segunda-feira, setembro 08, 2008

AUMENTO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM PALHOÇA É SUPERIOR À MÉDIA NACIONAL

O Chefe da Agência Regional da Celesc / Florianópolis, engenheiro Gilberto dos Passos Aguiar, revelou, em entrevista à Rádio Cambirela, na segunda-feira, 1º. de setembro, que o consumo de energia elétrica, no município de Palhoça, vem crescendo a uma média de seis a sete por cento, bem acima do índice nacional, que é de 4,5 por cento ao ano. Passos Aguiar explicou que esse significativo crescimento pode ser creditado aos altos investimentos que Palhoça vem recebendo nos últimos anos. “A administração pública municipal, capitaneada pelo prefeito Ronério Heiderscheidt, soube atrair investidores para o município”, afirmou. “Isso resulta em mais consumo, mais demanda”.


Devido ao aumento da demanda, a Celesc está se preparando com novas linhas de transmissão e de distribuição, para superar qualquer desafio.

Fotos: Divulgação / Assessoria de Imprensa da Celesc

O engenheiro disse, ainda, que a subestação da Celesc, que está sendo construída na Baixada do Maciambú, deverá estar pronta até dezembro. Com uma oferta maior de energia, a empresa tenta, assim, evitar problemas com apagão, como aconteceu na noite do último dia de 2007 e madrugada de primeiro de janeiro de 2008, quando milhares de nativos, turistas e comerciantes ficaram sem energia, nas praias de Palhoça, durante horas.



Engenheiro Gilberto Aguiar: "Crescimento em ritmo muito acelerado"


Gilberto Aguiar afirmou que a Celesc monitora constantemente os dados relativos ao aumento de demanda, sempre em sintonia com a Aneel e outros órgãos dos governos federal e estadual. A empresa está investindo em redes de transmissão e distribuição para evitar problemas na região.

Contudo, o chefe da agência de Florianópolis admite que “sempre existe o risco de apagão, não um apagão geral, mas sim problemas regionais, aos quais a empresa está preparada para dar uma resposta imediata”. Segundo Aguiar, “o risco de um apagão é um fantasma que sempre reaparece com o crescimento da demanda. O que se pode fazer é investir em geração, transmissão e distribuição de energia, para que isso não ocorra. Para diminuir a probabilidade de um apagão. E isso a Celesc está fazendo”, garante.

Por exemplo, para assegurar o fornecimento de energia elétrica na Região Metropolitana de Florianópolis, a Celesc está investindo em redes de transmissão e de distribuição.

CRESCIMENTO BEM ACIMA DA MÉDIA NACIONAL

Enquanto o Estado de Santa Catarina acompanha os índices de crescimento do consumo de energia elétrica, na ordem de 4,5 por cento, Palhoça, na Grande Florianópolis, está superando todas as expectativas. O município vem crescendo a uma média anual que oscila, nos gráficos, entre seis e sete por cento, o que está a exigir uma atenção especial da Celesc.

Preocupado com os dados da demanda, o estudioso Gilberto Aguiar se debruçou sobre os números, em busca de uma explicação para esse fenômeno regional. E detectou que Palhoça está atingindo índices de consumo de energia bem superiores a grandes centros, porque houve, nos últimos anos, uma migração de empresas de grande, médio e pequenos portes para o município que, em linhas gerais, marca pontos positivos em outras estatísticas indicadoras de desenvolvimento. Além das empresas (quase 2.500 se instalaram no município, nos últimos três anos, segundo dados da própria Secretaria de Industria, Comércio e Turismo), também alguns grandes loteamentos estão forçando a Celesc a destinar, cada vez mais, energia elétrica para Palhoça.

MAIOR DEMANDA, EM FEVEREIRO DE 2008

A nível de Estado, a maior demanda, registrada pela Celesc, aconteceu em fevereiro de 2008, quando, num momento de pico, os registros indicaram 2.300 megavatts. Gilberto Aguiar afirma que a direção da Celesc, como outras empresas do setor, órgãos do Governo Federal e do Governo Estadual têm conhecimento de que “está havendo um crescimento em ritmo muito acelerado, o que exige uma maior produção de energia”.

Todos os relatórios são enviados aos órgãos setoriais. “Periodicamente, a Celesc informa, aos órgãos de planejamento nacional, qual seu crescimento, qual seu mercado, qual sua demanda. A Celesc segue à risca o planejamento. E, é claro, que a empresa está se preparando com novas linhas de transmissão e de distribuição, para enfrentar qualquer problema, para superar qualquer desafio”.

E, justamente para enfrentar desafios, para evitar transtornos, como o apagão que atingiu as praias de Palhoça, no reveillon 2007 / 2008, a Celesc está construindo uma subestação na Baixada do Maciambú.

NOVOS INVESTIMENTOS EM PALHOÇA

Logo após o apagão, provocado pelo rompimento de um cabo de transmissão, atingido por uma árvore, no Morro dos Cavalos, local de difícil acesso, em 7 de janeiro, o prefeito Ronério Heiderscheidt procurou a direção da Celesc, quando foi formalizado um acordo. Na ocasião, o presidente da Celesc, Eduardo Pinho Moreira e o Secretário Regional da Grande Florianópolis, Valter Gallina, acenaram com investimentos de R$ 28,5 milhões em obras de infra-estrutura.

Os recursos deverão ser aplicados na construção de três subestações, no município, o que vai melhorar, consideravelmente, a oferta de energia elétrica em Palhoça, com o acréscimo de aproximadamente 60 MVA (Megavolts-Ampér), na tensão de 138 mil volts. As três subestações deverão ser construídas, duas na baixada do Maciambú (uma obra já está em andamento) e na divisa entre Palhoça e São José.

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