terça-feira, julho 09, 2013

A IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS É UMA FARSA

O Brasil tem médicos suficientes para atender a população. O que falta é infra-estrutura e recursos públicos

É muito triste, decepcionante, revoltante, viver num país, onde os gestores da coisa pública estão, constantemente, trapaceando, enganando o povo. Em qualquer situação, mesmo nos momentos mais críticos, os donos do poder tentam tirar proveito.

Mais um capítulo dessa novela requentada, está acontecendo agora. O povo saiu às ruas, com faixas e cartazes, protestando sobre quase tudo – de maneira desorganizada, temos que admitir –, e as “otoridades” da republiqueta do mensalão não deram ouvidos. Em dezenas de manifestações, cartazes e palavras de ordem imploravam por uma solução para a grave crise da saúde pública no Brasil.

Mas, a tia surda não deu ouvidos às vozes das ruas. Muito pelo contrário. Aproveitou-se do momento de crise, para aplicar mais um golpe. A importação de médicos é um golpe. Mais um golpe da organização criminosa que se apoderou do país.

É muito triste. É deprimente, constatar a forma autoritária como a senhora Dilma Rousseff está tratando um tema da maior relevância. Está colocando os interesses ideológicos e partidários acima das prioridades da Nação e de seu povo. Por trás desse gesto aparentemente nobre e supostamente revestido de senso administrativo, está uma intenção maquiavélica, egoísta, rançosa. Que é trazer de volta ao Brasil, os quase médicos petistas, que se formaram em faculdades fajutas de Cuba.

Números confiáveis indicam que o Brasil não precisa importar médicos. Existem, hoje, no país, cerca de 350.000 médicos (um médico para cada 543 habitantes), o que supera as expectativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), que aconselha um profissional da medicina para cada mil habitantes.

Estatísticas indicam que, atualmente, o Brasil forma 16.500 médicos por ano, em 183 escolas, das quais 79 são públicas (48 federais, 24 estaduais e sete municipais) e 104 privadas. Lideranças dos médicos vêm denunciando, em muitas manifestações, que não faltam médicos, no Brasil. Mas a tia surda não escuta.

O que nos falta – denunciam – é infra-estrutura básica: ambulatórios, hospitais, profissionais para-médicos, equipamentos, medicamentos e material básico. Nos hospitais, Brasil afora, faltam desde gaze, esparadrapo, seringas, anti-sépticos, esfigmomanômetros (para medir a pressão), estetoscópios, até aparelhos de raio-X e laboratórios de análises clínicas, mesmo para realizar um simples hemograma. Falta tudo. E o que existe está sucateado.

Não é simplesmente por vaidade e egoísmo, que os médicos preferem se estabelecer nos grandes centros. É praticidade. Não existe estrutura para um médico trabalhar em regiões remotas, onde não há investimentos básicos de saúde.

A importação de médicos não vai resolver nada. De nada adianta nomear um médico para uma determinada cidade, se ele não tem o mínimo, para atender a população. Se não pode fazer praticamente nada, nem sequer curativos ou aplicar injeções. Sem recursos, o sistema da ambuloterapia vai continuar sendo a falsa saída, para resolver questões de saúde.

Devemos ressaltar, ainda, que muitos profissionais, mais abnegados,  concordaram em trabalhar no interior. Se deixaram convencer pelas promessas de salários atraentes, e agora, lutam na justiça para receber dívidas trabalhistas.

Precisamos esclarecer de que forma a organização criminosa montou a farsa. Despejar 6.000 médicos cubanos no Brasil é uma vocação antiga do PT. Lula da Silva, o arquiteto do mensalão, já sonhava com isso. Primeiro, precisamos determinar que tipo de formação têm os chamados "médicos internacionalistas". A principal Faculdade de Medicina de Cuba fica na ELAM, Escolas de Las Américas. Essa, forma os médicos destinados a atender a elite cubana, inclusive a família Castro. Já os médicos internacionalistas, que são formados aos milhares, não freqüentam as salas da ELAN. Eles passam por "cursos de formação acelerada".

Segundo denúncias muito bem fundamentadas, a formação destes médicos internacionalistas cubanos equivale à de um enfermeiro no resto do mundo. A formação deles equivale aos chamados "médicos de pé-no-chão", formados na África, para atuar em situações de pobreza extrema. São preparados para dar assistência primária: fazer curativos, aplicar injeções, realizar pequenas cirurgias, tratar doenças básicas como gripes e resfriados, ferimentos, etc.

Os médicos que o Brasil pretende importar de Cuba, se vestem de branco, como é de praxe. Mas, certamente, por baixo do jaleco branco, usam cuecas vermelhas. Muitos foram beneficiados com bolsas de estudo, que Cuba “oferece” para os países favoráveis ao regime, principalmente Venezuela, Brasil, Bolívia. Mas, tenham certeza que não é de graça. Nós estamos pagando pelas bolsas, para sustentar a ditadura sanguinária da família Castro.

A rede vem denunciando: Essas bolsas são concedidas a membros dos partidos políticos dos governos que apóiam Cuba. Em 2006, houve uma seleção para candidatos a estas bolsas, para estudar medicina em Cuba. Segundo denúncias, os beneficiados são membros do PT e seus familiares ou amigos. Filhos de senadores, deputados, vereadores e outros filiados se formaram em 2012. E querem porque querem voltar para o Brasil, como médicos. Mas não conseguem ser aprovados no “exame Revalida”.

Nesse detalhe mora o golpe. A organização criminosa montou a farsa da importação de médicos cubanos, com a desculpa de suprir postos de trabalho, que os profissionais brasileiros não querem ocupar. Detalhe importante do golpe, é a dispensa da prova de revalidação de diploma.

