Embora todo o esforço da Polícia Federal e do Ministério Público, os corruptos visitam as cadeias e são liberados. Mais grave ainda: 92 por cento dos homicídios nem mesmo são investigados.
Hoje,
8 de dezembro, é Dia da Justiça. Assim, em virtude das
comemorações, os tribunais fecharam as portas. Prazos processuais,
iniciados ou completados nesse dia ficam automaticamente prorrogados
para o dia 9 de dezembro.
Pode-se
dizer que, no Dia da Justiça, a Justiça que se arrasta como
tartaruga perneta, ficou ainda mais lenta. Decididamente, parou.
Dizem
que o símbolo da Justiça – uma deusa lustitia (lo Latin), de
influência do Direito Romano – tem os olhos vendados, justamente
para não ver as injustiças que são cometidas no Brasil, o país da
impunidade.
No
quartel general da corrupção, criminosos importantes, políticos,
administradores públicos e donos de empreiteiras fazem o carnaval da
desonra, a festança da propina com dinheiro público. E nada
acontece, embora todo o esforço da Polícia Federal e do Ministério
Público. Como bem sabemos, os corruptos visitam as cadeias e são
liberados. Para roubar mais, protegidos pelo IBI – Instituto
Brasileiro da Impunidade.
No
caso de homicídios, também não há o que comemorar. Ocorrem, em
média, cerca de 60 mil assassinatos a cada ano. Um número
vergonhoso. Nenhuma guerra mata assim. E, o mais grave, bem mais
grave, é que 92 por cento dos crimes nem mesmo são investigados. Os
criminosos não chegam aos tribunais.
Claro,
temos que admitir, que alguns juízes e funcionários do Poder
Judiciário como um todo merecem o seu dia, pela dedicação ao
trabalho, à causa da Justiça. Mas, não há o que comemorar. No
conjunto da obra, a instituição Justiça é uma farsa. Falha porque
tarda.
Devemos ainda, reconhecer o incansável trabalho dos advogados (corretos), na ânsia de promover os princípios do amplo direito de defesa, o que se traduz como um fundamental alicerce da Justiça.
Devemos ainda, reconhecer o incansável trabalho dos advogados (corretos), na ânsia de promover os princípios do amplo direito de defesa, o que se traduz como um fundamental alicerce da Justiça.
Em
verdade, com milhões de processos parados, a Justiça deveria
trabalhar hoje. Com plantão durante todo o dia, o que deveria ser
uma regra: expediente em dois turnos. E inclusive, deveria fazer
plantão nos finais de semana, revezando juízes e funcionários,
remunerando todos pelas horas extras trabalhadas, claro. Até que as
montanhas de processos fossem eliminadas.
Para
dar o bom exemplo, o Tribunal de Justiça do Paraná está
funcionando, hoje, normalmente.
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