terça-feira, setembro 20, 2011

PROFESSORES DE PALHOÇA PROTESTAM COM PARALISAÇÃO


Professoras manifestam descotentamento com cartazes, na Câmara

Na sessão da noite de segunda-feira, 19, o plenário da Câmara de Palhoça rejeitou dois projetos de lei, de autoria do Executivo Municipal, que tratam de questões da Educação. Foram rejeitados, com abstenção do vereador Nazareno Martins, o Projeto de Lei 706, que trata da contratação de ACTs, e o Projeto de Lei 65 / 2011, que modifica a redação do “Novo Estatuto do Plano de Carreira dos Profissionais da Educação Escolar Básica” de Palhoça. Dezenas de professores se manifestaram na Câmara, através de cartazes de protesto, contra os projetos oriundos do Executivo.

Na quinta-feira, 22, vai acontecer a “paralisação geral do magistério”, com o objetivo de “abrir uma negociação com a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Educação”, adiantou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Palhoça, Ary Donatello.

Antes da votação, o presidente da Câmara, Otávio Martins Filho (Tavinho) e demais vereadores, se reuniram com a direção do sindicato. Durante o breve encontro, a direção do sindicato pediu que a Câmara rejeitasse os dois projetos. O presidente do sindicato, Ary Donatello, que estava acompanhado pelo tesoureiro geral da entidade, Pedro Kreusch, deixou bem claro que “os projetos não interessavam aos professores”.

 

Ary Donatello, na tribuna: "Projetos ferem direitos já garantidos"

Depois, usando a tribuna da Câmara, Donatello, disse que “estes projetos, enviados pelo Executivo Municipal, ferem os direitos já garantidos por lei específica (097) do magistério”. Lembrou que “a Lei Federal nº 11.738 garante, a todos os professores, o piso mínimo nacional”.

Donatello relatou que “a categoria, em assembléia geral, não aceitou a proposta do Executivo, com a diminuição da regência de classe, de 45 por cento para 34,26 aos professores efetivos, e de 30 por cento para 05 por cento aos professores ACTs., porque iria contra a lei 097 / 2010, aprovada pela Câmara, em 15 de dezembro de 2010”.

– Estão dando com uma mão (em relação ao piso nacional), e tirando com a outra”, reclamou o presidente do sindicato.



Donatello na tribuna, em defesa dos professores, que aparecem, ao fundo


Ele lembrou que “a categoria também está cobrando o cumprimento de outros direitos, já consagrados em lei, como o pagamento das progressões verticais e horizontais, já aprovadas no plano; o pagamento de insalubridade para merendeiras e agentes de serviços gerais”.

Fotos: Baby Espíndola


Diretores do sindicato, com professoras, na Câmara de Palhoça

TRISTE REALIDADE – Os governos insistem no mesmo erro. Não investem em segurança, saúde e Educação. Neste item, a situação é grave. Ao economizar com o salário dos professores, os governantes acabam prejudicando os estudantes e a qualidade do ensino. Este é o quadro geral, nas cidades, nos estados e na administração federal. E Palhoça não é exceção.



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