Por que dispensá-los da prova de revalidação de diploma? Se a proposta do Governo Federal fosse séria, os médicos, cubanos ou de outra nacionalidade, passariam pela prova. O problema é que eles não têm a necessária qualificação. Mais uma vez o Governo Federal está impondo motivação ideológica acima dos interesses da Nação e dos brasileiros. É justamente assim que agem as organizações criminosas. 

(Baby Espíndola)

quarta-feira, julho 03, 2013

A FARSA DO HORÁRIO GRATUITO DE RÁDIO E TELEVISÃO



Parece que o horário é gratuito. Mas não é. O dinheiro é saqueado dos cofres públicos

Parece que uma das especialidades do Brasil é a farsa, a mentira. Mentira institucional, que, com o alongamento do tempo, passa a ser verdade. Assim acontece com o suposto “horário gratuito de rádio e tv”, destinado aos partidos políticos. Que é quando bandidos de gravata invadem nossas salas e se infiltram em nossos ouvidos, para dizer besteiras, e fazer promessas que nunca cumprem.

Somente em 2012, quando das eleições para prefeitos e vereadores, vazaram, dos cofres públicos, R$ 606 milhões, para sustentar o horário eleitoral. Que, visto desse modo, não é nada gratuito. É muito bem pago. O tal “horário gratuito” está incluso na chamada tabela publicitária integral, uma benesse oficial às emissoras de rádio e televisão.

NOTÍCIA MAQUIADA – Pelos números, que não passaram por um processo de dieta, pode-se entender porque as redes de televisão demoraram tanto a assimilar a ideia de que há uma revolução social, uma manifestação generalizada de descontentamento, nas ruas.

Na primeira semana de protestos, os telejornais tratavam apenas de reivindicações sobre o transporte coletivo. Mesmo quando as imagens mostravam faixas reivindicando verbas para saúde, educação, segurança, o texto se resumia ao passe livre para estudantes.

Não é só a cara dos apresentadores que recebe a caiação da maquiagem. As notícias da televisão também são estrategicamente maquiadas.

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terça-feira, julho 02, 2013

O RESULTADO DA COPA CONSAGROU A CORRUPÇÃO


Mas, foi péssimo para os brasileiros, que trabalham duro, para pagar impostos, que sustentam os usurpadores de palácios.


O resultado da Copa das Confederações pode ter sido ótimo para o futebol brasileiro, particularmente, para uma constelação de estrelas de chuteiras.

Sensacional, para a Fifa, que foi embora mais rica e poderosa, deixando para trás, um rastro de destruição e miséria, que contrasta com a opulência dos estádios, alvos de protestos e denúncias de corrupção.

Não há como ignorar a euforia dos palacianos de Brasília, que assaltaram os cofres públicos, e que desviaram bilhões de reais, de áreas carentes, como saúde, educação, transporte público, segurança, para construir estádios.

A tia surda, que não ouviu as vaias, na abertura da copa, escutou, perfeitamente, as três sequências  de aplausos, que consagraram os gols. Mesmo assim, preferiu não arriscar uma segunda vaia.

Não há como negar. O resultado do jogo emprestou um aval à canalhice, à roubalheira de dinheiro público.  

Mas, foi péssimo para os brasileiros, que trabalham duro e honestamente, e que pagam impostos, a maior carga tributária do mundo, para sustentar uma corja de canalhas, usurpadores de palácios.

Enquanto parte do povo geme, nas portas dos hospitais, outros, abençoados pelo poder, gritam “olé”, nos estádios possivelmente superfaturados.

– Porque, no Brasil, a saúde é uma doença quase incurável, e o dinheiro foi desviado para o futebol.

Enquanto alguns desfrutam do ensino particular, milhares tateiam na escuridão da ignorância, nas escolas públicas, vítimas das mazelas e da violência.      

– Porque, no Brasil, a educação não é prioridade, e as verbas são desperdiçadas com obras supérfluas.

Enquanto muitos vivem cercados de segurança e grades de aço, milhares tombam nas ruas e becos imundos.

– Porque, no Brasil, a segurança é privilégio de poucos, enquanto a população é atirada a lobos e chacais.

Temos que reconhecer. O resultado da copa da corrupção foi uma benção para o poder maligno e insensível. E está sendo usado para abafar as vozes das ruas, que clamam por justiça, dignidade e um pouco de respeito.

Por fim, quero dizer que considero uma grande incoerência, alguém protestar, veementemente, nas ruas, apoiar manifestações populares, para depois se amotinar, diante da televisão, como torcedor fanático. É quase um caso de dupla personalidade. Falta de caráter, mesmo.

Devemos lembrar que a maioria dos protestos foi motivada pela gastança de dinheiro público, com a construção de estádios. Então, não há como protestar, fora dos templos do futebol, e vibrar com os resultados do gramado. Os agentes da corrupção e as celebridades de camisa amarela participam do mesmo jogo sujo.







sexta-feira, junho 28, 2013

POR IDEOLOGIA, POLÍTICOS PROTEGEM MENORES DELINQUENTES




A tese da redução da maioridade penal vem esbarrando nas muralhas vermelhas do Planalto

Um delinquente de 13 anos foi preso (dizer que foi apreendido, é frescura), na noite de quarta-feira, 26 de junho, armado com uma pistola 7.65, com silenciador. Quem anda nas ruas, com uma arma desse tipo, ‘tá pro crime’.

Na casa onde ele tentou se esconder, no bairro Costeira, em Florianópolis, policiais militares encontraram um quilo de maconha, balança de precisão, e cocaína de bicarbonato de sódio, para engordar o “pó”. Detalhe relevante: está foi a 13ª. detenção do menor, num curto espaço de tempo. 

