segunda-feira, setembro 29, 2008

EDITORIAL – O MASSACRE DOS IMPOSTOS NO IMPÉRIO DO REI LULA

Os números, sobre os quais passaremos a conjecturar, são impressionantes e, de imediato, provocam um intenso sentimento de revolta nos brasileiros, dotados de um mínimo de dignidade. Pois, as estatísticas indicam que estamos sendo enganados, saqueados, explorados, por um sistema avarento de arrecadação de impostos.

A conclusão a que chegamos, bastando, para isso, uma superficial análise dos números, é que estamos pagando duas vezes pelo mesmos serviços, que deveriam ser públicos, mas que são transferidos para a iniciativa privada.

Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) revela que a classe média brasileira vai trabalhou 75 por cento do ano de 2008, para pagar tributos e adquirir serviços públicos essenciais, principalmente nas áreas da saúde, educação e segurança. Isso significa três quartos do ano. Ou seja: de janeiro a setembro, marchamos nas trincheiras de produção, para alimentarmos os governantes e a classe política, principalmente o bando de Brasília.

Segundo conclusão a que chegaram os técnicos do IBPT, “a deficiência na prestação dos serviços públicos obrigam as famílias a gastar cada vez mais com serviços privados, em substituição àqueles que deveriam ser fornecidos pelo Estado”.

Como isso acontece? Os governos – principalmente aquele estabelecido na república brasileira do mensalão –, saqueiam os súditos de todo o país, exigindo, constrangendo e até ameaçando para conseguir seus objetivos: que é arrecadar o máximo possível.

Somente em 2008, a Receita Federal já amontoou, em seus cofres, mais de 700 bilhões de reais. Assim, pagamos a maior carga tributária do mundo, ao império do Rei Lula, mas não desfrutamos de serviços públicos nos mesmos níveis.

Não é mais novidade para ninguém, que a saúde é um caos. E, como a saúde está na UTI, apelamos para os planos complementares, que nem sempre correspondem à expectativa.

Que a educação é deficiente – basta citarmos que mais de dois milhões de crianças, rigorosamente matriculadas nas escolas, como manda o figurino oficial, para engordar estatísticas, não sabem ler, nem escrever. Então, se a educação não é das melhores, os filhos da classe média passam a freqüentar escolas particulares.

E a segurança mais parece um roteiro de filme de terror. Quem dita as regras são os narcotraficantes, contrabandistas de armas, membros do crime organizado e desorganizado, espalhados como polvos malditos, das favelas aos palácios, com seus tentáculos em setores do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Horrorizados com a criminalidade, compramos equipamentos e contratamos serviços. Nos enjaulamos em nossas casas e no trabalho.

Conclusão: pagamos pelos serviços públicos, através dos impostos, mas não podemos contar com o Estado / Nação. Então, somos forçados a comprar os mesmos serviços da iniciativa privada.

Na área dos transportes, gradativamente, o governo Lula da Silva (que na campanha pela reeleição era contra as privatizações, uma manobra de Satanás! – dizia) vai privatizando as rodovias. Mas continua cobrando impostos nas mesmas proporções, inclusive através da Cide, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, o imposto específico dos combustíveis, um embuste do Governo Federal. (Sobre a Cide, trataremos, detalhadamente, num capítulo à parte).

Por todos os serviços aqui mencionados, e tantos outros não referidos, pagamos muito caro e nem sempre a qualidade é a ideal.

Detalhe importante: geralmente, as empresas prestadores de serviços, nas áreas de saúde, educação e segurança, pertencem aos políticos e administradores públicos, ou a aliados, que, em épocas de campanha eleitoral, como agora, sustentam suas gorduchas despesas e mordomias.

É fácil de entender mais essa maracutaia. A classe política deixa de prestar o serviço público, para vender os serviços através da iniciativa privada. Muito conveniente.

Assim, precisamos trabalhar três quartos do ano, de janeiro a setembro, para pagarmos impostos e despesas com serviços prestados pela iniciativa privada. Serviços que deveriam ser prestados pelo Estado / Nação.

Apesar de tudo isso, cerca de 65 por cento dos súditos acham que o rei é muito bom. O rei saqueia as províncias, através de seus soldados arrecadadores de impostos, mas o rei é bom.

(Baby Espíndola)

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