Costume antigo, que se espalhou por diversos cantos do Brasil, nos ensina a salgar o traseiro da galinha, para que ela corra para o ninho. Com a coceira provocada (que maldade!) a ave sai em disparada, turbinada pelo efeito do sal, e acaba revelando o ninho, até então desconhecido. Muitas vezes, ninho coletivo, com dezenas de ovos, alguns já passados, impróprios para consumo.
Encontrar o ninho, nem sempre era tarefa fácil. A galinha, desconfiando que era seguida, ficava se escondendo, disfarçando, dissimulando, ciscando aqui e acolá, fazendo tempo, para matar o observador no cansaço. Quantas vezes, quando menino de cinco, seis anos, levei bronca da mãe, porque a galinha desaparecia entre as touceiras de capim, enquanto eu me distraia com as encantadoras cores de alguma borboleta, ou com o canto de uma cigarra camuflada na folhagem.
Assim, porque o garoto era displicente e perdia a galinha de vista, a solução mais prática era aplicar uma boa dosagem de sal. Coitada! Achando que um ovo estava na portinhola, a ponto de despencar, a galinha disparava para o ninho.
E o presidente Lula da Silva está dando sinais de que conhece tal prática. Pois está salgando o traseiro da galinha dos ovos de ouro – ou seria de petróleo?
No caso das jazidas do pré-sal, nem mesmo achou o ninho e já está fazendo festança com a omelete. Num caso em que deveria prevalecer o bom senso e a discrição, o presidente está fazendo alarde, anda cantando mais que a galinha que foi salgada. Promete dinheiro para a Educação, ameaça criar outra empresa para explorar as riquezas do ninho da galinha dos ovos de petróleo.
Está, inclusive, aguçando a ganância e a inveja da concorrência. Hugo Chávez, galo fanfarrão, se retorce de raiva, em saber que a galinha do Lula, se receber uma boa dose de pré-sal, poderá revelar um ninho bem mais farto, do que aqueles da Venezuela.
O mais grave, é que o presidente está politizando um tema que deveria ser tratado estritamente a partir de critérios técnicos e científicos. Não pode sair por aí fazendo promessas de fartura de omelete, porque nem conhece o volume do ninho.
Até agora, tudo não passa de especulação. Mas, como é ano de eleições, e o cabo eleitoral Lula da Silva precisa emprestar um bom argumento aos seus pitinhos de penugem vermelha, está apelando para os campos petrolíferos do pré-sal.
Devido à profundidade das jazidas, águas escuras e agitadas, Lula da Silva vai ter que aplicar uma boa porção de pré-sal, para que a galinha – ou seria uma gaivota? – revele o esconderijo do ninho. Mas não pode abandonar a Petrobrás, a velha galinha da chocadeira de Getúlio Vargas, que tem nos dado bons ovos.
O presidente não pode, simplesmente, romper contrato, por interesses políticos, porque a Petrobrás e o consórcio coadjuvante investiram em pesquisas e têm o dever de continuar pesquisando e, consequentemente, o direito de exploração e produção dos nove blocos petrolíferos da área pré-sal.
Se desrespeitar os contratos, Lula da Silva estará agindo como Evo Morales, o galinho boliviano que desrespeitou acordos formais com empresas internacionais, inclusive a Petrobrás. Morales é galo garnisé, bate asas, canta muito, mas assusta bem pouco.
Já Lula da Silva é galo caipira, calejado na política, carne dura de roer, que representa uma potência chamada Brasil. Justamente por isso, deve respeitar os contratos, o que é uma tradição em nosso país.
Por enquanto, que o presidente se conforme em salgar o traseiro da galinha, na certeza de que ela poderá correr para o ninho. E, enquanto espreita a ave arredia, que nosso galo caipira, bom de briga, se empenhe em exigir, do galinho Morales, o ressarcimento dos prejuízos causados, pela Bolívia, à Petrobrás e aos brasileiros.
Encontrar o ninho, nem sempre era tarefa fácil. A galinha, desconfiando que era seguida, ficava se escondendo, disfarçando, dissimulando, ciscando aqui e acolá, fazendo tempo, para matar o observador no cansaço. Quantas vezes, quando menino de cinco, seis anos, levei bronca da mãe, porque a galinha desaparecia entre as touceiras de capim, enquanto eu me distraia com as encantadoras cores de alguma borboleta, ou com o canto de uma cigarra camuflada na folhagem.
Assim, porque o garoto era displicente e perdia a galinha de vista, a solução mais prática era aplicar uma boa dosagem de sal. Coitada! Achando que um ovo estava na portinhola, a ponto de despencar, a galinha disparava para o ninho.
E o presidente Lula da Silva está dando sinais de que conhece tal prática. Pois está salgando o traseiro da galinha dos ovos de ouro – ou seria de petróleo?
No caso das jazidas do pré-sal, nem mesmo achou o ninho e já está fazendo festança com a omelete. Num caso em que deveria prevalecer o bom senso e a discrição, o presidente está fazendo alarde, anda cantando mais que a galinha que foi salgada. Promete dinheiro para a Educação, ameaça criar outra empresa para explorar as riquezas do ninho da galinha dos ovos de petróleo.
Está, inclusive, aguçando a ganância e a inveja da concorrência. Hugo Chávez, galo fanfarrão, se retorce de raiva, em saber que a galinha do Lula, se receber uma boa dose de pré-sal, poderá revelar um ninho bem mais farto, do que aqueles da Venezuela.
O mais grave, é que o presidente está politizando um tema que deveria ser tratado estritamente a partir de critérios técnicos e científicos. Não pode sair por aí fazendo promessas de fartura de omelete, porque nem conhece o volume do ninho.
Até agora, tudo não passa de especulação. Mas, como é ano de eleições, e o cabo eleitoral Lula da Silva precisa emprestar um bom argumento aos seus pitinhos de penugem vermelha, está apelando para os campos petrolíferos do pré-sal.
Devido à profundidade das jazidas, águas escuras e agitadas, Lula da Silva vai ter que aplicar uma boa porção de pré-sal, para que a galinha – ou seria uma gaivota? – revele o esconderijo do ninho. Mas não pode abandonar a Petrobrás, a velha galinha da chocadeira de Getúlio Vargas, que tem nos dado bons ovos.
O presidente não pode, simplesmente, romper contrato, por interesses políticos, porque a Petrobrás e o consórcio coadjuvante investiram em pesquisas e têm o dever de continuar pesquisando e, consequentemente, o direito de exploração e produção dos nove blocos petrolíferos da área pré-sal.
Se desrespeitar os contratos, Lula da Silva estará agindo como Evo Morales, o galinho boliviano que desrespeitou acordos formais com empresas internacionais, inclusive a Petrobrás. Morales é galo garnisé, bate asas, canta muito, mas assusta bem pouco.
Já Lula da Silva é galo caipira, calejado na política, carne dura de roer, que representa uma potência chamada Brasil. Justamente por isso, deve respeitar os contratos, o que é uma tradição em nosso país.
Por enquanto, que o presidente se conforme em salgar o traseiro da galinha, na certeza de que ela poderá correr para o ninho. E, enquanto espreita a ave arredia, que nosso galo caipira, bom de briga, se empenhe em exigir, do galinho Morales, o ressarcimento dos prejuízos causados, pela Bolívia, à Petrobrás e aos brasileiros.
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