A PM gastou combustível, para transportar o traficante até a 6ª. DP, a delegacia criada para amparar crianças vítimas da violência, mas que também protege menores bandidos. Policiais, que poderiam se ocupar em outras atividades, perderam tempo fazendo relatórios. Porém, o delinquente foi liberado. Deixou a delegacia antes dos policiais, que lá ficaram “presos”, envolvidos com a burocracia. Voltou para o mundo do crime, porque o Estado não tem um local para deter menores infratores.

Mas, vamos encontrar um lugar, sim. Vão, aqui, algumas sugestões. Que tal hospedar o bandidinho na Casa D’Agronômica, onde mora, pomposamente, o governador Raimundo Colombo? Talvez o garoto possa ocupar um quarto de hóspede, na moradia do Secretário de Segurança, César Grubba. Quem vai adorar hospedar o menor traficante é a secretária de Justiça, Ada De Luca. Ada e Grubba estão ocupando cargos errados. Deveriam ser assistentes sociais, ou militantes dos direitos humanos.

Mas, esse não é um “privilégio” de Santa Catarina. É um grave problema nacional. E deveria ser uma das principais bandeiras das mobilizações. Mas, infelizmente, as vozes das ruas pouco falam sobre a redução da maioridade penal, e sobre o destino que devemos dar aos menores infratores, alguns deles, bandidos sanguinários, perigosos.

Não importa que destino o Estado / Nação venha a oferecer aos milhões de menores, que praticam crimes mais violentos que muitos bandidos adultos. O que não se pode concordar, é que eles continuem soltos, aterrorizando, matando, roubando, assaltando, estuprando, sequestrando. Queimando pessoas vivas, atirando no peito ou na cabeça de crianças, no colo dos pais. Assassinando para roubar um celular. É um terrorismo que está deixando a população enjaulada, trancada atrás de muralhas, olhando para o sol por detrás das grades de portas e janelas.

O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deveria sentir vergonha, quando se posiciona contrário à discussão sobre a redução da maioridade penal. A presidente Dilma Rousseff também não tem o direito de proteger menores bandidos, enquanto abandona o povo aterrorizado. Quando se posicionam, ideologicamente, em defesa dos delinquentes, Dilma e Cardozo não estão sensibilizados por causas humanitárias. É militância política. O crime dá votos. Bandidos de 16 anos votam e fazem campanha. Preferencialmente, para o PT, de armas nas mãos, em comunidades carentes.

Três projetos de lei estão tramitando, lentamente, no Congresso. Mas, há anos, a tese da redução da maioridade penal vem esbarrando nas muralhas vermelhas do PT. Lula da Silva e Dilma Rousseff, os guardiões do templo da imunidade, se mostram irredutíveis.

Atitudes confusas, motivadas por ideologias político-partidárias, prejudicam a Nação e geram uma sensação de impotência, um desânimo doentio. Paralelamente ao ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – e outras vertentes, criados para garantir privilégios de minorias, nasceu e floresceu o IBI – Instituto Brasileiro da Impunidade. 

Quero dizer, a essas autoridades delicadas que, quando o ECA foi editado, em 13 de julho de 1990, o perfil dos infratores era bem diferente. As crianças da época furtavam frutas do vizinho e jogavam pedras em beija-flor. Ainda tinham um resquício de disciplina e obedeciam às regras dos pais e da escola. Hoje, os alvos das “crianças e adolescentes” são outros.

Quanto à questão de alojamento, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça, certamente, têm centenas de acomodações para abrigar menores bandidos. Se Dilma, Lula e Cardozo  gostam tanto deles, que os levem para seus palácios. Porque, nas ruas, os brasileiros não os aceitam mais.

[Baby Espíndola]


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terça-feira, junho 25, 2013

A TIA SURDA TENTA CALAR AS VOZES DAS RUAS



O encontro com a presidente foi um monólogo. Os governadores e prefeitos permaneceram submissos, calados, como passarinhos na muda da pena

O grito do povo começou como o miado de um gatinho delicado, se transformou em uivo uníssono de uma alcateia de lobos e hoje já é o rugido de um leão com fome de justiça e dignidade.

Mas, a turma de Brasília – incluindo aqueles e aquelas com know-how em terrorismo, seqüestro, assaltos a bancos, entre outros crimes – insiste em não escutar as vozes das ruas. Em resposta, às muitas reivindicações, que pautam mudanças nas áreas de saúde, educação, transporte público e segurança, a guardiã do templo da corrupção acenou com propostas absurdas, praticamente impossíveis de serem alcançadas, justamente porque o vírus do mal continua intocado.

Para fazer uma suposta reforma política, a tia surda encheu o peito, como gaúcho de fronteira, e anunciou um plebiscito. Um plebiscito, que deverá desaguar numa constituinte, até pingar gostas reformistas. É um caminho muito longo e dolorido a ser percorrido. A consulta popular já está nas ruas, de forma voluntária. O povo já se manifestou. Desde crianças até senhores e senhoras de cabelos brancos se juntaram aos jovens, para protestar. E deram o recado, disseram o que querem. Não precisa plebiscito. O mais grave é que a convocação de uma constituinte não é atribuição da Presidência da República. Ninguém avisou Dilma Rousseff.

Os palacianos se esqueceram que a Constituição Brasileira é taxativa ao vetar a possibilidade de convocação de uma Constituinte, com finalidade específica: a reforma política. E que a proposta de plebiscito, para a tal Constituinte, tem de ser feita por meio de decreto legislativo, apresentado, unicamente, por deputados ou senadores. Ficou claro, então: a ideia palaciana é ganhar tempo. Tentar calar as ruas, pelo cansaço.

