quarta-feira, maio 21, 2008

ÉTICA NINGUÉM ENSINA

Por Antônio Marcos de Freitas

No ramo jornalístico, uma das questões que nunca pode se deixar de lado é a “ética”. Claro que isso se vale para qualquer profissão, só que o jornalismo ou um jornalista é muitas das vezes formador de opinião, e dependendo de como a informação é trabalhada, isso pode trazer transtornos ou distorção dos fatos.

Muitas vezes, mesmo sem a intenção, o jornalista pode ser antiético. Tomemos como exemplo um jornalista que se propõe a controlar as informações que vai revelar. Ele vai selecionar o que deve ser escrito na matéria e, por vezes, pode deixar de fora um dado relevante ao leitor. Logo, o jornalista passa a trabalhar com a revelação e omissão. Omitir não é ético, mais o pior de tudo, é quando de alguma forma exista um beneficiamento de uma situação, onde em cima do que seria publicada, cria-se uma distorção para que os fatos gerem polêmica. “Informação”, essa palavra pode ser interpretada de várias formas, mas na área jornalística o que fica como compromisso é a “veracidade dos fatos”.

Fazer jornal é muito fácil, o difícil é fazer jornalismo, é manter uma linha onde o mais importante é ter no reconhecimento do leitor, que a linha editorial é algo de muita “credibilidade”. A ética está alinhada á disciplina, os dois caminham juntos rumo ao resultado final que é um produto de qualidade. Tudo que se faz na vida se for bom ou ruim vai gerar uma conseqüência, num texto escrito e publicado é a mesma coisa, danos podem ser irreversíveis levando inclusive o profissional ao buraco.

Outro problema que pode acarretar a falta de ética é o não envolvimento do jornalista com a matéria. Cada vez mais, o jornalista se envolve menos com o seu produto. Como é fácil bater meia dúzia de fotos e produzir de forma artificial uma matéria sem se aprofundar nos fatos. Cito como exemplo o jornalista Luiz Carlos de Espindola, suas matérias são “vividas” e criadas. Existe um envolvimento, uma entrega e estudo de cada letra colocada num contexto, fazendo com que cada frase, além de esclarecedora, seja muito objetiva. Claro que a paixão pela profissão é algo notório, mas existe acima de tudo um compromisso com a ética, fazendo que com seus métodos sejam uma referência na área jornalística. Cabe a cada jornalista exercer com dedicação e seriedade a profissão, sem se deixar levar pelas facilidades e propostas que não condizem com o verdadeiro jornalismo.


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Da redação:

NOS TRILHOS DA ÉTICA PROFISSIONAL

Num momento tão crítico, quando a República está sendo diluída no caudal e na lama da corrupção, alimentada pela hipocrisia de políticos que, de tudo fazem, para completar o quadro de desmoralização. Quando a população não confia mais na classe política e começa a manifestar dúvidas sobre atitudes de setores da Justiça...


Diante desse quadro negativo, exercer a atividade de jornalista profissional e, além de tudo, ser citado por um jovem íntegro e correto, como Antônio Marcos de Freitas, é, por demais, compensador.

Me sinto recompensado pelos momentos difíceis, de incompreensão, mas, acima de tudo, estimulado a, cada dia mais, lutar, intransigentemente, para andar num trilho, cujo trem é a ética profissional, na busca da luz reconfortante à alma, ao espírito, que há de brilhar no fim do túnel.

Freitas e o também jovem Heverton Alessandro da Silva, vêm, ambos, dando demonstração do quanto desejam executar um jornalismo sério, à frente do Primeira Folha, tentando fazer valer o slogan “Credibilidade é a nossa marca”. Um me chama de “mestre”, outro, “professor”. Nada dessa adjetivação é verdadeira, visto que ainda sou um aprendiz, nessa breve passagem pelo mundo materialista do Planeta Terra.

Jovens gladiadores do jornalismo, não tenham pressa. O sucesso já se avizinha e a recompensa não tardará. O velho Guttemberg, com certeza, não se arrependeu de seu empreendedorismo, ao inventar a primeira prensa.

Luiz Carlos Espindola - Jornalista

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