domingo, setembro 27, 2009

Editorial – A EMBAIXADA DA REPÚBLICA DA CUECA VERMELHA

Por motivos puramente ideológicos, a turma da cueca vermelha da república brasileira do mensalão está empurrando o Brasil para um precipício, no campo minado da diplomacia.

A iniciativa tosca, pobre, de abrigar o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, coloca o Brasil no epicentro de um terremoto diplomático, cujas conseqüências são imprevisíveis. Predominou a ideologia de Lula da Silva e seus esquerdistas amestrados. Há que se ressaltar, que isso é assunto particular deles. Não é um problema para envolver o Estado Brasileiro.

Eu, também, como jornalista, sofri com a ditadura militar, que nunca defendi. Mas isso não me dá o direito de arrastar o nome de uma nação, da importância do Brasil, para o campo da mesquinharia, por revanchismo, a bordo do barco das ideologias suspeitas.

Não podemos nos deixar conduzir por cartilhas de politiqueiros de idoneidade duvidosa, como o ditador Hugo Chávez, da Venezuela, o cocaleiro Evo Morales, da Bolívia, ou o amigo das Farc, Rafael Corrêa, do Equador. O governo brasileiro precisa se posicionar acima de interesses ideológicos obscuros.

Mas, infelizmente, o governo Lula da Silva não agiu com cautela e diplomacia. Deixou-se envolver pelo sentimentalismo dos “cumpanheiros”, supostamente revolucionários. De Nova Iorque, onde fazia turismo com dinheiro público, Lula da Silva mandou abrir as porteiras da Embaixada Brasileira, em Honduras, e oferecer cachaça, uísque, arroz e feijão para Manuel Zelaya e mais uma centena de puxa-sacos hondurenhos. Uns caras esquisitos, todos, estranhamente, muito parecidos com os perigosos membros do MST, mas, muito mais semelhantes aos criminosos das Farc. E, nós, brasileiros, estamos sustentando aquela quadrilha, na embaixada de Honduras.

Se ele, Zelaya, foi vítima de um golpe, isso não é assunto nosso. Até porque, a deposição de Manuel Zelaya foi autorizada pela Suprema Corte de Justiça de Honduras, porque, segundo informações internacionais, ele vinha desrespeitando a constituição daquele país, para impor uma ditadura de esquerda, à moda Hugo Chávez. Zelaya queria poderes absolutos, por tempo indeterminado. Pesa, sobre ele, acusações de envolvimento com o narcotráfico – isso, segundo autoridades de Honduras.

Se Lula da Silva pretende, com tamanho ardor, ser o justiceiro das Américas – um Zorro baixinho, barbudo e gordo, mais para Sargento Garcia –, porque não começa, aqui mesmo, no Brasil, a praticar Justiça? Pois é essa uma das maiores reivindicações dos brasileiros: Justiça! Justiça e segurança. Por que não toma decisões de governo para diminuir a criminalidade? – que, nos últimos anos, alcançou índices alarmantes.

Por que Lula da Silva não esboça gestos em defesa dos venezuelanos? – que vivem massacrados sob as patas do tirano Hugo Chávez. Na Venezuela, onde emissoras de rádio e de televisão, que criticam o governo, são fechadas, só os partidários do chavismo, a turma da cueca vermelha, tem vida fácil e confortável. Os opositores são perseguidos e ultrajados.

E, aqui, bem pertinho de nós, a Argentina, de Cristina Kirchner, está impondo um regime de censura explícita à imprensa. Mas Lula da Silva não sabe de nada. Nem mesmo lê jornal, conforme ele próprio admite. Não se envolve em nenhum assunto que possa contrariar os interesses de um grupo muito suspeito, que está tomando as Américas. E, de repente, de maneira muito suspeita, o governo Lula envolveu o país numa crise diplomática sem precedentes.

Mas, a turma de Lula da Silva sabe muito bem o que significa provocar uma crise diplomática. Na semana da pátria de 1969, um grupo de militantes de esquerda, entre eles alguns membros do Governo Lula, seqüestrou o embaixador norte-americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. O fato provocou uma profunda crise diplomática para o governo brasileiro, que foi agravada pelo fato de o presidente Costa e Silva estar gravemente doente.

O problema Brasil/Honduras é mais grave do que possa parecer. O Brasil introduziu Zelaya em sua embaixada. Mas não tem um plano para uma saída estratégica do amigo pessoal de Lula, este, também muito amigo das Farc.

Zelaya é suspeito de envolvimento com o narcotráfico. Por conclusão, pode-se deduzir que o Brasil abriga um suspeito de envolvimento com narcotraficantes, em sua embaixada. Um arruaceiro de janela, de onde ele incita a rebeldia de seus seguidores e a desordem.

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