segunda-feira, maio 19, 2008

BANDIDOS DO CORITIBA PROVOCAM TERROR E DESTRUIÇÃO EM FLORIANÓPOLIS. E SÃO LIBERADOS PELA POLÍCIA

Pelo menos 200 bandidos paranaenses, armados com pedaços de paus e pedras, tentaram invadir a sede da torcida organizada Gaviões Alvinegros, no Balneário Estreito, em Florianópolis. Como não conseguiram adentrar ao prédio, onde cerca de 30 pessoas, inclusive mulheres e crianças, ficaram encurraladas, passaram a destruir tudo o que encontraram no quarteirão. O bairro virou uma praça de guerra. Vários carros foram destruídos, imóveis danificados pelos bandidos. A sede da Gaviões ficou parcialmente destruída. Dez pessoas resultaram feridas.

Segundo testemunhas, alguns portavam armas de fogo. Esse é o detalhe mais verossímil. Invadiram o Balneário Estreito, região continental de Florianópolis, onde provocaram destruição e pânico, porque tinham armas para se garantir.

É bom lembrar, que já houve um precedente perigoso, quando do primeiro jogo pela final do Campeonato Paranaense, entre Coritiba e Atlético-PR, em 27 de abril. Na ocasião, 97 torcedores foram detidos pela polícia. Segundo as autoridades, eles invadiram a "estação-tubo" central de Curitiba. Outros quatro foram detidos porque tentaram invadir o camarote onde estava a diretoria do Atlético-PR, no Estádio Couto Pereira. Gente perigosa.

Estou tratando esses mostrengos como bandidos, diante da impossibilidade de qualificá-los como torcedores do Coritiba. Torcedor, quando viaja para outra cidade, procura conhecer pontos turísticos, faz amizade, torce para o seu time e retorna à origem, festejando a vitória, ou amargando a derrota.

Bandidos fazem justamente o contrário. Agem como esses paranaenses, que planejaram e executaram atos de vandalismo, desordem e destruição do patrimônio público e privado, além de furto e roubo, a uma considerável distância do Estádio Orlando Scarpelli, palco esportivo do Figueirense.

São elementos desqualificados, insignificantes, toscos e infelizes, sem talento para o trabalho e estudo. Solitários porque são violentos e horrendos e, na solidão, certamente fazem sexo em marcha à ré. Precisam da vitória do time, para superar e esconder suas frustrações.

A intenção do grupo ficou bastante clara. Os bandidos de além fronteira queriam massacrar as pessoas que estavam na sede da Gaviões Alvinegros, simpatizantes do Figueirense e, com certeza, destruir o patrimônio, para saquear objetos, que eles ostentam como “troféus”, após o ato criminoso.

Dessa vez, não conseguiram. Mas, com certeza, voltarão para concluir o que começaram na tarde de domingo, 18 de maio, incentivados pela impunidade. Já sabem o caminho e descobriram que nossas autoridades são omissas, frouxas, covardes e incompetentes. Não vi, pela televisão, nenhum bandidinho como os beiços sangrando, ou com ossos quebrados, ninguém levou um tiro na bunda, tiro de verdade.

Os bandidos do Paraná, estado de gente ordeira, trabalhadeira e decente, tentaram agredir pessoas encurraladas, provocaram desordem e destruição do patrimônio público e privado, roubaram e saquearam, mas foram liberados pela polícia, o que lhes permitiu viajar de volta às suas cidades, rindo da humilhação que causaram aos catarinenses.

Quem vai pagar pelos danos causados aos veículos que ficaram destruídos? É justamente nessa terra de ninguém, onde a autoridade age com exagerada cautela, para não se comprometer, que prolifera a criminalidade.

Os invasores do Balneário Estreito não são torcedores. São bandidos. Nem mesmo foram ao estádio, onde o jogo aconteceu, com resultado de dois a um para o time catarinense. Então, sem essa de polícia agindo com delicadeza, fazendo que bate mas não bate, atirando com balas de borracha.

Chega de eufemismos e palhaçada. Bandidos devem ser recebidos à bala, chumbo de verdade. Afinal, não se tratava de manifestação ordeira e pacífica e muito menos de ato de torcida. Foi invasão mesmo, ataque, saque e roubo de objetos. As imagens de destruição e ameaça à vida foram registradas por câmeras de vigilância de prédios vizinhos, onde os moradores viveram momentos de pânico, diante da possibilidade de invasão.

