sexta-feira, maio 29, 2009

RÁDIO SAUDADE NO TINHO’S BAR

Na noite de sexta-feira, 05 de junho, tem Rádio Saudade Especial, no Tinho’s Bar.

Rádio Saudade é um espetacular programa de rádio, que mistura a boa música, poesia e romantismo dentro da noite. O melhor repertório, para relembrar as grandes canções de todos os tempos.

Rádio Saudade, com Baby Espíndola, a partir das sete da noite, com transmissão da Rádio Cambirela.

Rádio Saudade, no Tinho’s Bar. Venha matar saudade e se divertir.

E claro, no Tinho’s Bar tem a boa comida. Enquanto você relembra os grandes sucessos musicais do Brasil e do mundo, será servido um delicioso jantar: aipim com galinha, ao preço de R$3,00 por pessoa.

Rádio Saudade Especial, com o jornalista, radialista e poeta Baby Espíndola. Sexta-feira, 5 de junho, às 7 da noite, no Tinho’s Bar.

Tinho’s Bar, na Avenida Aniceto Zacchi, 582, em frente ao Supermercado Pierri, na Ponte do Imarui. Você não pode perder!!!

quarta-feira, maio 20, 2009

RÁDIO SAUDADE, MÚSICA E POESIA NA CAMBIRELA

Finalmente, o projeto Rádio Saudade vai sair das gavetas da tecnologia de ponta, para ganhar o mundo, através da Cambirela, virtual, mas real. Durante muito tempo, o projeto foi um casulo, hibernando num tubo de ensaio, se alimentando de amores e saudades, sonhos e ideais. A estréia acontecerá nesta quarta-feira, 20 de maio, a partir das 21 horas (horário de Brasília), na www.radiocambirela.com.br.

Rádio Saudade é, na verdade, muito mais que um programa de rádio. É um projeto, que visa resgatar o romantismo e o bom gosto que pautaram a radiofonia, na segunda metade do século 20.

Rádio Saudade deixará o estúdio (Centro Empresarial Pedra Branca, em Palhoça, Grande Florianópolis), para invadir espaços noturnos, em bares frequentados por uma clientela de bom gosto, restaurantes e clubes de serviço, dança e lazer, sedes de associações comunitárias, com transmissões ao vivo, o que permitirá muita interação e confraternização. “Precisamos preservar um mínimo de romantismo e sensibilidade, preceitos necessários para uma boa convivência”, costumo argumentar.

– Minha origem no rádio tem muito a ver com a poesia. Em 1974, meus poemas românticos desfilaram ao lado de textos de J. G. de Araújo Jorge, Vinicius de Morais, consagrados poetas líricos. Comecei no programa Tarde Espetacular, de Serpa Filho, na Rádio Guaruja, e logo depois fui convidado a fazer parte da equipe do Noturno 74, na mesma emissora, um programa apresentado por Oscar Berendt Neto, saudoso Oscar, que tinha uma das mais vibrantes e belas vozes da radiofonia brasileira.

Naqueles tempos, além de J. G. e Vinícius, faziam muito sucesso no rádio, com poemas, Coli Filho, Barros de Alencar, entre outros, que gravavam discos essencialmente de poesias, visando atingir um público, que começava a sentir saudade da radio novela, fase que foi sepultada pelos folhetins da TV Tupy – isso bem antes da Globo surgir, para dominar omercado.

E, no meio da turma famosa e madura, lá estava um garoto de uniforme azul, padrão do Instituto Estadual de Educação, sonhador e idealista, impondo seus textos, produzidos numa velha Olivetti, muitos deles premiados em concursos literários. Textos que, inicialmente, eram rabiscados entre roças de feijão, milho, mandioca; ou sob as sombras de chácaras de cafezais, laranjais e bananais, aos sons inesquecíveis dos cantantes sabiás amarelos.

“Lembro, também muito escrevi, à noite, sentado sobre uma velha ponte de madeira, no Rio Aririú/Pachecos, em Palhoça. Com as pernas penduradas rumo às águas então límpidas – por onde vagavam cardumes até de pequenas tainhas –, entre o piar de uma coruja sorrateira e uma risada na “Venda do Maneca”, essa bem próxima da ponte, iam surgindo os versos, que a Rádio Guarujá divulgava para o mundo, pelas ondas médias e curtas. Um privilégio de poucos. O adolescente, que passava os dias, lidando com ferramentas e animais, na “Fazenda do Altino”, cantava amores e falava de saudades, através das ondas do rádio. Detalhe: a velha ponte de madeira, sobreviveu até 2002, quando cedeu espaço para uma outra, de concreto.

