Bastou o presidente da Câmara de Palhoça, Otávio Martins Filho (Tavinho), manifestar sua preocupação com uma pequena área do que, um dia, foi mangue, no bairro Barra do Aririú, para provocar um alvoroço entre os esverdeados defensores da natureza.
Trata-se de um triângulo de terra (lama podre, parcialmente coberta por lixo), na confluência das ruas José Luiz Martins (acesso ao centrinho da Barra) e Nossa Senhora dos Navegantes (ligação da Barra com a Ponta).
Fotos: Baby Espíndola Repórter
O pequeno trecho de mangue mais parece uma floresta fantasma
Em matéria publicada, em jornal de circulação regional, Tavinho manifestou sua preocupação com a área degradada, que está servindo de depósito de lixo e materiais descartáveis, como garrafas plásticas, pneus e outros materiais. Tavinho cobrou, das autoridades ambientalistas municipais e organizações não governamentais (Ongs), sugestões e propostas para resolver o problema. Sugeriu estudos para recuperar o trecho de mangue degradado e, em caso de inviabilidade da recuperação, propôs a utilização do local como área de lazer.
Segundo o vereador, o que não pode acontecer é a aceitação passiva, por parte das autoridades e ambientalistas, enquanto o mangue, ou o que resta dele, vai sucumbindo sob o lixo e entulho. Quando o mangue está seco, o mau cheiro é insuportável. Quando chove, acumula água pluvial, o que facilita a proliferação de insetos. Toda essa situação vem provocando reclamações de moradores vizinhos.
Moradores reclamam do mau cheiro e proliferação de insetos
Como o comando do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Palhoça (Comdema) vem demonstrando muito interesse em salvar o resquício de mangue, o presidente da Câmara está solicitando providências efetivas. Aproveitando as boas intenções do órgão, Tavinho está sugerindo, via correspondência oficial, ao presidente do Comdema, Gilmar de Paulo, a elaboração de projetos para sanear e restaurar o pedacinho do meio-ambiente, o que deverá implicar na reabertura de canais, ligando a área degradada ao resto do manguezal, ao sul da estrada geral da Barra do Aririú.
Sem contato com o mar, o mangue acumula água da chuva
A Fundação Cambirela do Meio Ambiente (FCAM) já esclareceu que “não existe nenhum pedido formal para aterrar área de mangue e criar um parque. Então, não temos como saber se seria possível construir um parque naquela área ou não. Teríamos que analisar o estado do mangue”, afirmou o presidente da FCAM, Danilo Netto Al Cici, quando o assunto se tornou público.
O mangue está precisando, urgentemente, de uma faxina
O mangue agoniza, enquanto recebe altas dosagens de lixo
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