A
lenda dos guerreiros da estrada, que estão parando o Brasil, corrupto
e podre, da guerrilheira Dilma-Estela
Já parou. E a tendência é que outros setores parem, pois não podemos continuar produzindo, para cobrir os rombos dos cofres públicos
Adoro
pegar uma estrada. Sou um estradeiro, embora sem muito tempo para
viajar. Minha moto tem porte de estradeira. Tem faróis de milha,
pisca-alerta e até uma buzina de Opala 72. Meu carro é um 5
canecos, com 20 válvulas. Sou ligadão em máquinas potentes. Mas
não abuso da velocidade.
Quando
vejo um caminhão, com um motorzão, fico espiando. Outro dia
encontrei um GMC “Marítimo”, num posto de combustíveis, na
BR-101 Norte. Também tive a oportunidade de curtir a belezura de um
Mak americano, todo cromado, incrível!
Até
costumo dizer, que se não fosse jornalista, seria um carreteiro. Até
fico me imaginando, na cabine de comando de um caminhãozão,
cortando estradas, cruzando o Brasil. Com minhas botas country, o
inseparável jeans.
Bem,
tudo isso é romantismo. Coisa de cowboy, mania de poeta sonhador.
Que gosta de fazer alongamento, alongamento de pensamento. Que solta
a imaginação, e ela voa sem parar, viaja mundo afora, sem destino.
É
apenas sonho. Romantismo. Porque a realidade é bem outra. Viajar nas
estradas brasileiras, principalmente nas rodovias federais, dá medo,
é de apavorar. Mas, as estradas estaduais, muitas sem acostamento,
também são terríveis.
Na
passagem de ano, viajei para Pato Branco e Foz do Iguaçu, no Paraná.
Fui dirigindo. Fiquei apavorado com o que vi. Senti muita pena dos
caminhoneiros. As estradas federais são armadilhas, um jogo de vida
ou morte. Por isso, morrem em média 35 mil pessoas a cada ano, no
trânsito.
E
as causas de tantas mortes não são somente imprudência, erros dos
motoristas. Contribuem para a matança no asfalto, as estradas
esburacadas, mal sinalizadas, curvas mal projetadas.
De
Palhoça a Foz do Iguaçu, a pior estrada é a BR-277, no Paraná.
Tem um trechinho duplicado. O resto da rodovia é uma vergonha. Tem
buraco disputando espaço com buraco. Adensamento de solo, borrachões
que mais parecem montanhas. São montículos constrangedores.
Esquecem
de cuidar das estradas. Mas, o pedágio ninguém esquece de cobrar.
Na 277, cheguei a pagar R$12,90 de pedágio. Para pular como pipoca
na buracaria sem vergonha. Do Rio Grande do Sul ao Nordeste, uma
carreta paga mais de mil reais de pedágio. Que absurdo!
Sinceramente,
fiquei morrendo de pena dos caminhoneiros. Porque eles são forçados
a conviver com essa falta de vergonha, que são as estradas
brasileiras. Os caminhoneiros são duramente penalizados, com o preço
exorbitante do diesel, malha viária destruída, o que danifica os
caminhões. E não há segurança nos pontos de parada.
O
governo federal, que é formado por uma quadrilha de assaltantes dos
cofres públicos, tratou de fazer uma legislação autoritária, para
cuidar da vida dos caminhoneiros. Mas, em troca, não ofereceu
segurança. Tanto que vem aumentando o número de roubo de cargas e
de veículos do transporte. Inclusive, continua a matança de
caminhoneiros.
E
os canalhas da república do mensalão, nada fazem para reverter esse
quadro. A guerrilheira Dilma-Estela, se tivesse um mínimo de bom
senso, já deveria ter reduzido o preço do diesel. Em 2001, com o
valor de um litro de gasolina, se comprava dois litros de diesel.
Agora os preços estão quase empatando.
Por
que? Porque precisamos pagar o rombo da Petrobras. A Petrobras que o
cretino do Lula anda defendendo, depois de indicar, pessoalmente,
alguns dos ladrões e saqueadores.
Por
isso a turma da carga pesada está parada. E promovendo bloqueios
Brasil a fora. Principalmente nos estados do Sul e do centro-Oeste.
São guerreiros do asfalto. Guerreiros e sofredores.
Como
se sinto um caminhoneiro de alma, mando aqui um forte abraço à
turma da carga pesada. Registro a minha solidariedade. Com certeza,
se eu fosse um bravo das estradas, estaria com vocês, à frente do
movimento. Mas, contem com o meu apoio, como motorista do jornalismo.
E
aproveito para solicitar o apoio dos brasileiros, para esses irmãos
sofridos, que enfrentam estradas intransitáveis e pagam o diesel
mais caro do mundo.
Boa
sorte, amigos da carga pesada. Que Deus e Nossa Senhora Aparecida
protejam vocês. Porque as estradas são perigosas. E a turma da
guerrilheira Dilma-Estela mete medo.
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