– Trago comigo essa herança, esse aprendizado, que tive com grandes mestres. E, agora, pretendo relembrar tudo, recuperar caquinhos do passado, com o programa Rádio Saudade. Rádio Saudade terá, além da boa música – garanto: o melhor repertório –, muito de poesia, não apenas a poesia que rima sílabas. Falo da poesia cadenciada, que tem musicalidade, que trata de sentimentos, que invade a alma, que não pode sucumbir sob os pés medonhos de um submundo caótico, rude e grosseiro.

E, agora, muitos anos depois, utilizando tecnologias de ponta (notebook para escrever; a internet como canal de transmissão; blog para fazer marketing), o homem de cabelos já manchados pela neve do tempo, se prepara para difundir, mundo afora, uma idéia que nasceu e cresceu na adolescência.

– O sonho é ainda maior, embora muitas fatias dele tenham se perdido pelo caminho. O amor passou por um processo de realizações e desilusões, mas sobreviveu, embora tenha enfrentado um processo de metamorfose.

“Sonhador e idealista, ainda sou. Mas, hoje tempero tudo isso com pitadas de experiência. Podem ter certeza: o Rádio Saudade é um grande projeto. Vai unir corações e mentes, vai criar uma comunidade mundial de homens e mulheres idealistas, sonhadores, almas sedentas de um pouco de carinho e atenção. Amor e poesia no Rádio Saudade. Encontro vocês, à noite”.

(Baby Espíndola)

domingo, maio 10, 2009

Editorial – VOSSA EXCELÊNCIA É BANDIDO

Vossa excelência é bandido! Essa é a frase padrão, que todos os brasileiros, de todas as idades, devem decorar, para pronunciá-la, sempre que se defrontarem com determinadas “otoridades” de Brasília. Essa frase curta, mas muito significativa, deve ser empregada, principalmente, para a corja do Congresso Nacional, onde muitos deputados federais e senadores se escondem da Polícia Federal e da Justiça. Deverão ser alvos dos brasileiros, aquelas e aquelas que transformaram as casas legislativas em escritórios do crime e da corrupção.

Vossa excelência é bandido, sim! Quem desvia dinheiro público, destinado a áreas carentes, como Educação, Saúde, Segurança; quem saqueia os cofres da Nação, deve sim, ser chamado de bandido. E deveria, sim, ser preso, condenado e jogado no calabouço de uma penitenciária.

Isso somente não acontece, porque a frase popular – “no Brasil não tem justiça” – a cada dia ganha corpo e significado. E não se deixe atacar por alguma crise de compaixão, porque a corja de Brasília, da republica do mensalão, há muito tempo, vem arrancando o couro dos brasileiros. Nos assaltam, na forma de impostos – a maior tributação do mundo – e serviços terceirizados, que os próprios políticos nos vendem. Ou seja, pagamos duas vezes pelo mesmo serviço, que deveria ser público, uma compensação pelos altos impostos pagos.

Estou sendo modesto, ao tratar determinados políticos e administradores públicos como bandidos. Nem estou incentivando a população a atirar ovos podres e fezes em suas ventas grotescas. Chamá-los de bandidos é muito pouco. De repente, é até uma forma de acomodação. Eles assimilam a adjetivação, continuam roubando, e a justiça faz de conta que nada acontece. Tudo muito conveniente.

Conveniente, porque muitos são os juízes que vendem sentenças para bandidos, seus parceiros, que se envolveram com a corrupção, e que, quando flagrados geralmente pela imprensa, recebem, como punição, uma aposentadoria com salário integral. O que os trabalhadores não conquistam, quando se aposentam.

Os brasileiros são forçados a trabalhar, mesmo quando doentes, e a contribuir, durante longos e sofridos 35 anos, para a Previdência, e não contam com privilégios, ao final do calvário.

