Foram várias surras, aplicadas por canalhas que habitam palácios, o
que provocou lesões gravíssimas, provavelmente irrecuperáveis. Nem
sabemos se a Democracia vai sobreviver.
A
democracia levou uma surra, nos últimos dias. Apanhou no Congresso,
quando a banda podre do PT conseguiu aprovar a contabilidade
criativa. Foi humilhada pela CPMI da Petrobras, que não achou nada
de errado no maior escândalo do país. A nossa sofrida Democracia
também foi violentamente espancada pelos inúteis ministros do TSE,
que aprovaram as contas de campanha de Dilma Rousseff. E a Comissão
da Verdade foi concluída com meias verdades, para agradar o grupo
ideológico que habita palácios.
Contabilidade criativa >>> Vamos
por parte. Primeiro, a contabilidade criativa. Depois de roubar,
roubar muito, a quadrilha do Palácio do Planalto descobriu que era
totalmente impossível fechar as contas. E que se as contas não
fechassem, a presidente Dilma poderia ser enquadrada em crime de
responsabilidade fiscal. Então, os multiplicadores de corrupção
inventaram a contabilidade criativa, através da qual, 2 + 2 são 5.
Para convencer os canalhas do Congresso Nacional, bastou um balaio de
capim recoberto com dólares. Tudo resolvido.
Na
mesma tarde/noite de quarta-feira (10), a Democracia apanhou em
dobro. Enquanto o relator da CPMI da Petrobras anunciava o relatório
final (da investigação que não investigou nada), no TSE, um bando
de ministros fantasiados de preto fazia um esforço desmedido para
aprovar as contas de campanha de Dilma Rousseff e do PT. No final,
também deu tudo certo, a favor da corrupção.
Chapa branca >>> Fazendo
um esforço sobrenatural para parecer decente, o relator da CPI
Mixta, Marco Maia, leu um relatório sobre a Operação Lava Jato e o
escândalo Petrobras, que não aponta nenhuma irregularidade. Bilhões
de dólares em propina, compra de refinaria por um valor 300 vezes
acima do preço normal, dezenas de prisões. Mesmo assim, Marco Maia
não detectou nada de errado. Por isso, não indiciou ninguém, em
seu relatório chapa branca, redigido dentro do Palácio do Planalto
e nos porões da Petrobras. Detalhe: Marco Maia é deputado do PT.
Usa cueca vermelha.
Contas do PT >>> E,
no plenário do TSE (o tribunal que deveria ser sério, mas que não
consegue), os ministros aprovaram as contas de campanha da presidente
reeleita e do partidão. Também não notaram nada de irregular,
embora os técnicos e peritos do próprio TSE tenham apontado dezenas
e dezenas de graves irregularidades nas contas de um grupo político,
que tem a marca da corrupção.
O
relator, ministro Gilmar Mendes, demorou mais de duas horas para ler
seu voto. É não é porque perdeu os óculos, não. É cara de pau
mesmo. O bobalhão bem sabe que o ouvido humano não tolera uma mesma
fala durante muito tempo. Principalmente quando a fala emite os
ruídos da indecência. Detalhe: os ministro do TSE, como de outras
cortes de justiça, são indicados pelos políticos – os mesmos
políticos que eles deveriam julgar com imparcialidade.
Meia verdade >>> Outro
fato gravíssimo. A Comissão da Verdade, instituída para investigar
excessos do período dos governos militares, foi concluída com meias
verdades. Para ser da verdade, a comissão deveria ouvir os dois
lados: os militares (e seus tentáculos no governo e nos organismos
de segurança) e os lacaios de Cuba, que pegaram em armas.
Nos
anos 60, o Brasil viveu dias de terror. O Exército e órgãos de
segurança, com os tanques nas ruas, endurecendo cada vez mais o
regime. Do outro lado, a guerrilha urbana, treinada em Cuba e
sustentada pelo ouro de Moscou.
Os
dois lados cometeram excessos. Por isso, a Comissão da Verdade
deveria ouvir também os guerrilheiros, entre eles, Dilma Rousseff
(ou Estela), Zé Dirceu e outros.
Assim,
de fatos em fatos, a Democracia levou várias surras, nos últimos
dias. Foi uma sequência de espancamentos. Será necessário um
diagnóstico mais profundo, para sabermos se a Democracia, já tão
fragilizada por outros fatos, sobreviverá a mais essa surra.
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