terça-feira, março 18, 2008

O CALVÁRIO DA MENINA MARIA VITÓRIA, MUTILADA, IMOLADA E UNGIDA COM PIMENTA

Quando penso que nada mais me revolta, nesse pais de desatinos, corrupção, violência, degeneração humana, hipocrisia, insensatez, rituais macabros e satânicos, eis que surge um fato novo, sempre mais violento que o anterior.

Desta vez, as manchetes anunciam: empresária é presa porque torturava uma menina de 12 anos, que adotara em Goiás.

E eu que imaginava que a última aberração da raça humana, hospedada no Brasil, tinha sido a morte do menino João Hélio, no subúrbio do Rio de Janeiro. Naquela ocasião, considerei, mais brutal do que a ação dos criminosos, que arrastaram o corpinho de João Hélio, por quatro quarteirões, a declaração do presidente Lula da Silva. O sangue do menino ainda estava no asfalto imundo, quando o presidente, assumindo a hipócrita postura de sociólogo de plantão, declarou, à imprensa, que “não se pode fazer nada contra esses meninos”, referindo-se aos adolescentes que assaltaram a mãe, roubaram o carro e arrastaram João Hélio até a morte. Mais grave que o crime, foi a absolvição prematura daquele, de quem esperamos que um dia, ostente a tocha da Justiça, no combate às barbáries que assolam o povo brasileiro.

E, agora, temos mais um drama, da maior gravidade. Um exemplo claro de uma violência chula, que está hospedada das vísceras dos brasileiros, independentemente do nível social, padrão de vida, cultura, etc.

A mulher, acusada de torturar a filha adotiva, se auto proclama empresária. Sílvia Calabresi Lima, 42 anos, já foi proprietária de loja de confecções e até construiu casas para a classe média de Goiânia, capital de Goiás. Mas, não se sabe exatamente o que ela produzia, antes de ser presa. Talvez ela tenha uma chocadeira de ovos de serpente. Ou produza prostituas para políticos e empresários. Ou venda pele de criança para a produção de sapatos exóticos.

Fato é que a monstrenga Silvia mantinha, há dois sofridos anos, a menina Maria Vitória em cativeiro, no interior de seu apartamento. Sabem onde? Numa favela, num bairro pobre? Não. O apartamento da gadelhuda empresária está muito bem situado no elegante Setor Marista, um bairro nobre de Goiânia. Ela foi presa nesta segunda-feira, 17, em flagrante, sob protestos, negando o crime, jurando inocência. Acusação: tortura e cárcere privado. Já se sabe que a empregada doméstica, que tinha conhecimentos e até participava das séries de torturas, durante dois anos, e se calou por conveniência, para garantir o salário, também foi presa. E com razão. Como pode alguém ignorar o sofrimento, o choro desesperado de uma menina, que era espancada e até mutilada com ferro quente? Só um monstro é capaz de virar as costas para tamanho sofrimento. O marido da maldita torturadora e outros dois filhos, estes legítimos, também podem ser acusados por omissão.

Estamos, agora, no quarto de tortura. Há toda uma atmosfera de terror no ambiente. Uma mulher forte, submete uma frágil criança aos horrores do submundo do crime. Há cheiro de carne queimada no ar. Vem das queimaduras provocadas pelo ferro elétrico. A menina indefesa, quando não está pendurada pelos pulsos, é afogada constantemente pela mãe adotiva. Submissa e indefesa, talvez a criança acredite que isso é normal, que se trata de uma relação natural entre mãe e filha.

Para abafar os gemidos, a mulher aperta a língua da criança com um alicate. Mas, só isso não basta. Ela enforca a menina com um fio elétrico. Ela sente prazer em ver a menina sufocando, respirando com dificuldade. É um ritual. Quando Maria Vitória consegue, grita de dor. Os gritos são ouvidos no apartamento, pelo marido, pela empregada, pelos filhos do casal, e até pelos vizinhos omissos, aqueles da trincheira da omissão, do não é comigo, por que vou me incomodar?

