sábado, junho 20, 2009

Editorial – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SUCATEIA A PROFISSÃO DE JORNALISTA

Jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão, agências de notícias do Brasil e do mundo, estão repercutindo a polêmica decisão do Supremo Tribunal Federal, que implica no exercício da profissão de jornalista. O site G1 da Globo, informa que “o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (17) derrubar a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista”. Detalha que a decisão contou com oito votos favoráveis e um contra, o do ministro Marco Aurélio Mello.

O que o Supremo fez, não encontra justificativa. Até os completamente leigos estão criticando esse ato, uma intromissão do Judiciário sobre o Legislativo fraco, podre. Os ministros agiram sorrateiramente, e de tudo fizeram para esvaziar a única instituição, que tem o reconhecimento popular, e que vem denunciando os atos de corrupção dos três poderes.

E, pode estar aí, a motivação embutida, para justificar tal ato irracional, digno de um bando de macacos, reunidos em torno de um cacho de bananas. Acredito que o Supremo tentou desvalorizar os atos da imprensa, que vem investigando corrupção no Executivo, no Legislativo e, inclusive no Judiciário.

A postura do Supremo, nos remete, justamente, a essa conclusão: qualquer um, a partir de agora, poderá ser jornalista. Um traficante, por exemplo, poderá criar o jornal O Tráfico, com uma possível coluna chamada Bolsa da Coca, ou Esquina do Crack. As prostitutas poderão criar a Rádio e TV Programa. Aliás, não será uma idéia nada original, porque Gilberto Gil, quando ministro da Cultura, usou dinheiro público para criar uma rádio voltada à prostituição, em Salvador, Bahia, onde, literalmente, as “radialistas” realizam programas.

Milhares e milhares de homens e mulheres, motivados por vaidades e outros sentimentos menos nobres, se aventurarão, a partir de agora, principalmente na televisão.

Até então, alguém poderia se dizer jornalista, mediante o diploma de qualificação, ou pela conquista da DRT. Esse mecanismo protegia aqueles que exerciam a profissão antes das faculdades em suas respectivas cidades. Em Santa Catarina, por exemplo, quem exercia a profissão, regularmente, antes de 1979, adquiriu o direito à DRT, através de um processo junto ao Ministério do Trabalho.

A decisão do Supremo é perigosa, porque não exige mais nada, o que equivale dizer que a profissão de jornalista foi extinta.

Não estou discutindo talento, capacidade, nem mesmo a eficiência das faculdades de jornalismo. Mesmo porque não é o tema em questão. E até lembro que grandes nomes do rosário de formadores de opinião, não cursaram o curso de jornalismo. Proponho um debate sobre regras de acesso à profissão. Por exemplo: para ser um músico, não basta tocar bem um instrumento. É necessário adquirir a carteirinha de músico da Ordem dos Músicos do Brasil. É uma regra, um requisito.

Ocorre que, o Supremo age como míssil desgovernado, atirando no escuro, justamente porque o Congresso da república federativa do mensalão não cumpre suas funções. Enquanto alguns bandidos, que se escondem, na Câmara e no Senado, fugindo da Polícia Federal e de setores (ainda confiáveis) da Justiça, discutem sobre o direito de saquear os cofres públicos, atos secretos e nomeações de parentes, o Supremo arrisca rabiscos de legislação.

Por fim, arrisco apostar um caroço de azeitona, na possibilidade de, futuramente, uma outra geração de ministros do Supremo, modificar essa decisão confusa e arbitrária, que alguns supostos iluminados praticaram em nome de uma democracia, que escorre nas valetas do submundo.

A propósito, o Supremo não encontra tempo para julgar os mensaleiros e outros golpistas. E viva a república do mensalão!

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Procuro uma toga preta

Estou procurando uma toga preta para comprar. Pode ser de segunda mão, roída pelas traças, mofada, com vestígios de fezes de barata. Não importa. Tem que ser uma toga preta. Pode estar desbotada, mas tem que ter o brilho assustador do poder.