A presidente está, na verdade, tentando ganhar tempo. Quer calar as vozes das ruas, com promessas mirabolantes. Fantasias sobre a destinação dos royalties do petróleo, o que equivale a um ovo futuro naquilo da galinha. Importação de médicos, de origem suspeita, para resolver os graves problemas de saúde. Por trás dessa “boa” intenção presidencial, está embutido o projeto do PT de introduzir médicos cubanos e trazer de volta petistas que estudaram em Cuba.

O problema da saúde pública não se resume à falta de médicos. Está na escassez de dinheiro. Com uma melhor remuneração, os médicos marcharão rumo às cidades do interior. Mas o SUS é vergonhosamente econômico na hora de remunerar.

O ponto mais positivo, anunciado por Dilma Rousseff, é a tentativa de transformar a corrupção dolosa em crime hediondo, inafiançável. Iniciativa que vem com décadas de atraso. Também merece destaque, o anúncio de investimentos de R$ 50 bilhões, em obras de mobilidade. Projeto velho, que estava incluso no pacotão sobre obras da Copa do Mundo de Futebol, que fora esquecido, e que agora ressurgiu das cinzas.

É triste, mas temos que admitir. O encontro com Dilma Rousseff foi um monólogo. Os 27 governadores e 26 prefeitos de capitais permaneceram calados, como passarinhos na muda da pena. Sorridentes e submissos, ouviram o longo discurso da tia surda, sem contestação. Muito conveniente. Raimundo Colombo (PSD), que tenta se aproximar do Planalto, até tentou botar um ovo, sentado, no joelho da tia. Colombo tem planos para navegar em águas mansas. 

Foram anunciados cinco pactos. Até pacto para ensopar pato foi lançado. Mas, sobre o pacto federativo, a redistribuição da renda, com um quinhão maior para os municípios, a presidente nem mesmo tocou no assunto. Embora tenha falado sozinha por mais de meia hora. Senhora, o povo tem medo de pactos. No primeiro mandato de Lula da Silva, um pacto se avolumou e deu origem ao mensalão. 

O que está ocorrendo é que as manifestações se avolumam, se multiplicam, por todo o país. Em alguns cenários, já parece ser uma revolução. Porém, a turma de Brasília, que ocupa os muitos palácios e o Congresso Nacional, parece insensível às vozes, aos rugidos das ruas.

Certamente, os insensatos e desonestos do Planalto nunca leram sobre a Tomada da Bastilha (Prise de la Bastille) e a Resolução Francesa de 1789. E ainda não se aperceberam que todo movimento de contestação tenta chegar aos palácios.

Baby Espíndola


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domingo, junho 23, 2013

AS MISTURANÇAS DE FUTEBOL E POLÍTICA

Os políticos oportunistas tiram proveito do futebol. O Brasil de chuteiras dá votos


Ao se manifestar sobre os trovões dos protestos, que sacodem o Brasil e ecoam no mundo, Carlos Alberto, o Parreira, chutou uma grande bobagem. Aos jornalistas, que babam jogadores, Parreira insistiu numa teoria estapafúrdia. Afirmou, com ufanismo verde-amarelo, que “futebol e política não se misturam”.

Ah, se misturam, sim. E muito. Na verdade, a política está embutida em tudo. Quando você oferece um sagrado pãozinho ao seu filho, lá está a desgraçada da política, sob a forma de impostos, política de produção e armazenamento do trigo, regras para cultivo, ou medidas regulatórias de importação.

Quando alguém presenteia uma criança, com uma bola de futebol – chegamos ao ponto, Parreira –, está pagando impostos embutidos, que tornam cada chute muito caro. Além disso, a empresa que produziu, a loja que vendeu a bola, pagaram pesados impostos, e também arcaram com encargos sociais que tornam a atividade mercadológica quase impraticável.

Então, veja, senhor Parreira. Até aqui, o roteiro cruza futebol com política, que podemos classificar como intromissão do Estado/Nação.

E, o senhor sabe muito bem, o quanto a política interfere no futebol. Durante a era do Governo Militar – ah, o senhor, com certeza, lembra muito bem! –, um presidente indicava jogadores para a Seleção Brasileira. A Wikipédia insinua que "o título (o tricampeonato) serviu de propaganda política, quando o país estava no auge da ditadura militar". Parreira era membro da comissão técnica.

O senhor Parreira também sabe muito bem o quanto os políticos oportunistas tiram de proveito, a cada quatro anos, com os resultados da Copa do Mundo. O Brasil de chuteiras dá votos. Por conveniência, a Copa Mundial coincide com o calendário eleitoral, para presidente da República e outros cargos eletivos. Muito conveniente, principalmente quando os canarinhos cantam em campo.

Então, senhor Parreira, está satisfeito? Agora, acredita que futebol e política se misturam? Se essa argumentação não foi suficiente para convencê-lo, pretendo acrescentar outros detalhes, para reavivar sua memória.

Conhece João Havelange? Ah, claro que conhece. Parreira foi guru dele, a partir dos anos 70, na CBD (Confederação Brasileira de Desportos) e, depois, na herdeira CBF, Havelange também opinava sobre um certo distanciamento entre futebol e política. Mas, soube, como poucos, tirar proveito da relação com os militares e com outros presidentes, que os sucederam. Um ensinamento que Parreira aprendeu, como bom discípulo. Pois também soube tirar proveito dos políticos, que gerenciam a política, que dita ordens para a CBF.