Após as constantes sessões de tortura, a criança ficava amarrada, pendurada pelos punhos, na área de serviço. Alguém tem conhecimento de semelhante sofrimento, mesmo na era medieval. Será que a suposta empresária aprendeu tais métodos de tortura, com os carrascos da Inquisição? Pelo requinte de crueldade, é possível.

Maria Vitória. O nome é fictício. Maria, por ser comum. Vitória, porque sobreviveu às torturas, e conquistou a liberdade.

E a mãe biológica, em dois anos, nunca falou com a filha, não teve oportunidade de ver suas chagas. A fala da menina está prejudicada, porque a língua quase lhe foi arrancada. Segundo os fatos, a menina foi adotada pela mulher Sílvia, há dois anos. A mãe biológica tinha acesso à casa, onde trabalhou para a agressora, como doméstica.

"Nunca vi um caso assim”, disse a delegada Adriana Accorsi, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, que também apreendeu, no apartamento, instrumentos como alicate comum, alicate de unha, que teriam sido usados para ferir a menina na língua, costas, mãos e pés. Sílvia foi denunciada por vizinhos. Por isso, questiona-se: só agora, dois anos depois do calvário de Maria Vitória, os vizinhos resolveram denunciar.

Além dos vizinhos omissos, vamos tratar, aqui, da cachorrada do próprio apartamento: o marido, o engenheiro civil Marco Antonio Calabresi Lima, um filho do casal, estudante de Engenharia, que confessou, sabia das sessões de tortura, mas não denunciou, um outro adolescente. Só escapa, o menino de seis anos.

É claro, tratava-se de um ritual. É possível que o tal marido engenheiro e os dois filhos adolescentes participassem com alguma reza braba, ou que se deleitassem lambendo o sangue da pobre vítima. E violência sexual? Disso ninguém tratou ainda. Mas não fica descartada a hipótese do sadismo da família Calabresi ter chegado ao estupro, penetração da menina com objetos pontiagudos, coisa desse tipo.

Querem ouvir a maldita empregada, enquanto a menina ainda geme? A tal Vanísia, empregada dos Calabresi, tinha uma função no ritual do senhor diabo. Ela amarrava a criança e a ungia com pimenta. Está bom assim? Pimenta, tempero picante.

Os policiais que invadiram o apartamento, encontraram a menina amarrada, sem forças para reagir, com um olho roxo. A língua sangrava muito, devido a mais uma investida com um alicate.

Sangrando, sofrendo, gemendo, em nenhum momento a menina Maria Vitória reclamou de algo. Mais parecia um cordeiro imolado para a Páscoa, que se aproxima. Ela não exige nada em especial. Só desejava uma família, estudar e “crescer na vida”, disse, com dificuldade, devido aos ferimentos na língua.

Mas, não se sabe que futuro ela teria na casa da tal empresária. Quanto tempo de vida restava à pobre Maria Vitória? Os rituais seriam sempre iguais? Queimaduras com ferro de passar, beliscões com alicates comuns e de unha, murros no rosto delicado, espancamento. Ou, com o tempo, as sessões de tortura seriam mais requintadas, do tipo, extração de vísceras, amputação de órgãos.

O Conselho Tutelar, para onde a criança foi encaminhada, já que a adoção era irregular, ainda não é o lar à altura de Maria Vitória. Se condenada, a empresária Sílvia pode pegar algo em torno de vinte anos de prisão. Aposto que em 2010, 2011, não estará mais na cadeia. Afinal, aqui é o Brasil. Qualquer advogado esperto poderá alegar que Sílvia agia com agressividade, porque foi criada por mãe adotiva, que ela estava se vingando do que sofreu na vida. Coisas desse tipo, que comovem a Justiça, no país do direito humanitário.