Depois disso, quero ser juiz, mais tarde ministro das instâncias superiores da justiça. Se os ministros do Supremo tem o direito de sucatear uma profissão tão digna, como o jornalismo, eu posso pretender ser juiz. Com um detalhe: não pretendo criar uma banca de venda de sentenças.

sexta-feira, junho 05, 2009

Editorial – LULA É CONTRA O TERCEIRO MANDATO. MAS NÃO MUITO

Tudo como o diabo gosta. Lula da Silva nega, mas caminha a passos largos para uma tentativa de terceiro mandato. Depois de participar de um evento inútil, na Cidade da Guatemala, capital daquele país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a descartar a hipótese de um terceiro mandato presidencial, em entrevista a jornalistas.

Segundo a Agência Estado, o presidente “foi enfático”, ao declarar que "o Brasil não deve ter terceiro mandato". Lula da Silva disse que não brinca com a democracia, e advertiu para um fato evidente: “Quem quer o terceiro mandato, pode querer o quarto, o quinto ou o sexto".

Esse é, justamente, o meu maior temor. Que o “cumpanhero” Lula se apaixone pelo poder (e já se apaixonou), e queira repetir a façanha do amigo Hugo Chávez, da Venezuela. Lula admira e até inveja o poder incontrolável de Chávez, como também é fã incondicional de Fidel Castro, que permaneceu quase 50 anos no trono, e, quando desceu do pedestal do poder, forçado por grave enfermidade, passou o bastão todo poderoso, absolutista, ao irmão Raul.

Aos jornalistas, Lula falou em democracia, alternância no poder, mas admitiu que não vê "nenhum mal", que presidentes de outros países queiram ter terceiros mandatos, como o venezuelano Chávez. "Mas tem que ser eleito. Tudo tem de ser feito dentro do exercício da democracia”, advertiu Lula. Aqui, o projeto Lula foi revelado. Tem que ser através do voto. E, para haver eleição, basta alterar a Constituição.

Em verdade, na América do Sul, um grande golpe está sendo implantado. As raízes vêm de uma vertente que, aparentemente, secara, chamada União Soviética. Ocorre que o poder se espalhou, e o dinheiro dos políticos e de criminosos daquele império não foi queimado em praça pública. Está, atualmente, a serviço do poder, na frágil América do Sul.

Devemos relembrar que Lula da Silva evitou assinar – não imprimiu sua digital – o documento que impediria alterações, com fins eleitoreiros, na Constituição Federal. Todos os outros candidatos que disputaram a última eleição presidencial, assinaram tal documento. Por que Lula se omitiu? Pense... pense... Pensar faz bem para a saúde (mental). Nos deixa menos alienados.

Nosso democrático presidente, que surfa no prestígio de uma popularidade de mais de 81 pontos – alavancada pelo bolsa-voto (a mais escandalosa compra de votos já registrada nas Américas), e também empurrado pela mídia eletrônica (que é sustentada pelo dinheiro chapa branca do BB, CEF, Petrobras e ministérios) – nega, veementemente, a intenção de disputar o terceiro mandato.

Mas nada faz, para impedir que alguns de seus capachos políticos manobrem no Congresso Nacional, com o objetivo de alterar a Constituição. Se, é contra o terceiro mandato, deveria adotar medidas enérgicas, através das principais lideranças e assessores, para evitar essa mobilização golpista. Mas, não o faz. Em verdade, é contra o terceiro mandato, mas não é muito, não!

Contra suas intenções golpistas e a favor da democracia, há um fator importante a se considerar. O Congresso está em pé de guerra. A CPI da Petrobras, um iminente incêndio, na república do mensalão, gerou uma disputa ensandecida. Todos os grupos mafiosos que controlam as duas casas, Senado e Câmara, querem o comando da CPI. E, por isso, não se concentram nas manobras golpistas.

