sexta-feira, janeiro 16, 2009

GOVERNO LULA ABRAÇA CRIMINOSO ITALIANO

Por muito esforço que se faça, mesmo assim, impossível é compreender algumas atitudes adotadas pelo Governo Brasileiro, no campo da diplomacia internacional. Episódios grotescos estão a arrazoar essa argumentação.

No mais recente deles, contrariando recomendação do Itamaraty, que optou pela extradição, o Ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu (ele, o ministro, com o aval de Lula da Silva) “status de refugiado político” para o criminoso italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua, por vários crimes, inclusive quatro homicídios. Essa decisão pessoal de Tarso Genro está colocando Brasil e Itália em lados opostos da trincheira diplomática.

Alguns membros do governo petista agem por impulsos emocionais, motivados por ideologias. Difícil é aceitar que assuntos tão delicados sejam tratados por pessoas tão despreparadas.

Figuras destacadas do Governo Lula fazem valer, ao pé da letra, o velho ditado popular, segundo o qual, “os semelhantes se entendem”. Explico: O italiano Cesare Battisti, considerado um extremista de esquerda, cometeu vários crimes, na velha Itália, nos anos 70. No mesmo período, aqui no Brasil, alguns moços e moças – que, se hoje não estão com os cabelos brancos, é graças à boa tintura, talvez paga com cartão corporativo –, também assaltaram bancos, trocaram tiros com a polícia, praticaram seqüestros. E hoje estão no governo. Endeusados e fantasiados com os trapos da democracia.

Em resumo. Os semelhantes se atraem. Não só por ideologias. Também pelos crimes praticados. Assim sendo, aqueles que tiveram mais sorte e subiram ao pedestal do poder, passam a socorrer antigos “cumpanheiros”, “camaradas” de crimes e de ideologias.

Em seu favor, contam com um fato importante. A oposição ao governo petista é mais frágil que barata em galinheiro. Mas, há a imprensa, fiscalizando, ciscando nas gavetas oficiais e no lixo dos poderosos.

O que mais se estranha é que o presidente Lula Castro, Chávez, Morales da Silva, logo que o escândalo veio a público, correu em defesa do amigo Tarso Genro. Fez um pronunciamento, de maneira improvisada, usando uma camisa quadriculada, do tipo fantasia para parecer um “pobri”.

Afinal, por que tanto interesse do governo brasileiro, em contemplar um criminoso condenado à prisão perpétua, com o status de refugiado político? Inclusive, contrariando recomendação do corpo diplomático do Itamaraty.
Como se no Brasil já não tivéssemos bandidos de sobra. O Brasil é um celeiro do crime. Nossa safra de criminosos, tanto de tênis sujo, quanto de gravata importada, do tipo mensaleiros, é suficiente para abastecer o mundo todo, por vários anos.
Mas, amparar bandidos importados, é especialidade do Governo Lula. Devemos recordar do rumoroso caso, em que Francisco Antonio Cadena Collazos (conhecido como padre Olivério Medina, ou também "Cura Camilo"), delegado das Farc no Brasil, foi beneficiado com uma “proteção especial”, por ser casado com uma brasileira, que trabalha num ministério.

Medina foi preso em São Paulo, em agosto de 2005. Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a "Cura Camilo" o status de refugiado. Decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.

Se compararmos os dois casos – o status de refugiado político para o criminoso italiano e a “proteção especial”, concedida a Medina, das Farc –, com a postura nada diplomática, adotada no caso de dois pugilistas cubanos, ficamos mais perplexos ainda. Os atletas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que desertaram da delegação cubana, durante os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, foram expulsos do Brasil e atirados aos leões da família Castro.

Nesse episódio – lamentável, do ponto de vista diplomático –, ficou evidente o interesse pessoal do presidente Lula em agradar a Fidel Castro. Os dois boxeadores queriam proteção diplomática aqui no Brasil. Através de um processo de deportação cheio de falhas, Lula e Celso Amorim empurraram os cubanos de volta ao regime tirano dos ditadores Castro.

Já no caso do criminoso italiano... Bem, já afirmei: os semelhantes se entendem. E como se entendem.

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