segunda-feira, dezembro 01, 2014

LUXO E FANTASIAS DOS CORRUPTOS NA CADEIA

Ladrões da Petrobras e cachorrinha de madame só tomam água importada

Outro dia, assistimos, pela televisão, a mobilização dos visitantes à carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Não nos pareceu um dia de visitas normais. Mais parecia uma manifestação das elites, protestando contra as condições dos “apartamentos” no presídio, que guarda os presos da Operação Lava Jato”, do rumoroso caso de corrupção na Petrobras..

As visitas, quase todas elegantes senhoras, trajando modelitos mais para desfile de moda que peregrinação de cubículo, tiveram dificuldades para cruzar a recepção da PF. No setor de triagem, se formaram longas filas.

Eram muitos os produtos a serem revistados. Chocolates importados, refrigerantes com rótulos americanos, água mineral francesa. A relação de vaidades é imensa.

Que esnobismo. Tudo pago com dinheiro de corrupção, de obras superfaturadas. Alguns dos presos, viviam faustosamente de propina. Outros, os empresários, superfaturavam os contratos, para dividir o excedente de dinheiro público com os gestores públicos bandidos, que cercam Dilma Rousseff e bajulam Lula da Silva.

Mas, não é só administrador da Petrobras e empresários que refrescam as tripas com água mineral francesa. No ultimo final de semana, uma retardada, que arrasta alguns quilos de silicone pelos corredores da badalação, estava na televisão, confessando toda afetada, que a cachorrinha dela só bebe água francesa.

É oportuna uma reflexão sobre a televisão brasileira, que se transformou em aterro sanitário, para colecionar besteiras de celebridades e famosos. Devemos dizer, ainda, que esse esnobismo é degradante, sinal de uma sociedade doente e decadente.

Necessário se faz, comentar, também, que na França, de onde vem a água preferida dos corruptos brasileiros, os cidadãos franceses bebem água pura, “na fonte”, na torneira. Que, aqui, no país da desordem e desrespeito ao cidadão, a água da torneira – que deveria ser um serviço público de qualidade – pode significar uma infecção estomacal, diarreia e vômitos, até a morte. O risco existe.

Até o final dos anos 80, era moda consumir uísque importado, preferencialmente contrabandeado, mesmo que a destilaria fosse qualquer fundo de quintal criminoso, e que o produto fosse adulterado, mascarado com substâncias tóxicas. Agora, é chique fazer pose na academia, com uma garrafa de água importada.

A se julgar pela predileção dos criminosos e seus familiares, por água mineral francesa, é de se imaginar que o lava jato, do posto de gasolina flagrado na operação criminosa, certamente não utilizava o líquido que corre pelos canos dos pobres. Para lavar as fortunas em reais, dólares e euros, roubados da Petrobras, só mesmo com água importada.

Precisamos convencer os fanáticos por fantasias, que o Brasil produz algumas das melhores águas mineiras do mundo. Inclusive, aqui, em Palhoça, bem pertinho de nós, temos a Água Mineral Santa Catarina, cuja fonte está aos pés de uma “chaleira” chamada Morro Cambirela. (Sempre imagino que o meu Cambirela é um vulcão adormecido). Na subida da serra, em Santo Amaro da Imperatriz, temos a Água Imperatriz, cuja estáncia termal é usada como fonte de cura, por milhares de habitantes de vários países. Inclusive da França.

Para encerrar... No dia da visitação aos ricos, corruptos e poderosos, uma senhora, trepada num salto que mais parecia perna de pau de circo, xingou os jornalistas, que filmavam e fotografavam o esnobismo, as cenas de afronta aos brasileiros. Os brasileiros, que são sacrificados pela maior carga tributária do mundo, para sustentar canalhas. Canalhas do Congresso Nacional. Canalhas de palácios da republiqueta do mensalão. Canalhas de estatais, como a Petrobras. Canalhas de empreiteiras.

A loira siliconada chamou os jornalistas de urubus. Urubus que farejam água mineral francesa, chocolate suíço e outras preciosidades, tudo comprado com dinheiro roubado. A dondoca xingou a imprensa, entrou num carro avaliado em mais de 300 mil reais (também comprado com dinheiro suspeito), e foi embora.

[01 12 14]

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