terça-feira, junho 17, 2008

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA DESESTRUTURAÇÃO DA FAMÍLIA

Baby Espíndola

A desestruturação da família é um processo lento e gradual, que acontece por etapas, mas não por acaso. A maior influência na desestruturação familiar vem da mídia, principalmente a eletrônica, veiculadora de campanhas publicitárias, cujo único objetivo é vender produtos. Para alcançar seus objetivos, os publicitários e veículos de comunicação atropelam princípios éticos, morais, provocando uma profunda confusão social, principalmente na juventude.

São, justamente, os jovens os alvos preferidos das campanhas publicitárias, que acabam formando novos conceitos sobre determinados assuntos. Tais peças publicitárias visam, exatamente, desestruturar a juventude, liberando-a da influência dos adultos, divorciando-a dos ensinamentos da escola – e até provocando a evasão escolar - e gerando um interesse desmedido por pseudo-ídolos da música, da televisão, estes justamente os agentes da mídia.

Essa desestruturação tem um propósito definido: vender, vender e vender, e, além de tudo, exaltar um apelo irresistível, o que transforma os jovens em consumistas desenfreados de produtos, dos quais não precisam necessariamente, como as bebidas alcoólicas (e, aí, se destaca a cerveja com seu irresistível apelo sexual), o cigarro, as drogas, tênis e roupas de marca, etc. Além de consumistas, os jovens, ultra-influenciados, acabam copiando, também, o comportamento, nem sempre recomendado, dos ídolos usados nas campanhas publicitárias.

Talvez seja esse o aspecto mais negativo do processo de influência, que leva ao desajuste familiar, falhas na formação de caráter, visão distorcida de relações inter-pessoais, fatores que vão desaguar, mais tarde, invariavelmente, no vasto oceano da infidelidade conjugal, traição e conseqüente separação.

O mais grave é que, sempre que a família esboça reação, essa é tímida, isolada, contida, porque entra em choque com o bombardeio massificante da publicidade. Os mais velhos são “caretas”, adjetivo que também pode ser colado nos professores e formadores de opinião, que optam pelos ensinamentos da ética e da moral.

A mesma mídia tem sua parcela de culpa, ainda, no esfacelamento do casamento ou união sólida, célula primeira da família, processo que se dá também pela influência negativa de ídolos e celebridades, que apregoam uma falsa liberdade comportamental.

Sem um lar forte, organizado, o jovem, sob a guarda de apenas um dos pais, geralmente a mãe, de certa forma abalada pela separação, fica mais suscetível de sofrer influência, seja de amigos, dos formadores de opinião ou de todos esses agentes.

Ao que tudo indica, ainda é a escola, na condição de formadora de opinião, a única e última resistência, entrincheirada num luta desigual. Pois até as religiões, na fuga de um confronto desleal entre o conservadorismo e o modernismo, cederam espaço e, mais recentemente, retiraram-se da zona de combate. Cada uma defendendo seu feudo divino, esqueceu-se de proteger a família, que pode definir os caminhos a serem seguidos pela juventude.

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