Que se matem! O que a maioria dos brasileiros desejaria é, ler e ouvir no noticiário, bem cedo, que, na noite anterior, alguns bandidos, que se escondem no Congresso, fugindo da Polícia Federal e da Justiça, trocaram tiros e vários morreram.

Mas, voltando ao tema central... Lula, o falastrão, fica dizendo “não quero”, mas se insistirem muito, acabará aceitando. Fui forçado, com certeza dirá.

Não demora muito e aparecerão campanhas na mídia, algo parecido como três é melhor que nada. Não se esqueçam que o número “3”, em vários produtos e serviços, vem sendo popularizado, nos últimos anos, de maneira acintosa.

E, se os golpistas pretenderem implantar o terceiro mandato, quem os impedirá? O Congresso reunirá forças morais para assumir um posicionamento. Dificilmente, senadores e deputados federais terão coragem de enfrentar o poder central, exercido pelo Palácio do Planalto. A fonte eterna da corrupção secaria.

E a sociedade civil não tem mais poder de mobilização, até porque os sindicatos, associações, confederações, centrais sindicais, se fantasiaram do mesmo vermelho que subiu a rampa do Planalto. E, principalmente, porque qualquer reação popular é extremamente temerária, perigosa.

Afinal, os sem-terra e sem-vergonha, sustentados por verbas oficiais, apóiam o “cumpanhero Lula” com unhas, dentes, ferramentas (com selo de fábrica, nunca usadas, novinhas em folha), e armas letais. Membros das Farcs estão infiltrados dentro do Brasil – isso também representa um grande risco.

Tratemos, agora, do PCC, que já está repetindo o mesmo cenário de horror, implantado antes da última eleição presidencial, que tinha por meta desmoralizar o ex-governador e candidato Geraldo Alckmin. Há 15 meses das eleições, os bandidos do PCC já estão mobilizados, como guerreiros do diabo, matando, saqueando, roubando, incendiando, em São Paulo.

Enquanto isso, autoridades policiais, ministério público e outras instituições investigam as suspeitas relações do PT com o crime organizado, capitaneado pelo PCC.

Para encerrar, pois se trata de um tema muito enfadonho: Se o “cumpanhero” desejar, terá, sim, o terceiro mandato. Com tantas armas a seu favor, difícil, praticamente impossível, será impedi-lo.

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TODOS CONTRA O PEDÁGIO

Autoridades e representantes da sociedade civil organizada não desistem de lutar contra a praça de pedágio, o presente do governo Lula aos palhocenses. Enquanto a Câmara de Vereadores aguarda decisão da Justiça Federal, sobre a ação cível pública, o prefeito Ronério Heiderscheidt (PMDB) cumpre a promessa. Também impetrou um mandado de segurança, para impedir a cobrança de pedágio.
Na tarde de quarta-feira (03 de junho), aconteceu mais uma reunião de lideranças, na Câmara. Participaram os vereadores Leonel (do Proerd) Pereira, PDT, e Nirdo Artur Luz (Pitanta – DEM), além de lideranças sociais, como Charles Pires, da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e Valdeci da Silva, presidente do PT de Palhoça. A Rádio Cambirela transmitiu, ao vivo.

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AMOR MUITO BANDIDO

Prestem muita atenção. O governo da república do mensalão está pretendendo transformar as tais instituições sócio-educativas, em motéis, para menores infratores.
Na noite de terça-feira, na calada da noite, como sempre, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei, do Poder Executivo, que cria o Sistema Nacional de Atendimento Sócio-educativo (Sinase), “que regulamenta as medidas aplicáveis às crianças e adolescentes infratores”.
E que também garante o direito de visitas íntimas aos bandidinhos e bandidinhas, desde que casados ou em união estável. Vale lembrar que “união estável”, para os delinqüentes juvenis, é qualquer relacionamento, de forma geralmente irresponsável. Milhares de crianças nascerão, fruto desses encontros bandidos. E nós pagaremos as contas. A matéria vai ao Senado Federal para discussão e votação.