Vereadores Alberto Prim, Cláudio Leonel, Manoel S. da Silva, Tavinho Martins e Adelino Machado, com a faixa de mobilização: “Eu sou Palhoça. Sou contra o pedágio. E você?”
O presidente da Câmara, Nirdo Artur Luz (Pitanta, DEM), apóia o movimento contra o pedágio, que é organizado pela Associação de Vereadores e lideranças da EBAM, que representa 23 entidades das comunidades do Sul de Palhoça. O prefeito Ronério Heiderscheidt (PMDB), também já manifestou, através de sua assessoria, o seu descontentamento e a disposição de lutar contra a praça de pedágio no km 221.
“O prefeito quer que a praça de pedágio seja localizada no km
“SOU CONTRA O PEDÁGIO”
A mobilização deu seu primeiro passo com uma faixa, onde se lê: “Eu sou Palhoça. Sou contra o pedágio. E você?” – questiona. Os vereadores adiantam que a “luta contra o pedágio” não tem cor partidária e não servirá de palanque para ninguém. Tanto é que o vereador Manoel Scheimann da Silva (PT), do mesmo partido do presidente Lula da Silva – cujo governo decidiu implantar quatro praças de pedágio
Por vocação do Governo Federal, as quatro praças de pedágio, destinadas a Santa Catarina, deverão ser instaladas em Garuva, Araquari, Tijucas e Palhoça, na Grande Florianópolis.
Mas, os vereadores de Palhoça e outras lideranças acreditam que ainda é possível reverter esse quadro, com muita mobilização. O presidente da Câmara, Nirdo Artur Luz (Pitanta), considera inadmissível a instalação de pedágio, a poucos metros do centro de Palhoça. “Vai prejudicar os moradores dos bairros mais ao sul, que diariamente se deslocam para o centro da cidade, para estudar, para trabalhar”, reclamou. Ele informou que, na próxima semana, vai ao Ministério dos Transportes, para demonstrar “o descontentamento dos catarinenses com o pedágio”, acompanhado pelo deputado Djalma Berger (PSB), que agendou a audiência.
Adelino “Keka” Machado (PMDB), vereador diretamente envolvido com o problema, pois mora a poucos metros do local escolhido para a praça de pedágio, e que, portanto, é muito mais cobrado pelos munícipes, é “contra a instalação” e vai apoiar o movimento de resistência.
MOVIMENTO DE TODOS
A mobilização consiste da confecção de faixas, a serem colocadas em pontos estratégicos, distribuição de adesivos, além de um bem representativo abaixo-assinado, cuja coleta de assinaturas já teve início, no Sul de Palhoça.
Da primeira reunião, na sede da Câmara, participaram os vereadores Otávio Martins Filho (Tavinho, PMDB), Alberto Prim, Adelino “Keka” Machado (PMDB), Cláudio Ari Leonel (Biriba, PSDB), e Manoel Scheimann da Silva (PT).
Uma segunda reunião está agendada para segunda-feira, 3 de março, às 17 horas, também na Câmara, com a participação de representantes das 23 entidades que formam a EBAM – Entidade Representativa das Entidades da Baixada do Maciambu – e outros segmentos da sociedade.
Não se trata de um movimento da Câmara de Palhoça, ou de alguma entidade,
A organização do movimento também está tentando agendar uma reunião com técnicos da ANTT- Agência Nacional de Transporte Terrestre. Se todas as tentativas de dissuadir as autoridades fracassarem, os organizadores passarão para o “Plano B”: uma grande manifestação na BR-101.
Sabe-se que know-how para agir as autoridades e outras lideranças de Palhoça têm de sobra. O município foi palco do encerramento da “Marcha pela Duplicação”, que deixou o Governo Federal sem condições de protelar a duplicação da BR-101 Sul. E, em 2002, os vereadores fecharam a 101, no acesso à Pinheira, por uma hora, e realizaram uma “Sessão Especial” sobre a pista, para chamar a atenção das autoridades estaduais e federais, sobre questões relativas ao uso e posse da terra, na região balneária do município.
O prefeito Ronério Heiderscheidt aceita o pedágio, mas "só na divisa com o município de Paulo Lopes”. Já o presidente da Câmara, Nirdo Artur Luz, Pitanta, é radicalmente contra: “O pedágio vai prejudicar os moradores do Sul de Palhoça”
Texto e fotos: Baby Espíndola
PEDÁGIO TAMBÉM PODE “MATAR”, PELO BOLSO
Se não “mata”, mas causa um enorme estrago na economia de um estado. Como se pode constatar, através de um levantamento que a Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas (Assurcon/Serra) realizou junto ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), no Rio Grande do Sul. Os usuários das 28 praças de pedágio em operação no RS, já pagaram um bilhão, 300 mil reais, entre julho de 1998 e dezembro de 2006. Isso, de acordo com reportagem da Chasque Agência de Notícias.
Segundo o presidente da Assurcon/Serra, Juarez Colombo, o alto valor mostra que “os pedágios no Rio Grande do Sul existem para atender aos interesses das concessionárias, e não para trazer melhorias aos usuários”.
O Rio Grande do Sul tem um índice de rodovias pedagiadas muito maior do que a média nacional. Enquanto 5% das rodovias brasileiras têm pedágios, esse número no Rio Grande do Sul chega a 23%.
BABY ESPÍNDOLA REPÓRTER
??? QUER SABER ???
Você concorda com a cobrança de pedágio?
Ou, você tem consciência que já paga altos impostos, para a manutenção das rodovias federais. Então, é contra o pedágio?
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