Nem quero polemizar, com os membros das falanges dos fervorosos defensores do Senhor Todo Poderoso. Mas, mesmo assim, lanço essa pergunta, para provocar uma reflexão: Onde estavam os Anjos da Justiça Divina, durante as sessões de tortura de Maria Vitória? Estariam de folga? Dormindo, no paraíso? Ou também foram omissos? E não me venham com ladainhas, pois sou conhecedor da maioria delas. Principalmente porque nada pode explicar ou justificar a série de torturas a que essa indefesa criança foi submetida. Há que se revelar que, desde o ano passado, ela não freqüentava a escola: era a cobaia favorita de uma mente pervertida, capaz de dilacerar a carne e os sonhos de uma menina.

Para os diabos, qualquer teoria.

11 comentários:

Anônimo disse...

Essa criança necessita de muito tratamento, tanto no corpinho arrebentado, quanto psicológico, que acretido eu, será o mais complicado, eu não consigo imaginar a dor e o sofrimento de uma criança tão frágil, que Deus me perdoe, mas gostaria muito que fosse possível fazer-mos a mesma coisa com esta mulher maldita e os filhos dela durante um mês, só pra ela ter idéia do que fez, não consegui dormir direito esta noite, pois, como o senhor, também fiquei arrasada, mas é bom saber que ainda existam pessoas que se comovem com a dor alheia, como nós, acho que o mundo não está totalmente perdido.
Um grande abraço, Rosana.

Anônimo disse...

Olá meu nome é Débora Vitória, tenho 11 anos!!
acheei muito car de pau essa mulher.
A Maria Vitória nao merece isso!
quero só desejar boa sorte a ela e dizer que estou torcendo por ela!
bjus Maria Vitória!!
voce merece tudo de bom!
melhOras.

Anônimo disse...

ISSO É REALMENTE UM ABSURDO, ESTOU ATÉ AGORA TENTANDO ENTENDER PORQUE UMA "COISA" COMO ESSA AINDA ESTA TEM CORAGEM DE DIZER QUE É MÃE...
TENHO DOIS FILHOS E NÃO SEI NEM O QUE FALAR PORQUE É MUITO TRISTE VER O ROSTINHO DESSA MENINA E IMAGINAR O QUE ELA PASSOU. QUE DEUS TENHA MISERICORDIA DELA NESSE MOMENTO E QUE REALMENTE ELA CONSIGA SER UMA VITORIOSA DAQUI PRA FRENTE ....

Anônimo disse...

Absurdo. Tb demorei pra dormir esta noite. Esta noticia dele ser levada pra fora do Brasil pra que um orgao internacioanal garanta que esta mulher nao seja posta em liberdade depois de 1/2 anos e seja indenizada com o dinheiro do casal e que eles tb paguem a ela tratamento psicologico vitalicio.

Obrigada por escrever o artigo.

Ana

Anônimo disse...

Absurdo, muito triste. Eh uma noticia que nao da pra ignorar. Espero que este casal perca todos os bens em indenizacao a esta menina e tratamento psicologico. Algum orgao internacional de protecao a crianca tem que acompanhar este caso pra esta gente nao acabar em liberdade depois de 1 ano.
Paula

Unknown disse...

Eu sempre penso q já vi de tudo na minha vida, mas a cada dia q passa vejo q a brutalidade "humana" é surpreendente.
Tô chocada... Vi uma foto, do corpo da menina, no jornal do Comércio q me deixou arrasada. Não consigo entender tamanha ruindade. E q mãe é essa q abandona um filho desse jeito? Sou separada, tenho três filhos, trabalho o dia todo, estudo a noite, e nunca abandonei nenhum deles por motivo algum. Como ficará o psicológico dessa garota? Será q há recuperação para um trauma desses? Q Deus ajude-a.

Anônimo disse...

Desejo para a monstra Silvia Calabresi o mesmo destino que teve Marcelo Borelli. So tive paz quanto ao caso dele quando soube do tragico fim que Borelli teve.

Anônimo disse...

