Claro que a matéria, que propõe o escandaloso reajuste, foi aprovada na calada da noite. E o rombo será grande, porque o aumento também beneficia os senadores, ministros do STF, ministros de Estado, presidente e vice-presidente da República.
Demorei a me manifestar, por falta de tempo. Contudo, mesmo depois de um dia de intensas atividades, não posso me calar. Neste entardecer, faço esse desabafo:
Na calada da noite, quando grande parte dos brasileiros estavam adormecidos, descansando para a luta do dia seguinte, os canalhas da Câmara Federal, um braço do Congresso Nacional, aprovaram um salário parlamentar de R$ 33,7 mil. O aumento que os cretinos se autoconcederam é de 26 por cento.
Digo,
que o reajuste, que beneficia outros favorecidos, é criminoso,
porque acontece num momento em que os brasileiros se preparam para
absorver a grande crise econômica, consequente da roubalheira e
desmandos do Governo Federal.
O
mais grave é que o reajuste terá efeito cascata, chegando até os
estados e municípios. A isso eu chamo de roubalheira oficial.
Está na rede >>>
A
Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17), em votação
simbólica, os decretos e projetos de lei que reajustam os salários
de deputados federais, senadores, ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal), ministros de Estado, presidente e vice-presidente da
República. Os projetos ainda precisam ser votados pelo Senado.
Se
as matérias forem aprovadas no Senado, deputados federais, senadores
e ministros do STF deverão receber R$ 33,7 mil por mês.
Ministros
de Estado, presidente e vice-presidente da República e o
procurador-geral da República irão receber R$ 30,9 mil. O valor
também se aplicará ao teto da Defensoria Pública.
Para
parlamentares, o reajuste será de 26%. Para membros do Executivo, o
aumento será de 15,7%. Para os ministros do STF, 14,6%.
"Eu
acho que a gente já ganha o suficiente. Não precisa de aumento",
disse o deputado Tiririca (PR-SP).
No
caso dos salários dos parlamentares e dos membros do Executivo, os
decretos legislativos só precisam ser aprovados pelo Senado para
terem validade. No caso dos salários dos ministros do STF, da
Procuradoria Geral da República e da Defensoria Pública, os
projetos precisam ser aprovados pelo Senado e serão submetidos a
sanção presidencial.
Estimativas
indicam que apenas no Congresso, o impacto do reajuste dos salários
dos parlamentares, que hoje é de R$ 26,7 mil, será de R$ 71 milhões
ao mês.
O
regimento interno do Congresso Nacional determina que uma legislatura
estipule os vencimentos da próxima. Na prática, não há nenhuma
obrigatoriedade de que os salários sejam reajustados, mas a última
vez que os vencimentos foram elevados foi em 2011. As atividades do
Congresso Nacional neste ano terminam no próximo dia 22.
[Com
informaçoes do Uol Notícias]
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