Pois muito bem, Parreira, Parreirinha, Parreirão, por fim, vou lhe lembrar um hino de reação: “Caminhando e cantando e seguindo a canção (...). Geraldo Vandré. Música proibida pela censura, no Governo Militar. Pois é. Naqueles tempos, eu rodava Vandré, numa rádio. Era só para provocar os órgãos de repressão. Também rodava canções campesinas do ativista político chileno, Victor Jara. Também só para discordar das regras impostas. Eu combatia o Governo Militar, no qual o senhor Parreira estava encostado.

Mas, os tempos mudaram. Hoje eu contesto atitudes do governo da republiqueta do mensalão. E você, Parreira, continua coladinho na CBF, no Governo Federal. É coordenador técnico da seleção. Mudaram os patrões, uma estrela vermelha tomou o lugar das estrelas douradas dos generais, e Parreira continua aproveitando todas as benesses, dessa mistura volátil e explosiva de futebol e política.


Viu, Parreira. Futebol e política jogam juntos. Então, deixa os jovens protestarem, contra as gastanças nos estádios, contra a corrupção. E não atrapalha. Carrega os sacos de bolas, com a marca da Fifa, e vai cantarolando esse refrão: "Quem sabe faz a hora / Não espera acontecer". E não diz bobagem, Parreira.
(Baby Espíndola)

sexta-feira, junho 21, 2013

A INVASÃO DA TURMA DA CUECA VERMELHA



Venceu “a voz das ruas”, um trovão, que sacode o chão e eleva o eco até as nuvens.



Manifestantes queimaram várias bandeiras do PT, em diversas cidades. 

A turma da cueca vermelha é mesmo sem vergonha, muito descarada. Além de tudo, dissimulada. Nas manifestações de quinta-feira, 20 de junho, em algumas das grandes cidades, militantes do PT se misturaram, acintosamente, entre os manifestantes. Antes, em outros protestos, os cueca vermelhas do PT agiram, sorrateiramente, ao lado de membros de partidos radicais, para provocar a desordem, depredação do patrimônio público e privado, saques e roubos.

É muita cara de pau. Os protestos visam o PT, principalmente porque Lula da Silva e a tia surda resolveram gastar bilhões de reais, em obras que não são prioritárias para o povo brasileiro. Negligenciaram a saúde, a educação, a segurança, o transporte público, apenas para citar algumas áreas, e investiram pesado em estádios suntuosos. Agiram como os tiranos da Roma antiga – pão e circo para o povo. Na versão brasileira, além de pão e circo, drogas, muitas drogas.

A tia surda não ouviu. O grito de guerra traduz uma só versão: se não tem dinheiro para hospitais, para escolas, como então apareceu uma dinheirama para gastar nos estádios do pão e circo? Em outubro de 2007, quando Lula da Silva arrastou a Copa da Fifa para o Brasil, a peso de ouro, sabemos, já havia uma estimativa de que o Mundial de Futebol do Brasil consumiria 5 bilhões de dólares, com a probabilidade de chegar a cifras bem maiores. (Com dados da Revista Veja). Cinco bilhões de dólares, ou mais de 10 bilhões de reais para a gastança nos estádios. Obras sob suspeita de superfaturamento. Mas, o povo quer é hospitais, com padrão de estádio, dizem os cartazes.

Consultei um engenheiro civil e um perito em licitações públicas, e questionei sobre o número de obras na área da saúde, possível de realizar com 5 bilhões de dólares. Sem cálculos rigorosos, por estimativa, chegou-se a conclusão de que poderiam ser erguidas e equipadas mais de 150 Upas – Unidades de Pronto Atendimento. Mais saúde para o povo, que morre nas filas dos hospitais, por falta de médicos, remédios e leitos.

A infiltração de baderneiros de cueca vermelha não deu o resultado esperado. Por isso, suas lideranças estão frustradas. A mídia soube separar o joio do trigo. Ficou bem claro o que é manifestação pacífica e ordeira e o que é baderna. Sabe-se que a banda honesta da Polícia Federal está investigando a origem da desordem, que tenta desqualificar as manifestações ordeiras e pacíficas.

Na verdade, a aparição repentina dos petistas foi uma estratégia muito mal planejada. Os cueca vermelhas (cuecas com dólares) se deram mal. Apanharam nos beiços, foram hostilizados, e as malditas bandeiras do mal arderam em fogo intenso, sob os aplausos de milhões de brasileiros e pessoas de boa fé, que assistiam pela televisão e pela internet, em outros países. Só não deu de ver onde os manifestantes enfiaram os mastros das bandeiras vermelhas. Mas, sabe-se que os petistas, humilhados, fugiram gemendo e choramingando, e foram se queixar ao vovô Lula.

O grande especialista em distúrbios sociais dos anos 70, repreendeu, duramente, os petistas baderneiros, pelo fracasso. Lula da Silva, quando fazia agitação, quebrava tudo, e depois costumava se refugiar numa grande igreja, em São Paulo, onde era consolado.

É claro, foi só uma coincidência. A decisão de introduzir os petistas, no seio das manifestações, foi adotada logo depois da reunião de Lula, a tia surda e o criador do kit gay, prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Se a ordem de introduzir os petistas nos protestos dos brasileiros, não partiu deles, o trio do mal nada fez para impedir. Alguém deu essa ordem envolta em cinismo. O que faz o PT numa manifestação que cobra posicionamento do próprio governo do PT?

Porém, felizmente, venceu “a voz das ruas”, a voz que a tia surda insiste em não ouvir. A voz das ruas é um trovão, que sacode o chão e eleva o eco até as nuvens.


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quinta-feira, junho 20, 2013

TIA DILMA TEM CERA NOS OUVIDOS

Por isso, não conseguiu ouvir, até hoje, “a voz das ruas”, que exige investimentos em saúde, educação, transporte, justiça e segurança.



