quarta-feira, março 13, 2013

MORADOR ENCONTRA GRANADA ADULTERADA NO BAIRRO FREI DAMIÃO

PM isolou a área, próximo ao Centro Educacional Infantil Ulysses Guimarães, em Palhoça. BOPE detonou o explosivo.


Bomba de efeito moral foi transformada em explosivo, explicou policial do PPT
Fotos: Baby Espíndola Repórter


A granada foi encontrada, por volta das 7h30, por um morador do bairro, que a entregou ao Secretário de Segurança e Defesa Civil, Leonel José Pereira, que pertence aos quadros da reserva da PM. Leonel acionou a Polícia Militar, que de imediato enviou uma viatura. Em seguida, chegou uma viatura do PPT – Pelotão de Patrulhamento Tático. Os policiais isolaram a área, entre o Centro de Educação Infantil Ulysses Guimarães e a organização não governamental CADI Palhoça. A poucos metros, também funciona uma escola da Rede Municipal de Ensino.  

O achado provocou um clima de agitação no bairro, que já havia saído do estado de rotina, desde as 7 horas, quando chegaram as máquinas, caçambas e dezenas de funcionários da Prefeitura de Palhoça, para a realização da força tarefa denominada “Mutirão da Cidadania”.

Segundo informações do Cabo Broering, do PPT, originalmente, tratava-se de uma “carcaça lacrimogênea”. Mas, como o fundo foi mexido, adulterado, seria muito difícil definir o que havia dentro da granada. Inicialmente, os policiais não descartaram a possibilidade do artefato ter sido transformado em “granada letal” – possivelmente com pólvora e pregos. Essa linha de raciocínio aproxima o achado aos recentes atentados, que abalaram Santa Catarina. 



Cabo Broering, do PPT (à direita), advertiu: “Pode ser granada letal”

O policial advertiu sobre os riscos do manuseio de “um objeto dessa natureza”. Broering afirmou que “se for uma granada com conteúdo letal, qualquer movimento pode provocar uma explosão”. Se houve mesmo a modificação, também seria difícil prever o raio de ação da granada.




A granada letal aparece, no gramado, junto ao muro. A PM isolou a área

EXPLOSÃO CONTROLADA

Por volta das 10 horas, uma equipe do BOPE – Batalhão de Operações Policiais Especiais  – removeu a granada para uma área, longe das edificações, isolou o artefato entre pneus velhos e provocou a detonação. Dezenas de pessoas, que assistiram a operação à distância, ficaram impressionadas com o poder da explosão. Como se suspeitava, de fato havia pólvora dentro da granada, originalmente fabricada como “bomba de efeito moral”.  

Constatou-se, em seguida, que o manuseio irregular, antes da chegada da PM poderia provocar uma explosão. Isso porque a bomba de efeito moral foi adulterada e transformada em granada letal.  

BOMBA DE EFEITO MORAL

A bomba de efeito moral faz parte dos chamados "armamentos de distração", usados quando se quer amedrontar ou incapacitar um inimigo sem matá-lo. A bomba de efeito moral propriamente dita é parecida com a granada militar comum. Segundo a revista Mundo Estranho, quando acionada, ela inflama uma mistura química que explode com grande estrondo, normalmente espalhando uma nuvem de talco. Há também a bomba de fumaça, usada para obscurecer a visão; a flashbang, que produz um clarão que desorienta a vítima temporariamente; e a de gás lacrimogêneo, que irrita as mucosas de olhos, nariz, boca e pulmões, fazendo a pessoa espirrar, chorar e tossir fortemente.

Mas, enquanto as granadas militares soltam estilhaços de metal mortíferos, as de efeito moral são feitas com um plástico que se desintegra - assim, não ferem ninguém, pelo menos em teoria. 


