Dona Mundinha, moradora de um grotão do Nordeste, é mãe de onze filhos vivos, fora os mortos, mas só três registrados em cartório. Todos são tratados por apelidos. Depois que ganhou um raidinho de pilha e começou a escutar uns boatos, a mulé que, mesmo sem marido, embarrigou novamente, passou a dar uns nomes estranhos aos filhos.
A filha mais velha ela denominou Currupção. Ela acha o nome melodioso, rima com curação. O segundo filho, que atorou um dedo com um facão, ela batizou de Lulala. É o mais falante da turma, tem jeito pra política. Nem precisa estudar, vai ser presidente. Outro, um gorduchinho, diferente dos irmãos magrelos, ela passou a chamar Mensalão. Um raquítico, com barriga de verme, é o Sanguissuga.
O Dóla Nacueca, é um rapazinho vistoso, bom de negócio, vende rapadura na feira. Faz dinheiro. Pra sustentar tantas bocas, Dona Mundinha, nome derivante de Raimunda, sabe que não pode contar só com o mata-fome do governo, ao qual é associada. Fiel aos seus princípios, ela agradece com voto.
O caçula, a mãe apelidou Doçiê. Não é raro ouvi-la gritando ao piá: “Dociê, sai dessi mato, qui podi tê cobra cascavé”. Como o menino não dá bola, ela apela ao sobrenatural: “Dociê, num demora, que o isprito do Lampião ti pega aí na caatinga”.
De tanto ouvir no rádio o sobrenome Vedoin, numa confusão de audição, Dona Mundinha passou a chamar um filho, bem miudinho, de Menduin. Esse é o trapaceiro da turminha. Quando vai à feira com o Dóla Nacueca, tenta vender tudo mais caro, é o super-faturador.
Outro nome envolvido num escândalo, que lembra o Dilúvio da Bíblia, também foi aplicado por Dona Mundinha em um dos herdeiros da miséria. É o Dilu Biu.
A lista de apelidos é bem maior, atinge também o papagaio, o cachorro baio, o bode velho. Bem, enquanto você fica imaginando a vida de Dona Mundinha e a filharada, vai ficando tarde. E como ta ficando tarde, é hora da Currupção temperar a buchada de bode. Afinal, logo, logo será outubro, mês de votação.
(Baby Espíndola)
A filha mais velha ela denominou Currupção. Ela acha o nome melodioso, rima com curação. O segundo filho, que atorou um dedo com um facão, ela batizou de Lulala. É o mais falante da turma, tem jeito pra política. Nem precisa estudar, vai ser presidente. Outro, um gorduchinho, diferente dos irmãos magrelos, ela passou a chamar Mensalão. Um raquítico, com barriga de verme, é o Sanguissuga.
O Dóla Nacueca, é um rapazinho vistoso, bom de negócio, vende rapadura na feira. Faz dinheiro. Pra sustentar tantas bocas, Dona Mundinha, nome derivante de Raimunda, sabe que não pode contar só com o mata-fome do governo, ao qual é associada. Fiel aos seus princípios, ela agradece com voto.
O caçula, a mãe apelidou Doçiê. Não é raro ouvi-la gritando ao piá: “Dociê, sai dessi mato, qui podi tê cobra cascavé”. Como o menino não dá bola, ela apela ao sobrenatural: “Dociê, num demora, que o isprito do Lampião ti pega aí na caatinga”.
De tanto ouvir no rádio o sobrenome Vedoin, numa confusão de audição, Dona Mundinha passou a chamar um filho, bem miudinho, de Menduin. Esse é o trapaceiro da turminha. Quando vai à feira com o Dóla Nacueca, tenta vender tudo mais caro, é o super-faturador.
Outro nome envolvido num escândalo, que lembra o Dilúvio da Bíblia, também foi aplicado por Dona Mundinha em um dos herdeiros da miséria. É o Dilu Biu.
A lista de apelidos é bem maior, atinge também o papagaio, o cachorro baio, o bode velho. Bem, enquanto você fica imaginando a vida de Dona Mundinha e a filharada, vai ficando tarde. E como ta ficando tarde, é hora da Currupção temperar a buchada de bode. Afinal, logo, logo será outubro, mês de votação.
(Baby Espíndola)
Nenhum comentário:
Postar um comentário