Tia Dilma tem cera nos ouvidos. Só pode ser. Não há outro diagnóstico. E deve ser uma cera muito antiga, resistente, quase petrificada. Recomendo uma furadeira elétrica, para desobstruir os canais de audição da presidente da republiqueta dos mensaleiros.

Tá surda, a tia. Mais de 70 mil vozes se juntaram, no Estádio Mane Garrincha, para formar uma vaia estrondosa, em cinco atos seguidos, mas ela não escutou. Agora recomenda que todos ouçam “a voz das ruas”, fingindo que não é com ela.

E continua desinteressada, quando deveria ficar bem antenada. Porque o povo brasileiro está nas ruas, e não é para brigar por centavos. A população está sintonizada na gastança, nos bilhões que o Governo Federal está gastando na construção ou reforma de estádios de futebol. Obras suspeitas de superfaturamento. Lula da Silva e sua criatura, com know-how de guerrilha, tentaram iludir o povo com pão e circo. Futebol e bolsa voto.

O plano da turma da cueca vermelha (e dólares na cueca) deu errado. O povo está nas ruas, exigindo mais qualidade de vida, mais saúde, educação eficiente, segurança e justiça. E condenando a gastança, com obras que não são prioritárias. Estes são temas nacionais. Mas cada região agrega, à temática geral, suas próprias reivindicações. O balaio da insatisfação está cheio até as alças.

Tia Dilma tá surda. Ou finge que não ouve. Primeiro, ela se recolheu ao santuário palaciano, como pomba gira cansada e sem fé, para depois reaparecer com um rosário de conselhos. A “dama de ferro” de Brasília está recomendando, que os brasileiros ouçam “a voz das ruas”. Agradecemos pelo conselho.

E, como a tia tá surda, vamos passar o letreiro, para que ela possa ler o que diz “a voz das ruas”. As vozes das ruas, senhora presidente, clamam por respeito e dignidade. Coisa que a senhora, ministros, ratos do Congresso Nacional, a politicagem de forma geral, esqueceram.

Abre bem os olhos, senhora presidente. É para a senhora e seus comandados, que o povo está gritando palavras de ordem. Só para começar a lista, a “voz das ruas” exige o seu impeachment. E, não demora muito, vai aparecer um abaixo-assinado, para recolher cinco milhões de assinaturas. Missão nada difícil, diante do mar de gente, que caminha pelas ruas de várias cidades.

A reforma política, tantas vezes prometida e sempre adiada – senhora surda –, será uma das exigências do povo, ao final das mobilizações. Um novo pacto federativo, com certeza também será cobrado. Porque os brasileiros cansaram de pagar impostos, para sustentar a canalhada de Brasília. De cada cem reais, mais de 70 são desviados para o governo dos mensaleiros. É como na Roma antiga. Todas as províncias produzem para sua majestade. E, quando uma cidade precisa de dinheiro, para um serviço público, como por exemplo, para melhorar o transporte coletivo, o prefeito se veste de súdito da rainha e cavalga para Brasília.

Um novo pacto federativo, deve inverter a pirâmide da tributação. O maior volume da arrecadação, deverá ficar, no município, onde vive o cidadão, para investimentos em obras sociais. Aí, sim, teremos um país mais justo.

A Roma antiga sumiu em meio a um incêndio. Das cinzas, brotou a esperança de dias melhores. Esse império podre, escandaloso, instalado, pomposamente, no centro do Brasil, alicerçado em princípios de submissão e corrupção, precisa ruir. Não deve ficar pedra sobre pedra, conforme profetizou o Grande Filósofo. Que assim seja.

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DA REVOLTA DE OUTONO

A explosão social, que tomou as ruas do Brasil, é resultado de anos de revolta e insatisfação


Cientistas políticos, sociólogos, profissionais de imprensa, todos estão teorizando, em busca de uma explicação lógica, que nos conduza a uma visão esclarecedora sobre a motivação das últimas manifestações públicas. Contudo, muitos, principalmente alguns profissionais de televisão, estão buscando explicações nas catracas do transporte coletivo, culpando os míseros centavos de aumento. Outros, ainda mais teóricos, estão se aventurando num labirinto de teorias que nada explicam. Na verdade mais confundem do que explicam.

Essa explosão social, que tomou as ruas e que torna difícil até mesmo uma reação das autoridades de segurança, é resultado de anos de revolta e inconformismo. Os centavos de aumento das passagens do transporte coletivo, é uma desculpa primária. Apenas um dos motivos, certamente o menos importante.

Há muitos anos, governantes e políticos em geral abandonaram a população, particularmente, a classe média. A classe média vem sendo massacrada, extorquida, explorada, arcando com a maior carga tributária do mundo. Mas sem contar com serviços essenciais de saúde, educação e segurança. Neste quesito, a violência invadiu as ruas, numa escalada jamais vista.

Os empresários vivem sufocados por uma avalanche de tributos e encargos sociais, além de juros extorsivos. Esse conjunto de fatores, somados à falência da malha viária, sucateamento de portos e aeroportos, que dificultam a exportação e a circulação da produção, está deixando a indústria brasileira sem condições de competir.

A classe média, empresários, profissionais liberais e outros segmentos da sociedade, estão produzindo para sustentar uma máfia, que tomou conta do Palácio do Planalto e se espalhou pelos ministérios, como erva daninha. No Congresso Nacional, quadrilhas – como aquela de Lula-lá e seus 40 ladrões – formaram trincheiras e se cercaram de proteção, através do imoral instituto da imunidade parlamentar. São conhecidos alguns senadores e muitos deputados federais, que usam os gabinetes para fugir da polícia e se esconder da justiça.

Justiça, instituição falida, desacreditada, incapaz de combater a criminalidade e de aplicar punição aos agentes do crime. Justiça, lenta, vergonhosamente lenta, que perde corrida para tartaruga perneta.

