sexta-feira, abril 25, 2008

CASO ISABELLA: POR QUE OS FILHOS DA CLASSE MÉDIA ESTÃO MATANDO TANTO

Com a reconstituição do crime, a ser realizada nesse domingo, na verdade um show de mídia e marketing, com certeza, ficará ainda mais evidente a culpa do casal Alexandre (pé de chinelo ensangüentado) Nardoni e Anna Carolina (madrasta malvada) Jatobá. O pai de Isabella, torturada e assassinada aos cinco anos, no final da noite de 29 de março, na Zona Norte de São Paulo, a cada dia mais se assemelha ao personagem humorístico Nerso da Capitinga. E a madrasta da criança, está se preparando para o BBB 2009, por sua especialidade em chorar e mentir.

O cerco aos dois indiciados, está se fechando - e, no circo da televisão, foram reprovados. Uma gota de sangue, num pé de sapato de Anna Jatobá, e resíduos de vômito da filha, na camiseta de Alexandre, são trunfos que a polícia e o Ministério Público guardaram a sete chaves, e que só foram revelados, em forma de interrogatório, quando os dois prestaram depoimentos, pela segunda vez.

É revoltante! De tanto sofrer nas mãos dos dois facínoras, a indefesa criancinha vomitou, enquanto agonizava, no interior do apartamentos dos horrores. Ah, o que milhares de brasileiros não dariam, para entrar naquele apartamento, no sexto andar do Edifício London, no momento em que Isabella era torturada!

Mas, que motivos tinham o pai e a madrasta, para torturar e matar a criança? Nenhum argumento, você poderá encontrar nas conjunturas da racionalidade. Poucas horas após o crime, quando surgiu a primeira suspeita sobre o casal, escrevi "Das criancinhas, é o reino dos céus". Um ensaio, postado nesse blog, que tenta buscar explicações, no reino animal, no mundo das feras ditas irracionais, explicações para a barbárie que vitimou Isabella. Se você ainda não leu, procure no índice desse blog.

Queria dizer, ainda, que logo, logo, vai começar o show da justiça, com o “Caso Isabella” esperando numa fila, que já tem quase 800 mil processos, a espera de decisão. Um recurso dos advogados do casal, deverá jogar o inquérito nos “porões” do Tribunal de Justiça de São Paulo, por tempo indeterminado. Para julgar um recurso, o TJ leva em média três anos.

Porém, se as autoridades não agirem com o rigor que o caso exige, se um hábeas corpus ou qualquer porcaria jurídica permitir que Alexandre e Anna Jatobá continuem soltos, provavelmente serão escalpelados pela multidão enfurecida. As mentiras dos indiciados e o show dos advogados do casal já exasperaram a opinião pública, principalmente após aquele grotesco espetáculo, que foi a entrevista de Alexandre e Anna Jatobá, no Fantástico, da Rede Globo, na noite de 20 de abril.

Mas, essa é uma reação passageira. A população não poderá permanecer, indefinidamente, em frente aos portões das famílias Nardoni e Jatobá. Até porque, outras tragédias vão acontecendo, e a população já anestesiada e derrotada pelos bandidos entrincheirados atrás do muro da impunidade, vai esquecendo o que antes aconteceu.

Chegará o dia em que a menina Isabella será apenas um nome, numa lápide de um cemitério da classe média alta de São Paulo. Uma lembrança a mais, apenas.

Pretendo, ainda, repreender a grande mídia nacional, particularmente a televisão, que se tornou repetitiva e enfadonha. Ao passar horas, repetindo os mesmos fatos sobre o caso, a mídia eletrônica está esquecendo de debater o tema principal:

Por que os filhos da classe média estão cometendo crimes tão bárbaros? Por que estão matando tanto, inclusive dentro das próprias casas de suas famílias?

Mesmo sem grandes conjecturas, arrisco responder com os argumentos que já são do conhecimento de uma grande maioria. Porque eles têm acesso a tudo, sem limites. Porque a educação que recebem dos pais e até nos colégios particulares, é extremamente permissiva. Porque não respeitam regras e tudo podem. Quando se metem em encrenca, inclusive crimes contra a vida, o dinheiro do papai e da mamãe compra o trabalho e até a consciência de advogados de péssima formação moral, profissionais que desconhecem completamente as regras da ética. Em alguns casos, os criminosos da classe média compram até a Justiça, que, em se tratando de réus protegidos por advogados bem pagos, torna-se extremamente lenta, a ponto de perder corrida para tartaruga de três pernas. Cometem crimes bárbaros, rindo, sem nenhuma preocupação. Porque são protegidos pelo IBI – Instituto Brasileiro da Impunidade.

Vale frisar, mais uma vez, a incrível habilidade da família Nardoni, na arte de quase ocultar provas do crime. A polícia suspeita que o pai de Alexandre, o advogado Antônio Nardoni, ou a tia e madrinha de Isabella, Cristiane Nardoni, que um dos dois, ou ambos, teriam realizado uma faxina quase perfeita, no cenário da tragédia. Quase desapareceram com as manchas do sangue da menina. Ou, essa habilidade deve ser creditada a Anna Jatobá? Quem tentou ocultar as provas do crime – o que só não ocorreu, graças à eficiência da perícia –, nunca mais ficará sem emprego. E, no futuro, talvez, até demonstre suas habilidades, limpando banheiros, na cadeia.

Baby Espíndola


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COMENTÁRIO:

Data:

Fri, 2 May 2008 20:11:53 -0300

De:

"João Pedro dos Santos Neves"
O Yahoo! DomainKeys confirmou que esta mensagem foi realmente enviada pelo gmail.com. Mais informações

Para:

"Luiz Carlos Espíndola"

Assunto: I

sabella

O resultado de uma má educação, aquela "filho de papai", aquela proteção incondicional que desprotege, aquela educação de passar a mão na cabeça quando o filho faz um pequeno delito, esse é o resultado do assassinato da menina Isabela, é o resultado de Alexandre Nardoni se sentir superior, que a justiça não vai alcançá-lo, que a justiça só pune os pobres. Essa educação e idéia de o mais importante é não ser pego, e não o que se faz de errado, está levando os jovens a serem assassinos e traficantes, pensam que é mais importante ter um carrão do ano, não importa como e os meios de conseguir. Nós somos melhores porque na nossa geração tínhamos ideais, lutávamos por uma causa, pela moral, pela a natureza. E hoje, nada.

Hoje, o pior que vemos na imprensa em geral não destacando, que os pais (a família inteira, incluindo mulheres) de Alexandre Nardoni protege dois assassinos, e estão todos unidos para que eles não seja punidos. Então não importa o que eles fizeram, e então continuam apoiando, eles não se importam com a morte da menina Isabella. Todo dia vemos que toda a família sabe da verdade; E com a maior cara de pau, afrontando nossa inteligência e moral defendendo esses assassinos. A imprensa devia destacar isso, ou pelo menos não dar microfone para essa família falar.

João Pedro

(João Pedro é Diretor do Jornal Folha de Santa Catarina)


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