domingo, abril 06, 2008

INGRID BETANCOURT ESTÁ MORRENDO NOS CURRAIS FEDORENTOS E IMORAIS DAS FARC

A senhora Ingrid Betancourt, que há seis anos sobrevive, a duras penas, nos currais montados pelos terroristas das Farc, na selva colombiana, provavelmente vai morrer no cárcere.

Segundo o médico que a examinou, a refém franco-colombiana, arrancada da família e de suas atividades políticas e sociais, na Colômbia, há seis anos, apresenta um quadro de saúde complicadíssimo. Relato divulgado pela agência de notícias AFP, informa que a senhora Betancourt “tem hepatomegalia (aumento do fígado), gastrite crônica, refluxo gastro-esofágico, malária, desnutrição, irritação no colo e uma forte dor no hipocôndrio direito”.

O médico Helver Uriel Rodríguez, guerrilheiro confesso, que foi capturado há duas semanas, no povoado de Mosquera, na região de Bogotá, disse, segundo a TV Caracol, que examinou Betancourt há pouco tempo, e que entregou, à promotoria, uma lista dos problemas de saúde da refém da guerrilha. Ele confirmou que o estado de saúde da refém franco-colombiana é grave.

Consultado pela AFP, o doutor Camilo Novoa, afirmou que o diagnóstico revela que “Betancourt tem um grave caso de malária não tratada, o que provocou a inflamação do fígado e pode levar a uma falência hepática”. Disse mais, que a refém dos terroristas “pode sofrer de uma falência renal e até cardíaca por anemia”.

E quase ninguém levanta a voz, para condenar as ações dos terroristas das Farc, que têm relações muito íntimas com membros dos governos da Venezuela, do Brasil, da Bolívia, de Cuba, do Equador e de outras repúblicas bananeiras.

Afirma a AFP, que “a difícil situação da ex-candidata presidencial da Colômbia levou o governo francês a enviar, na quinta-feira, 3 de abril, uma missão médica a Bogotá, para tentar chegar à selva colombiana e socorrer Betancourt”. Porém, até sexta-feira, a missão francesa permanecia na capital colombiana, à espera da autorização das Farc, para socorrer a refém. O que, pelo menos em tese, poderia ser resolvido com uma bem planejada invasão ao acampamento dos criminosos.

Além de todo o sofrimento físico, a senhora Betencourt está perdendo a vontade de viver porque, todos os dias, do nascer do sol ao piar da coruja tardia, ela escuta sempre a mesma ladainha falsamente revolucionária dos terroristas da cueca vermelha. Palavras de ordem, de uma “revolução” que há muito tempo perdeu a motivação.

Noite e dia, ela testemunha as negociações clandestinas de cocaína e armas, inclusive para organizações criminosas do Brasil, como o PCC, de São Paulo, com tentáculos espalhados em vários estados, até em Santa Catarina, e o Comando Vermelho, do Rio.

Assiste a tudo isso, e ainda escuta os gemidos de outras vítimas de seqüestros, os gritos desesperados dos sorteados para as execuções. Porque os camaradas precisam manter a moral em alta. Sangue tem que escorrer nas valetas podres de fezes e urina onde eles se instalam. É uma questão de auto-afirmação. Até camaradas, que cometem deslizes e que são tratados como traidores, enfrentam o pelotão de execução dos sádicos "revolucionários".

A senhora Ingrid Betancourt sofre – todo esse desgaste intelectual e espiritual aumenta o estresse e diminui sua autodefesa orgânica – sofre, porque, diariamente, vê triunfar a nulidade, a incerteza, a injustiça, a hipocrisia.

Principalmente, quando ela fica sabendo que um tal de Hugo Chávez trata os bandidos da cueca vermelha (do mesmo pano que ele faz a camisa e o lenço, que fede de suor, ao pescoço), como heróis, revolucionários.

Ela, que durante toda uma vida exaltou a democracia e o direito à liberdade, definha de desgosto, no cárcere imundo. Já o sr. Chávez rasteja, na lama imunda dos charcos das matas colombianas, quando exalta as atividades criminosas e clandestinas dos terroristas, que se espalharam pelo território do Equador e que estão também na Amazônia Brasileira.

Essa afirmação foi feita, em território brasileiro, pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, quando ele veio chorar as mágoas, no colo do “cumpanheiro”, ou seria camarada, Lula da Silva Castro Chávez Morales. Veio buscar apoio do Brasil, contra a Colômbia, porque as Forças Armadas daquele país mataram uma dezena de terroristas, supostamente em solo do Equador. Deu um beijo de Judas em Lula e, para os jornalistas, garantiu que as Farc estão no Brasil. Imediatamente, o governo brasileiro, através do Ministro da Justiça, Nelson Jobim, negou a presença do grupo terrorista em solo verde-amarelo, mas não desmentiu o camarada das selvas equatorianas.

E a diplomacia brasileira, extremamente humanitária, que tão veementemente condenou a matança dos guerrilheiros das Farc, por que, agora, não usa da mesma eloqüência, para interferir em favor da vida da senhora Ingrid Betancourt? É, sim, senhor Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores, uma questão humanitária, um quesito importante na regra cabocla dos direitos humanos, uma questão de vida ou morte.

Corram a socorrer a senhora Ingrid Betancourt. É uma questão de dignidade humana. Uma maneira de restaurar um mínimo de dignidade. Ou preferem vê-la morrer nos currais fedorentos e imorais, montados pelos terroristas das Farc? Senhor Hugo Lula da Silva Chávez, essa é uma questão extremamente humanitária.

(Baby Espíndola)

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