Tudo isso foi gerando uma insatisfação social, uma revolta – uma raiva, podemos admitir –, contra aqueles que comandam a nação, com um único objetivo de atender a seus interesses e de pequenos grupos.

No sábado, essa insatisfação ficou bem explícita, com a vaia de mais de 70 mil vozes, contra Dilma Rousseff, que, no ato de reinauguração do Estádio Mané Garrincha, personificava uma governo podre, corrupto, e que não sabe eleger prioridades. Tanto é assim que, economiza na saúde, na educação, na segurança, para investir numa obra inútil, fantasiosa, que custou um bilhão e 500 milhões de reais.

Esse é um dos grandes motivos da revolta popular. A gastança que cheira a corrupção. Não tem dinheiro para escolas, para hospitais, para espalhar mecanismos de segurança, mas sobra nos cofres para construir estádio – pão e circo, para enganar o povo.

Mas, a classe média não se deixa enganar tão facilmente, porque estuda, trabalha, produz, e tem acesso às redes sociais, o que a deixa independente, em relação às parceiras do Governo Federal, as grandes redes de televisão. Onde proliferam vozes e imagens que manipulam notícias, com objetivos claros de alienar.

No campo, a revolta é geral. Agricultores e pecuaristas vivem acuados por grupos de sem terra, sem terra e sem vergonhas e, ultimamente, índios desordeiros e preguiçosos. Só no Mato Grosso do Sul, são mais de 60 fazendas invadidas. Pecuaristas viraram nômades. Andam, permanentemente, com o gado nas costas, sobre carretas, de um lado para outro, a procura de refúgio para esconder os rebanhos. Fazendas são incendiadas e saqueadas, e quando a justiça – que no Brasil é, justamente, cega, cega e ridícula – determina a reintegração de posse, as lideranças dos índios, protegidas pela Funai, rasgam a decisão judicial. E nada acontece.

Como nada acontece com os bandidos que estão matando, nas cidades, para roubar um celular, um par de tênis. Que estão incendiado pessoas, porque tinham pouco dinheiro, na hora do assalto. Que estão espancando idosos até a morte, para roubar. Que estão matando crianças, no colo do pai, porque houve demora em entregar as chaves do carro.     

Injustiça nas cidades e no campo. Governo voltado para minorias, em detrimento de uma maioria, que ajuda a construir o país. Intransigência, insensibilidade e arrogância do Palácio do Planalto, que nem mesmo aceita discutir a questão técnica da maioridade penal. São ingredientes explosivos.

Como numa represa, a água foi se acumulando, até que apareceu uma primeira infiltração. Surgiu na forma de protesto contra o aumento da passagem, em São Paulo e em outras cidades. O vazamento tornou-se mais evidente, evidente e perigoso, ameaçador, quando agricultores, pecuaristas e outros trabalhadores realizaram mobilizações simultâneas, em nove estados, inclusive Santa Catarina. 

Mas, foi no Mané Garrincha, que a sirene deu seu grito final de alerta. A vaia estrondosa, e merecida, contra Dilma Rousseff, foi o último aviso. Foram cinco ondas de vaias seguidas. Mas ela não levou essa preocupação, ao ninho da corrupção. Puxa-sacos do Planalto menosprezaram a manifestação popular. Acharam que se tratava apenas de vaia de torcedor.

Nos fatos relatados, está a motivação que multiplicou os brasileiros nas ruas de várias capitais. Uma multidão nunca antes vista. Admitir que apenas os centavos do transporte coletivo mobilizaram as massas, é ser econômico demais, na argumentação.

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Informação com opinião.
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quarta-feira, março 13, 2013

MORADOR ENCONTRA GRANADA ADULTERADA NO BAIRRO FREI DAMIÃO

PM isolou a área, próximo ao Centro Educacional Infantil Ulysses Guimarães, em Palhoça. BOPE detonou o explosivo.


Bomba de efeito moral foi transformada em explosivo, explicou policial do PPT
Fotos: Baby Espíndola Repórter


A granada foi encontrada, por volta das 7h30, por um morador do bairro, que a entregou ao Secretário de Segurança e Defesa Civil, Leonel José Pereira, que pertence aos quadros da reserva da PM. Leonel acionou a Polícia Militar, que de imediato enviou uma viatura. Em seguida, chegou uma viatura do PPT – Pelotão de Patrulhamento Tático. Os policiais isolaram a área, entre o Centro de Educação Infantil Ulysses Guimarães e a organização não governamental CADI Palhoça. A poucos metros, também funciona uma escola da Rede Municipal de Ensino.  

O achado provocou um clima de agitação no bairro, que já havia saído do estado de rotina, desde as 7 horas, quando chegaram as máquinas, caçambas e dezenas de funcionários da Prefeitura de Palhoça, para a realização da força tarefa denominada “Mutirão da Cidadania”.

Segundo informações do Cabo Broering, do PPT, originalmente, tratava-se de uma “carcaça lacrimogênea”. Mas, como o fundo foi mexido, adulterado, seria muito difícil definir o que havia dentro da granada. Inicialmente, os policiais não descartaram a possibilidade do artefato ter sido transformado em “granada letal” – possivelmente com pólvora e pregos. Essa linha de raciocínio aproxima o achado aos recentes atentados, que abalaram Santa Catarina. 



Cabo Broering, do PPT (à direita), advertiu: “Pode ser granada letal”

O policial advertiu sobre os riscos do manuseio de “um objeto dessa natureza”. Broering afirmou que “se for uma granada com conteúdo letal, qualquer movimento pode provocar uma explosão”. Se houve mesmo a modificação, também seria difícil prever o raio de ação da granada.