Policiais militares, a faixa de isolamento e, ao fundo, o morro Pedra Branca, um símbolo de Palhoça


segunda-feira, março 04, 2013

PRAÇA DE PEDÁGIO NÃO TEM DATA PARA MUDAR


Dnit não autorizou a mudança para a divisa com Paulo Lopes

O que antes era boato, agora está bem claro. A Autopista Litoral Sul não tem data para providenciar a transferência da praça de cobrança de pedágio, do km 221, no bairro Aririú Formiga, para o km 246, na divida com o município de Paulo Lopes. Isso que dizer que a montanha de papéis, assinada em novembro, durante pomposa festa, com direito a muitos discursos e foguetório, não teve valor oficial.

Embora a concessionária tenha se compromissado, em cumprir o prazo de 180 dias, encerrado em 28 de fevereiro, nem mesmo deu início às obras, necessárias à instalação de escritórios e cancelas de cobrança.

Felizmente, toda a frota de 79.531 veículos automotores, dos quais 46.366 são registrados como automóveis e 17.140 como motocicletas, de várias cilindragens, está liberada do pagamento do pedágio. O acordo, entre a Prefeitura e a Autopista Litoral Sul foi assinado, na manhã de 28 de fevereiro. Denominado “convênio para pagamento de pedágio dos veículos emplacados no município de Palhoça”, o documento foi assinado pelo prefeito Nirdo Artur Luz (Pitanta) e pelos representantes da concessionária do pedágio, o gerente de arrecadação, Luciano Zibord, e a gerente jurídica, Paula Vieira da Silva. 


Convênio assinado entre a Prefeitura de Palhoça e a concessionária permite passe livre a todos os veículos de Palhoça
Foto: Baby Espíndola Repórter

CONTRATO ANTERIOR

Pelos termos do contrato anterior, apenas 2.215 veículos de palhocenses tinham passe livre, ou seja, estavam isentos do pagamento de pedágio. Essa cota de veículos cadastrados custava, mensalmente, R$44 mil aos cofres do município.

Esse era o valor que a Prefeitura deixava de recolher, da Auto Pista Litoral Sul, na forma de dedução de ISS (Imposto Sobre Serviços). Agora, para isentar toda a frota de Palhoça, de 79.531 veículos automotores, a administração municipal vai repassar R$6 mil a mais, totalizando R$50 mil, e a concessionária se compromete a isentar todos os veículos palhocenses.

Os motoristas dos veículos emplacados em Palhoça deverão procurar as duas cancelas liberadas (duas em cada sentido). Segundo fonte da concessionária, basta apresentar o documento do veículo.

DNIT NÃO CUMPRIU ACORDO

Na manhã de 28 de fevereiro, durante a cerimônia de assinatura do contrato de isenção da frota de veículos de Palhoça, o prefeito Nirdo Artur Luz revelou que o Dnit “não cumpriu o que foi acordado”.

Pitanta disse que descobriu, recentemente, que a Autopista Litoral Sul não conseguiu se transferir, com escritório e praça de cobrança, para o km 246, “por culpa do Dnit. A concessionária já está trabalhando até a divisa com Paulo Lopes, mas o Dnit não anexou ao contrato com a Autopista o novo trecho de 24 quilômetros”.

Esse detalhe foi confirmado por diretores da Autopista Litoral Sul. Paula Vieira da Silva, gerente jurídica da concessionária, explicou que o Governo Federal e o Dnit não repassaram à Autopista Litoral Sul a documentação necessária para a empresa “adotar” os quase 24 quilômetros, entre o bairro Aririú Formiga e a divisa com Paulo Lopes, o futuro endereço da praça de pedágio. Sem a documentação oficial, a concessionária não pode promover a mudança. Até a licença ambiental depende da documentação do Dnit.


O gerente de arrecadação da Autopista, Luciano Zibord, a gerente jurídica, Paula Vieira da Silva e o prefeito Pitanta, com o documento que isenta os veículos de Palhoça. 
Foto: Baby Espíndola Repórter


Baby Espíndola