As autoridades foram omissas. O comando da operação policial militar foi covarde. O delegado que atendeu ao caso, brincou de ser polícia. Apesar da destruição e do pânico que causaram, só dois criminosos ficaram detidos. Os demais, cerca de 200, foram liberados. E os danos materiais, causados às vítimas, senhor delegado? E os danos morais, quem paga?

Outro fato a ser considerado. Os bandidos-torcedores encontraram a sede da Gaviões Alvinegros com extrema facilidade, quando o destino correto seria o Scarpelli. Chegaram em quatro ônibus lotados, prontos para uma guerra.

Não havia escolta policial. Policiais militares estão mentindo, quando afirmam que havia escolta. São desmentidos pelas imagens das câmeras de segurança. A PM apareceu muito mais tarde, quando o Balneário Estreito já era uma praça de guerra. E não sabia o que fazer, diante dos bandidos armados com paus e pedras. Batam neles com flores!

A polícia também precisa investigar uma possível parceria da torcida organizada Império Alviverde, com integrantes de uma torcida organizada do Avai, o rival do Figueirense. Ao que tudo indica, torcedores coxas-brancas já estavam em Florianópolis, desde sábado. No Estádio da Ressacada, torceram, ao lado dos avaianos, na partida contra o ABC. Faixas e bandeiras do Coritiba foram vistas na Ressacada. Naquele momento pode ter começado a parceria sinistra.

O know-how do crime, alguns membros da torcida avaiana já conhecem. Por conta de atos terroristas, de alguns que se vestem de azul, o aposentado Ivo Costa, de 62 anos, perdeu a mão direita, durante a explosão de uma bomba. Foram presos Franklin Roger Pereira, 22 anos, que levou duas bombas na cueca, para o Estádio do Criciúma, Juliano Marinho de França, ex-soldado do Exército, e Guilherme Augusto Fretta Lacerda, funcionário público. Como todos já estão soltos, entenderam que, de fato, no Brasil, o crime compensa.

Em 2006, outro bandido, vestido de azul, matou, com uma pedrada, um torcedor do Joinville. Reuniões aconteceram, propostas surgiram. Mas, ficou tudo como estava antes. Torcidas organizadas, com seus bandidos disfarçados de torcedores, na impunidade total. Alguém está pagando pela morte do garoto do Joinville? Alguém vai ser punido, pela desgraça do sr. Ivo? A delinqüência vai subverter a ordem pública, normas e leis serão atropeladas.

Quando toda essa violência vai ter fim? Certamente, quando o IBI – Instituto Brasileiro da Impunidade – for extinto. Quando for proibido usar enchimento na cueca, para provar que é macho.

Ressalto, que não estou tratando do tema, como torcedor. Não me permito fazer parte dessa ou daquela torcida, porque, dentre alguns bem intencionados, há muito mais desordeiros e criminosos disfarçados de torcedores.

Que fique registrado, o meu manifesto de condenação ao ato criminoso dos paranaenses bandidos e de repúdio às autoridades catarinenses omissas. Defendo uma palavra forte: Justiça! Respeito ao patrimônio público e privado e preservação da ordem e da vida. E cadeia para bandidos.

Desde já, aconselho às vítimas da destruição, que ingressem na justiça contra a figura do Estado, que não ofereceu a segurança necessária. Principalmente pela omissão, ao liberar os bandidos, que escafederam-se na mesma noite de domingo.

No retorno ao Paraná, foram escoltados pela Polícia Militar da “Santa e bela Catarina”, cujo povo foi treinado apenas para receber bem e jamais reagir. Mesmo quando os invasores nos saqueiam e agridem, somos adestrados para sermos bonzinhos, extremamente gentis. Podem ter certeza, defendo a exceção. A reação, diante da provocação. Invasão, como a de domingo, deve ser rechaçada na porrada e na força da lei.

Que coisa ridícula! Os bandidos foram liberados, escoltados e protegidos. Enquanto isso, as vítimas ficaram abandonadas. É sempre assim: proteção total ao criminoso, num absurdo desrespeito à vítima.

É por isso, que sempre digo: na ausência da justiça e diante da incapacidade da força policial em manter a ordem: Chama o Zorro.

Baby Espíndola

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