A granada letal aparece, no gramado, junto ao muro. A PM isolou a área

EXPLOSÃO CONTROLADA

Por volta das 10 horas, uma equipe do BOPE – Batalhão de Operações Policiais Especiais  – removeu a granada para uma área, longe das edificações, isolou o artefato entre pneus velhos e provocou a detonação. Dezenas de pessoas, que assistiram a operação à distância, ficaram impressionadas com o poder da explosão. Como se suspeitava, de fato havia pólvora dentro da granada, originalmente fabricada como “bomba de efeito moral”.  

Constatou-se, em seguida, que o manuseio irregular, antes da chegada da PM poderia provocar uma explosão. Isso porque a bomba de efeito moral foi adulterada e transformada em granada letal.  

BOMBA DE EFEITO MORAL

A bomba de efeito moral faz parte dos chamados "armamentos de distração", usados quando se quer amedrontar ou incapacitar um inimigo sem matá-lo. A bomba de efeito moral propriamente dita é parecida com a granada militar comum. Segundo a revista Mundo Estranho, quando acionada, ela inflama uma mistura química que explode com grande estrondo, normalmente espalhando uma nuvem de talco. Há também a bomba de fumaça, usada para obscurecer a visão; a flashbang, que produz um clarão que desorienta a vítima temporariamente; e a de gás lacrimogêneo, que irrita as mucosas de olhos, nariz, boca e pulmões, fazendo a pessoa espirrar, chorar e tossir fortemente.

Mas, enquanto as granadas militares soltam estilhaços de metal mortíferos, as de efeito moral são feitas com um plástico que se desintegra - assim, não ferem ninguém, pelo menos em teoria. 


Policiais militares, a faixa de isolamento e, ao fundo, o morro Pedra Branca, um símbolo de Palhoça


segunda-feira, março 04, 2013

PRAÇA DE PEDÁGIO NÃO TEM DATA PARA MUDAR


Dnit não autorizou a mudança para a divisa com Paulo Lopes

O que antes era boato, agora está bem claro. A Autopista Litoral Sul não tem data para providenciar a transferência da praça de cobrança de pedágio, do km 221, no bairro Aririú Formiga, para o km 246, na divida com o município de Paulo Lopes. Isso que dizer que a montanha de papéis, assinada em novembro, durante pomposa festa, com direito a muitos discursos e foguetório, não teve valor oficial.

Embora a concessionária tenha se compromissado, em cumprir o prazo de 180 dias, encerrado em 28 de fevereiro, nem mesmo deu início às obras, necessárias à instalação de escritórios e cancelas de cobrança.

Felizmente, toda a frota de 79.531 veículos automotores, dos quais 46.366 são registrados como automóveis e 17.140 como motocicletas, de várias cilindragens, está liberada do pagamento do pedágio. O acordo, entre a Prefeitura e a Autopista Litoral Sul foi assinado, na manhã de 28 de fevereiro. Denominado “convênio para pagamento de pedágio dos veículos emplacados no município de Palhoça”, o documento foi assinado pelo prefeito Nirdo Artur Luz (Pitanta) e pelos representantes da concessionária do pedágio, o gerente de arrecadação, Luciano Zibord, e a gerente jurídica, Paula Vieira da Silva. 


Convênio assinado entre a Prefeitura de Palhoça e a concessionária permite passe livre a todos os veículos de Palhoça
Foto: Baby Espíndola Repórter

CONTRATO ANTERIOR

Pelos termos do contrato anterior, apenas 2.215 veículos de palhocenses tinham passe livre, ou seja, estavam isentos do pagamento de pedágio. Essa cota de veículos cadastrados custava, mensalmente, R$44 mil aos cofres do município.

Esse era o valor que a Prefeitura deixava de recolher, da Auto Pista Litoral Sul, na forma de dedução de ISS (Imposto Sobre Serviços). Agora, para isentar toda a frota de Palhoça, de 79.531 veículos automotores, a administração municipal vai repassar R$6 mil a mais, totalizando R$50 mil, e a concessionária se compromete a isentar todos os veículos palhocenses.

Os motoristas dos veículos emplacados em Palhoça deverão procurar as duas cancelas liberadas (duas em cada sentido). Segundo fonte da concessionária, basta apresentar o documento do veículo.

DNIT NÃO CUMPRIU ACORDO

Na manhã de 28 de fevereiro, durante a cerimônia de assinatura do contrato de isenção da frota de veículos de Palhoça, o prefeito Nirdo Artur Luz revelou que o Dnit “não cumpriu o que foi acordado”.

Pitanta disse que descobriu, recentemente, que a Autopista Litoral Sul não conseguiu se transferir, com escritório e praça de cobrança, para o km 246, “por culpa do Dnit. A concessionária já está trabalhando até a divisa com Paulo Lopes, mas o Dnit não anexou ao contrato com a Autopista o novo trecho de 24 quilômetros”.

Esse detalhe foi confirmado por diretores da Autopista Litoral Sul. Paula Vieira da Silva, gerente jurídica da concessionária, explicou que o Governo Federal e o Dnit não repassaram à Autopista Litoral Sul a documentação necessária para a empresa “adotar” os quase 24 quilômetros, entre o bairro Aririú Formiga e a divisa com Paulo Lopes, o futuro endereço da praça de pedágio. Sem a documentação oficial, a concessionária não pode promover a mudança. Até a licença ambiental depende da documentação do Dnit.


O gerente de arrecadação da Autopista, Luciano Zibord, a gerente jurídica, Paula Vieira da Silva e o prefeito Pitanta, com o documento que isenta os veículos de Palhoça. 
Foto: Baby Espíndola Repórter


Baby Espíndola