E, já que a turma da capa preta está na roda, vamos lembrar que o ministro Joaquim Barbosa insinuou algo nada elogiável ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. É uma questão de interpretação. Afinal, Joaquim anunciou que Mendes tem capangas no Mato Grosso. O termo capanga pode ser traduzido como jagunço, guarda-costas, pistoleiro, matador de aluguel. Quem tem capanga, então, é o quê? Santo? Isso é que não!

Estou me referindo ao barraco, um arranca-rabo no Supremo, na noite de 22 de abril. Como já afirmei, com certeza, a mais ríspida e violenta confusão de toda a historia do Supremo Tribunal Federal.

O ministro Joaquim Barbosa, conhecido por sua postura ética e serena, afirmou que o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, está “destruindo a justiça brasileira”. Ao que parece, não foi uma frase surgida em um momento de descontrole emocional. Mais parece um posicionamento amadurecido durante um longo tempo. Uma constatação segura e consciente.

Para reflexão: Não podemos nos esquecer, do intrigante envolvimento de Gilmar Mendes, no rumoroso caso Daniel Dantas (Operação Satiagraha). Mendes, o todo-poderoso presidente do STF, peitou um juiz federal de São Paulo. Em poucas horas, Mendes soltou o ex-banqueiro Daniel Dantas duas vezes da cadeia. Até parece que o presidente do Supremo não dormiu, que passou a noite de pijama, sempre alerta para libertar o passarinho de ouro.

Naquela noite de tempestades entre nobres de capa preta, Joaquim Barbosa afirmou que "Vossa Excelência – referia-se a Gilmar Mendes –, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro”. Atentem para a gravidade da declaração: o presidente do Supremo “destruindo a credibilidade do Judiciário”.

Sempre com o protocolar tratamento, recomendado a um presidente do Supremo, Joaquim denunciou: "Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Me respeite". “Capangas, no Mato Grosso!” Que perigo!

Então, creio que, enquanto recordava aquele lamentável episódio, ocorrido na mais suntuosa sala da justiça brasileira, os senhores e as senhoras já treinaram a oportuna frase: Vossa excelência é bandido!

Se estão com as línguas bem afiadas, aguardem o retorno deles, os políticos de Brasília, às suas bases eleitorais. Afinal, os dias de 2009 correm céleres e 2010 é ano agendado para mais uma eleição. E, com certeza, na maior cara de pau, os bandidos deixaram Brasília, o reduto mundial da corrupção, e invadiram grandes, médias e pequenas cidades, áreas urbanas, vilas e povoados, caçando votos, prometendo e mentindo.

Então, cada brasileiro e brasileira deve ter, na ponta da língua, essa significativa frase: Vossa excelência é bandido!

Já os estoques de ovos podres e fezes ficam por conta da criatividade de cada um. Vai, aqui, uma sugestão: As fezes, embaladas em sacos plásticos, colocadas ao sol, durante horas, quando explodem, provocam um efeito moral devastador.

Se alguém acha que estamos generalizando, tenho o argumento definitivo. Os bandidos de Brasília são corporativistas. Sempre que um político do Congresso, do Palácio do Planalto, de algum ministério, é flagrado em ato de corrupção, roubando dinheiro público, saqueando os cofres, usufruindo de alguma vantagem ilícita, é logo abraçado por seus pares e trancado numa redoma protetora.

Assim tem sido, sempre que um escândalo estoura. Na verdade, uma sucessão de escândalos. Se são corporativistas, se protegem os bandidos da política, devem arcas com as conseqüências. Afinal, já foi dito: os semelhantes se atraem.

O próprio presidente da república do mensalão, sem nenhum escrúpulo, quando um dos seus é denunciado, sai logo às ruas a proteger o safado. Ignorando provas e fatos, Lula da Silva estende o braço imoral e protetor, e costuma afirmar que esse “cumpanhero”, ou aquela “cumpanhera”, não cometeram crime. Mesmo quando os bolsos ainda estão abarrotados de dinheiro roubado dos cofres da Nação.

Só para lembrar: o velhinho de barbas brancas, diante do Congresso, com um saco de dinheiro para comprar corruptos, não é o Papai Noel. Não é mesmo! É, sim, o maior incentivador da corrupção e o grande interessado na desmoralização crescente do Congresso, para adotar a postura de político mais honesto e popular. Popular, sim. Quanto à honestidade, tenho fortes dúvidas.

Então, diante desse quadro de impunidade e imoralidade, continuem treinando a frase proposta: Vossa excelência é bandido.