Por isso, não
conseguiu ouvir, até hoje, “a voz das ruas”, que exige investimentos em saúde,
educação, transporte, justiça e segurança.
Tia Dilma tem cera nos ouvidos. Só
pode ser. Não há outro diagnóstico. E deve ser uma cera muito antiga, resistente,
quase petrificada. Recomendo uma furadeira elétrica, para desobstruir os canais
de audição da presidente da republiqueta dos mensaleiros.
Tá surda, a tia. Mais de 70 mil
vozes se juntaram, no Estádio Mane Garrincha, para formar uma vaia estrondosa,
em cinco atos seguidos, mas ela não escutou. Agora recomenda que todos ouçam “a
voz das ruas”, fingindo que não é com ela.
E continua desinteressada, quando
deveria ficar bem antenada. Porque o povo brasileiro está nas ruas, e não é
para brigar por centavos. A população está sintonizada na gastança, nos bilhões
que o Governo Federal está gastando na construção ou reforma de estádios de
futebol. Obras suspeitas de superfaturamento. Lula da Silva e sua criatura, com
know-how de guerrilha, tentaram iludir o povo com pão e circo. Futebol e bolsa
voto.
O plano da turma da cueca
vermelha (e dólares na cueca) deu errado. O povo está nas ruas, exigindo mais
qualidade de vida, mais saúde, educação eficiente, segurança e justiça. E
condenando a gastança, com obras que não são prioritárias. Estes são temas
nacionais. Mas cada região agrega, à temática geral, suas próprias
reivindicações. O balaio da insatisfação está cheio até as alças.
Tia Dilma tá surda. Ou finge que
não ouve. Primeiro, ela se recolheu ao santuário palaciano, como pomba gira
cansada e sem fé, para depois reaparecer com um rosário de conselhos. A “dama
de ferro” de Brasília está recomendando, que os brasileiros ouçam “a voz das
ruas”. Agradecemos pelo conselho.
E, como a tia tá surda, vamos
passar o letreiro, para que ela possa ler o que diz “a voz das ruas”. As vozes
das ruas, senhora presidente, clamam por respeito e dignidade. Coisa que a
senhora, ministros, ratos do Congresso Nacional, a politicagem de forma geral,
esqueceram.
Abre bem os olhos, senhora
presidente. É para a senhora e seus comandados, que o povo está gritando
palavras de ordem. Só para começar a lista, a “voz das ruas” exige o seu
impeachment. E, não demora muito, vai aparecer um abaixo-assinado, para
recolher cinco milhões de assinaturas. Missão nada difícil, diante do mar de
gente, que caminha pelas ruas de várias cidades.
A reforma política, tantas vezes
prometida e sempre adiada – senhora surda –, será uma das exigências do povo,
ao final das mobilizações. Um novo pacto federativo, com certeza também será
cobrado. Porque os brasileiros cansaram de pagar impostos, para sustentar a
canalhada de Brasília. De cada cem reais, mais de 70 são desviados para o
governo dos mensaleiros. É como na Roma antiga. Todas as províncias produzem
para sua majestade. E, quando uma cidade precisa de dinheiro, para um serviço
público, como por exemplo, para melhorar o transporte coletivo, o prefeito se
veste de súdito da rainha e cavalga para Brasília.
Um novo pacto federativo, deve
inverter a pirâmide da tributação. O maior volume da arrecadação, deverá ficar,
no município, onde vive o cidadão, para investimentos em obras sociais. Aí,
sim, teremos um país mais justo.
A Roma antiga sumiu em meio a um
incêndio. Das cinzas, brotou a esperança de dias melhores. Esse império podre, escandaloso,
instalado, pomposamente, no centro do Brasil, alicerçado em princípios de
submissão e corrupção, precisa ruir. Não deve ficar pedra sobre pedra, conforme
profetizou o Grande Filósofo. Que assim seja.
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