liberaria bandidos com tamanha facilidade. Mesmo sendo cega. Estudos mais aprofundados, com base na psicologia forense, seriam realizados em cada um dos condenados, com direito às regalias da liberdade. Que, com certeza, não seriam concedidas.

E por que afirmamos que são leis de procedência duvidosa? Porque seus autores, membros do Congresso Nacional, Câmara e Senado, muitos deles, transformaram a instituição que representam em esconderijo da justiça, beneficiados que são pelo estatuto da impunidade, na forma de imunidade parlamentar e foro privilegiado. Por isso, a legislação que produzem, principalmente a penal, quando já não caducou, acaba beneficiando os autores de crimes e prejudicando as vítimas. Até porque, convenhamos, não se pode esperar leis rigorosas daqueles que se envolvem em crimes de corrupção – como o mensalão. Tais leis, de procedência duvidosa, acabam por beneficiar bandidos de colarinho fino e importado e também os criminosos do tênis sujo.

Tratemos, também, do direito humanitário. Uma versão caipira do Direito, que, invariavelmente, costuma privilegiar os bandidos, a começar pelo consagrado “em caso de dúvida, pró réu”. Qualquer advogado de porta de cadeia está devidamente preparado para proporcionar dúvidas em delegacias e tribunais, fabricando álibis que nem sempre são investigados devidamente. Advogados e muitos juízes, defensores dessa vertente humanitária, se debruçam sobre processos, inicialmente vasculhando em busca de alguma falha de instrução, de alguma prova mais frágil, para devolver o criminoso às ruas, onde ele volta a cometer os mesmos tipos de crimes.

Há que se mencionar, ainda, a ardorosa ação de grupos de direitos humanos, sempre muito empenhados em socorrer e agradar bandidos e seus familiares, mas que jamais estendem uma mão, jamais dedicam um gesto de carinho para as vítimas ou seus parentes enlutados. O direito humanitário se mistura com teses de um socialismo caótico e deságua na política clientelista do governo da república do mensalão. Como se vê, todos unidos formam um grupo poderoso, que trai e penaliza o cidadão honesto. Favores e teses humanitárias protegem delinqüentes que, em se tratando de robustos menores, são chamados de “meninos – Não se pode penalizar esses meninos” – disse, não faz muito tempo, o presidente Lula da Silva, dias após um grupo de adolescentes ter arrastado, com um carro roubado, um garoto até a morte, no Rio de Janeiro.

Benesses da justiça, liberdade sem critérios para a bandidagem, impunidade para os corruptos, teses do direito humanitário, estão elevando a criminalidade a números alarmantes. E os brasileiros, que pagam uma das maiores cargas tributárias do mundo, não tem direito aos elementares quesitos de segurança pública.

Quem pode, paga a segurança privada, cuja significativa renda, verdadeiras fortunas, vai cair, quase sempre, nas mãos dos próprios políticos. Quando donos das empresas de segurança e fábricas de produtos eletrônicos, os políticos são os beneficiários diretos da desgraça do povo. Se não são os proprietários, acabam se beneficiando, indiretamente, com o financiamento de campanha, caixa dois. Assim, para alguns políticos, o crime é conveniente. Com o crime correndo solto, alguns políticos safados estão ganhando muito dinheiro.