Só espero que os meios de comunicação, os blogs e outros tantos "divulgadores de notícias estarrecedoras", acompanhem de perto o caso da menina até haver uma solução aceitável para ela e não simplesmente esquecê-la depois que diminuir o interesse público ou aparecer novo escândalo.

É por essa e outras que sou atéia. Entendo que o "ser pensante" é o final de uma evolução naturalista, depois virá a grande explosão e tudo começará em outro planeta, de uma outra forma.

Anônimo disse...

Querida Baby :

Deixemos de por a culpa em Deus nesta questão, primeiro por ser agnóstica (por ter declarado no texto) e segundo por não ter sido obra Dele. Concordo plenamente com a sua indignação e que infelizmente fazermos parte disso, participando como MEROS ESPECTADORES e pior: não depende de nós , para que a justiça seja feita (e do jeito que queremos).
Esse caso absurdo é só uma pequena amostra do que realmente acontece de forma descarada no Brasil e multiplique este acontecimento à décima potência: ainda será muito pequeno em relação às aberrações que se fazem com crianças no mundo inteiro !
Temos o péssimo hábito de não buscarmos essas informações, porque a mídia é quem nos informa.
Não precisamos nos esforçar muito para isso: entre na internet. Lá você verá desde "Chineses que pagam para comer carne de feto" (isto é, interrompem uma gravidez saudável para comer um ser vivo)até estupro de crianças em áreas de guerra,prostituição de menores na Indonésia, seitas religiosas que usam crianças para atos macabros, tráfico de menores com o objetivo de retirar seus órgãos, gente comercializando fotos de crianças morrendo de fome ou sendo comido por abutres ou comendo esterco de animais na África...e a lista não acaba por aí.
É revoltante sim, Baby. Mas não podemos simplismente jogar a culpa em Deus,registrar a reclamação e cruzar os braços. Temos que pedir à Ele muita coragem. Coragem para nos sensibilizarmos, nos mobilizarmos e lutarmos em direitos à essas inocentes crianças que estão sujeitas e vulneráveis à todas as aberrações que NÒS adultos permitimos. Que tal , neste exato momento, descruzarmos os nossos braços e apartir da sua iniciativa em iniciar essa discussão, pedirmos o auxílio de Deus ,para criar soluções de proteção às nossas crianças aqui no Brasil e no mundo? ONGS é o que mais sobra em nosso país e a UNICEF sempre ajuda boas propostas. Ainda mais sabendo que esta proposta, iniciou de pessoas que se sensibilizaram com o caso da "Maria Vitória" e que por meio dela estão gritando e pedindo um BASTA aos crimes contra as nossas crianças e execução justa aos bárbaros do nosso século.Deixo minha sugestão e meu e-mail de contato para todos aqueles corajosos que querem mudar esta triste reslidade! Um abraço à todos ! Cristiane (cris.silva.gomes@bol.com.br)

Anônimo disse...

Eu desejo sinceramente que essa mãe conheça a Jesus, pois a bíblia fala que quando conhecemos Jesus nós somos libertados de todo mal, e tbm que essa criança O conheça pois somente Jesus pode a libertar ela dessas lembraças terríves, ela naum vai ter aminésia mais vai se libertar tbm, que Deus abençoe todos vcs!!! Jesus os ama...

Anônimo disse...

Acho um abssurdo uam mãe, deixar a filha com uma patroa durante 2 anos,vendo a menina cheia de ematomas e não tomar providencias!
espero que a mãe biologico também vá pra cadeia porque é o que ela merece!
obrigada pela atenção espero que DEUS abonçoe a vida desta manina pra daqui da frente ela ter muitos bençãos sobre o senhor JESUS e também concordo que ainda existem muitas pessaos boas nesse munso e muitas amaldiçoadas e má amadas naod desejo nenhum mal á elas masi espero que melhorem
enquanto esssa mae adotiva que se diz ser coitadinha espero que ela morra sentindo dorees que ela sofra até o seu ultimo segundo!
obrigada pela atenção!
Ana Carolina, Débora Vitória!
Goiania GOIAS.